Devaneios Desintéricos: citação: "bonecas de porcelana"

21-01-2012
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«(...)Não há preconceito e paternalismo que não medre em muita cabecinha de profissional de saúde. A classe médica – e caia o Carmo e a Trindade – não é tão informada como parece. Nos distúrbios de identidade de género então, é uma confusão muito grande. Os pais chegam aos consultórios com eles pequenos e pequenas, a queixarem-se que brincam como não deviam brincar, que ensaiam as poses dos do outro lado. Debaixo daquele corpo neutro da infância, limpo e angélico, assexual, sobram coisas, que na mente das crianças, não deviam estar ali. Minimiza-se e vai-se dando demasiado tempo ao tempo. (...)»Vítor Pimenta, na sua usual e brilhante coluna "Avenida do Mal" no blogue "avenida central", vai ao cerne da questão. O problema que identifica - o do conservadorismo atávico, a má formação humana e o os métodos bafientos de uma pseudo cultura de elite - são bem mais do que um mera dimensão do atraso português. São a sua razão última. V. Pimenta, neste texto, apenas o analisa nos profissionais de saúde e no que tange a transsexualidade. Mas o mesmo se podia dizer, mutatis mutandis, de tantos outros profissionais - por exemplo na Justiça -e de tantos outras temáticas sociais. Vale a pena ler o "bonecas de porcelana".


«(...)Não há preconceito e paternalismo que não medre em muita cabecinha de profissional de saúde. A classe médica – e caia o Carmo e a Trindade – não é tão informada como parece. Nos distúrbios de identidade de género então, é uma confusão muito grande. Os pais chegam aos consultórios com eles pequenos e pequenas, a queixarem-se que brincam como não deviam brincar, que ensaiam as poses dos do outro lado. Debaixo daquele corpo neutro da infância, limpo e angélico, assexual, sobram coisas, que na mente das crianças, não deviam estar ali. Minimiza-se e vai-se dando demasiado tempo ao tempo. (...)»Vítor Pimenta, na sua usual e brilhante coluna "Avenida do Mal" no blogue "avenida central", vai ao cerne da questão. O problema que identifica - o do conservadorismo atávico, a má formação humana e o os métodos bafientos de uma pseudo cultura de elite - são bem mais do que um mera dimensão do atraso português. São a sua razão última. V. Pimenta, neste texto, apenas o analisa nos profissionais de saúde e no que tange a transsexualidade. Mas o mesmo se podia dizer, mutatis mutandis, de tantos outros profissionais - por exemplo na Justiça -e de tantos outras temáticas sociais. Vale a pena ler o "bonecas de porcelana".

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