Devaneios Desintéricos: Real ignobilidade

20-01-2012
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Na caixa de bitaites do Devaneios surgiu, há dias, um e-mail do Instituto da Democracia Portuguesa, aparentemente um - como se diz agora -think tank dedicado à análise da sociedade portuguesa. No parágrafo II da sua "Missão e Estatutos", a Associação em causa assume a defesa da «necessidade de Portugal evoluir politicamente para uma sociedade mais democrática no âmbito do princípio de soberania popular e no pleno respeito pelo Estado de Direito, nomeadamente através da liberdade de definição constitucional da forma de governo».Ou seja -e como para bom entendedor meia palavra basta - trata-se de uma organização política de indivíduos com pouca ou nenhuma simpatia pela forma republicana de Estado.Aqui chegados - e vá-se lá saber porquê - acharam por bem fazer-me chegar uma "Mensagem de D. Duarte de Bragança ao País", da qual devo destacar o seguinte parágrafo:«Temos de perguntar até onde as polémicas fracturantes que só interessam a uma ínfima minoria política, não ofendem a imensa maioria das famílias, preocupadas com a estabilidade pessoal e económica.»Ora pois bem! Uma vez que seja concordo com "SAR" D. Duarte de Bragança. Nunca percebi porque perde tempo este país em questículas como as da polémica sucessão da "Casa Real Portuguesa". Nem tão pouco porque andará este grupelho politico a insistir numa questão relevante apenas para meia dúzia de latifundiários marialvas, ínfima minoria da sociedade portuguesa: a da forma constitucional do Estado. Até já cheguei a pensar se isto não ofenderá a imensa maioria das famílias, como diz D. Duarte de Bragança e muito bem, preocupadas com a estabilidade pessoal e económica.É este o mal deste tipo de argumentos, obviamente utilizado no discurso de "SAR" com um intuito homofóbico: é que qualquer um pode utilizá-lo para desprezar aquilo que se lhe aprouver desprezar em dado momento. Dizer-se que é um problema de uma minoria irrelevante sabe bem e é um argumento portátil, sempre pronto e de fácil utilização. Mas pequeno e demonstrador de uma chocante falta de intelectualidade.PS: parece que o caro MVA também teve a honra de receber este mail...[publicado simultaneamente no Devaneios LGBT]


Na caixa de bitaites do Devaneios surgiu, há dias, um e-mail do Instituto da Democracia Portuguesa, aparentemente um - como se diz agora -think tank dedicado à análise da sociedade portuguesa. No parágrafo II da sua "Missão e Estatutos", a Associação em causa assume a defesa da «necessidade de Portugal evoluir politicamente para uma sociedade mais democrática no âmbito do princípio de soberania popular e no pleno respeito pelo Estado de Direito, nomeadamente através da liberdade de definição constitucional da forma de governo».Ou seja -e como para bom entendedor meia palavra basta - trata-se de uma organização política de indivíduos com pouca ou nenhuma simpatia pela forma republicana de Estado.Aqui chegados - e vá-se lá saber porquê - acharam por bem fazer-me chegar uma "Mensagem de D. Duarte de Bragança ao País", da qual devo destacar o seguinte parágrafo:«Temos de perguntar até onde as polémicas fracturantes que só interessam a uma ínfima minoria política, não ofendem a imensa maioria das famílias, preocupadas com a estabilidade pessoal e económica.»Ora pois bem! Uma vez que seja concordo com "SAR" D. Duarte de Bragança. Nunca percebi porque perde tempo este país em questículas como as da polémica sucessão da "Casa Real Portuguesa". Nem tão pouco porque andará este grupelho politico a insistir numa questão relevante apenas para meia dúzia de latifundiários marialvas, ínfima minoria da sociedade portuguesa: a da forma constitucional do Estado. Até já cheguei a pensar se isto não ofenderá a imensa maioria das famílias, como diz D. Duarte de Bragança e muito bem, preocupadas com a estabilidade pessoal e económica.É este o mal deste tipo de argumentos, obviamente utilizado no discurso de "SAR" com um intuito homofóbico: é que qualquer um pode utilizá-lo para desprezar aquilo que se lhe aprouver desprezar em dado momento. Dizer-se que é um problema de uma minoria irrelevante sabe bem e é um argumento portátil, sempre pronto e de fácil utilização. Mas pequeno e demonstrador de uma chocante falta de intelectualidade.PS: parece que o caro MVA também teve a honra de receber este mail...[publicado simultaneamente no Devaneios LGBT]

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