Cotações dos bancos reagem em alta à notícia da introdução de novas regras de capital

18-08-2011
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O facto de a banca ter um período de oito anos para se adaptar ao novo quadro normativo acabou por desfazer as contas do que temiam que hoje, em bolsa, as cotações dos bancos caíssem a pique. Nas principais praças financeiras, as grandes marcas tiveram até um desempenho que será dos melhores do ano.

Portugal não fugiu à regra, neste caso. O Banco Comercial Português fechou com uma valorização ligeiramente superior a 2 por cento, o BPI ganhou quase 1,7 por cento, o BES aumentou a cotação em 2,5 por cento e o Banif liderou as subidas entre os seus parceiros bancários - cerca de 3,2 por cento.

Anteontem, os responsáveis dos bancos centrais acordaram a aplicação de novas regras prudenciais sobre os capitais dos bancos, como salvaguarda para a eclosão de eventuais novas crises financeiras.

De acordo com o comunicado emitido após a reunião, em Basileia (Suíça), os bancos vão ser obrigados a ter um mínimo de capital obrigatoriamente disponível de 7 por cento (sobe de 2 para 4,5 por cento, a que se soma uma espécie de amortizador de mais 2,5 por cento). O chamado rácio Tier 1, que mede a saúde financeira da instituição, sobe de 4 para 6 por cento. As alterações às regras já estavam em discussão há vários meses, mas havia o temor de que o prazo concedido para que as instituições se adaptassem ao novo quadro fosse demasiado curto (de cinco anos). Acabou por prevalecer a tese dos oito anos, o que atira a conclusão do processo praticamente para 2019.

"Os novos requisitos têm um período de implementação bastante largo, pelo que os bancos terão tempo para se ajustarem a esta nova realidade. Neste momento todos os bancos nacionais cumprem com os rácios mínimos", realçou ontem à Lusa Carlos Peixoto, analista do BPI. Contactados pelo PÚBLICO, os principais bancos portugueses não quiseram ontem tecer comentários sobre a alteração das regras, alegando precisarem de tempo para analisar o que está em causa.

Jean-Claude Trichet, governador do Banco Central Europeu, referiu, também ontem, que "o que foi decidido é o que é necessário para os bancos todos, a um nível global. Estamos numa economia global e temos de ter um terreno" que permita às diferentes entidades relacionarem-se em igualdade."

com Cristina Ferreira

O facto de a banca ter um período de oito anos para se adaptar ao novo quadro normativo acabou por desfazer as contas do que temiam que hoje, em bolsa, as cotações dos bancos caíssem a pique. Nas principais praças financeiras, as grandes marcas tiveram até um desempenho que será dos melhores do ano.

Portugal não fugiu à regra, neste caso. O Banco Comercial Português fechou com uma valorização ligeiramente superior a 2 por cento, o BPI ganhou quase 1,7 por cento, o BES aumentou a cotação em 2,5 por cento e o Banif liderou as subidas entre os seus parceiros bancários - cerca de 3,2 por cento.

Anteontem, os responsáveis dos bancos centrais acordaram a aplicação de novas regras prudenciais sobre os capitais dos bancos, como salvaguarda para a eclosão de eventuais novas crises financeiras.

De acordo com o comunicado emitido após a reunião, em Basileia (Suíça), os bancos vão ser obrigados a ter um mínimo de capital obrigatoriamente disponível de 7 por cento (sobe de 2 para 4,5 por cento, a que se soma uma espécie de amortizador de mais 2,5 por cento). O chamado rácio Tier 1, que mede a saúde financeira da instituição, sobe de 4 para 6 por cento. As alterações às regras já estavam em discussão há vários meses, mas havia o temor de que o prazo concedido para que as instituições se adaptassem ao novo quadro fosse demasiado curto (de cinco anos). Acabou por prevalecer a tese dos oito anos, o que atira a conclusão do processo praticamente para 2019.

"Os novos requisitos têm um período de implementação bastante largo, pelo que os bancos terão tempo para se ajustarem a esta nova realidade. Neste momento todos os bancos nacionais cumprem com os rácios mínimos", realçou ontem à Lusa Carlos Peixoto, analista do BPI. Contactados pelo PÚBLICO, os principais bancos portugueses não quiseram ontem tecer comentários sobre a alteração das regras, alegando precisarem de tempo para analisar o que está em causa.

Jean-Claude Trichet, governador do Banco Central Europeu, referiu, também ontem, que "o que foi decidido é o que é necessário para os bancos todos, a um nível global. Estamos numa economia global e temos de ter um terreno" que permita às diferentes entidades relacionarem-se em igualdade."

com Cristina Ferreira

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