Devaneios Desintéricos: precaridades

22-01-2012
marcar artigo


Paris de novo. Villepin de novo. Sarkozy de novo. Contestação social de novo. O Governo de Paris afunda-se em sucessivas ondas de descontentamento social. Brindou-nos com a revolta dos magrebinos. Agora, com igual engenho e mestria, agita as hostes dos estudantes. Sarkozy, ainda há pouco tempo avistado em Lisboa onde, prontamente acarinhado, foi "levado em braços" pela imprensa portuguesa, não evita exibir a sua política mão de ferro ao bom estilo neo con. Na Sorbonne, mas com um olho no Eliseu, manda carregar com a mesma facilidade que o fez nos arredores da Cidade Luz. Almeja mais. Consegui-lo-à certamente, tais são os fervores de medo 'anti estrangeiro' que povoam os campos gauleses, do Rhone Alpes à Normandie ou Côte d'Azur. Ei-lo, tão depressa contra os malandros dos argelinos de enésima geração como contra os estudantes universitários, esses outros malandros brojessos, pelos vistos, incapazes de perceber a bondade de tamanha liberalidade de estado. E eis essa brilhante invenção jus laboral que é o contrato CPE, plasmando no Direito do Trabalho francês a mais abjecta expressão do liberalismo selvagem. Estabilidade laboral? Previsibilidade social? Nada disso. Para estes adventistas do cifrão somos, isso sim, meros factores produtivos, necessariamente dotados de uma eufemistica "mobilidade funcional". E talvez a bastonada os faça compreender que não é o Maio de 68 e Daniel Cohn Bendit não está ali no meio. Mas pelos vistos já faz falta outro...MSD


Paris de novo. Villepin de novo. Sarkozy de novo. Contestação social de novo. O Governo de Paris afunda-se em sucessivas ondas de descontentamento social. Brindou-nos com a revolta dos magrebinos. Agora, com igual engenho e mestria, agita as hostes dos estudantes. Sarkozy, ainda há pouco tempo avistado em Lisboa onde, prontamente acarinhado, foi "levado em braços" pela imprensa portuguesa, não evita exibir a sua política mão de ferro ao bom estilo neo con. Na Sorbonne, mas com um olho no Eliseu, manda carregar com a mesma facilidade que o fez nos arredores da Cidade Luz. Almeja mais. Consegui-lo-à certamente, tais são os fervores de medo 'anti estrangeiro' que povoam os campos gauleses, do Rhone Alpes à Normandie ou Côte d'Azur. Ei-lo, tão depressa contra os malandros dos argelinos de enésima geração como contra os estudantes universitários, esses outros malandros brojessos, pelos vistos, incapazes de perceber a bondade de tamanha liberalidade de estado. E eis essa brilhante invenção jus laboral que é o contrato CPE, plasmando no Direito do Trabalho francês a mais abjecta expressão do liberalismo selvagem. Estabilidade laboral? Previsibilidade social? Nada disso. Para estes adventistas do cifrão somos, isso sim, meros factores produtivos, necessariamente dotados de uma eufemistica "mobilidade funcional". E talvez a bastonada os faça compreender que não é o Maio de 68 e Daniel Cohn Bendit não está ali no meio. Mas pelos vistos já faz falta outro...MSD

marcar artigo