Governo demonstra coragem nas medidas e 'insensibilidade' para as explicar

10-08-2013
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O economista e antigo ministro das Finanças António Bagão Félix considerou hoje que o Governo tem demonstrado coragem na aplicação do programa da ‘troika’ e “insensibilidade humana e social” na explicação das medidas.

“Devemos criticar este Governo. No meu entender, tem feito coisas más e erradas, sobretudo, tem evidenciado uma grande aridez e insensibilidade humana e social. É demasiado tecnocrático e frio às vezes”, afirmou Bagão Félix.

Contudo, reconheceu que “ser ministro hoje, em particular o ministro das Finanças e outros, é um ato de coragem”, porque “os ministros têm poucos meios ao seu alcance para resolver os problemas”, devido ao facto de o país não ter “soberania económica e financeira”.

O economista falava aos jornalistas no final da conferência 'Que futuro para o Estado Social', que decorreu na Universidade de Évora, no âmbito do Dia da Escola de Ciências Sociais da academia alentejana.

Bagão Félix realçou que os portugueses não devem pensar que os membros do Governo “estão lá para fazer o mal”, defendendo que “estão lá para procurar fazer bem”, mas que “estão sujeitos a um programa que não foi causado ou aprovado por eles”.

“A alternativa [ao programa da ‘troika’] era termos cessado pagamentos em 2011”, o que “significava entrar em bancarrota e, então, as consequências eram muito mais dramáticas do que aquelas que são hoje, que já por si são muitíssimo dramáticas”, acrescentou.

A 'troika' - Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu - está actualmente em Portugal a realizar a sétima avaliação ao programa de resgate.

Lusa/SOL

O economista e antigo ministro das Finanças António Bagão Félix considerou hoje que o Governo tem demonstrado coragem na aplicação do programa da ‘troika’ e “insensibilidade humana e social” na explicação das medidas.

“Devemos criticar este Governo. No meu entender, tem feito coisas más e erradas, sobretudo, tem evidenciado uma grande aridez e insensibilidade humana e social. É demasiado tecnocrático e frio às vezes”, afirmou Bagão Félix.

Contudo, reconheceu que “ser ministro hoje, em particular o ministro das Finanças e outros, é um ato de coragem”, porque “os ministros têm poucos meios ao seu alcance para resolver os problemas”, devido ao facto de o país não ter “soberania económica e financeira”.

O economista falava aos jornalistas no final da conferência 'Que futuro para o Estado Social', que decorreu na Universidade de Évora, no âmbito do Dia da Escola de Ciências Sociais da academia alentejana.

Bagão Félix realçou que os portugueses não devem pensar que os membros do Governo “estão lá para fazer o mal”, defendendo que “estão lá para procurar fazer bem”, mas que “estão sujeitos a um programa que não foi causado ou aprovado por eles”.

“A alternativa [ao programa da ‘troika’] era termos cessado pagamentos em 2011”, o que “significava entrar em bancarrota e, então, as consequências eram muito mais dramáticas do que aquelas que são hoje, que já por si são muitíssimo dramáticas”, acrescentou.

A 'troika' - Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu - está actualmente em Portugal a realizar a sétima avaliação ao programa de resgate.

Lusa/SOL

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