Gestão da Tranquilidade mantida para preservar “paz”

20-11-2014
marcar artigo

Gestão da Tranquilidade mantida para preservar “paz”

Maria Ana Barroso

maria.barroso@economico.pt

Ontem 00:05

Para opresidente do ISP avançar com uma intervenção "seria nefasto para a companhia".

José Almaça revelou ontem de manhã no Parlamento que o Instituto de Seguros de Portugal (ISP) chegou a ponderar uma intervenção na Tranquilidade quando, em Junho, percebeu que tinham sido feitos investimentos que punham em causa a solidez financeira da companhia. Em causa estavam aplicações de um total de 150 milhões de euros feitas em dívida de empresas do Grupo Espírito Santo (GES), entre Abril e Junho, mas de que o supervisor diz só ter tido conhecimento a 6 de Junho. Até então, assegurou o responsável, "nada havia a assinalar de relevante".

"Não tenho dúvidas nenhumas que se tivesse nomeado administradores provisórios, a companhia não tinha tido a paz em termos sociais e de mercado que teve e continua a ter", explicou ontem o presidente do ISP, lembrando que, também nos seguros, o factor confiança é determinante.

José Almaça foi bastante questionado pelos deputados sobre as opções tomadas quanto à Tranquilidade, nomeadamente sobre o facto de ter mantido a actual equipa de gestão. Até porque, como assumiu o próprio presidente do ISP, "quem tem o poder de tomar estas decisões [de investimento] é a comissão executiva". Os deputados lembraram que a utilização da Tranquilidade terá sido uma forma de fugir às malhas do Banco de Portugal, continuando a apoiar financeiramente as empresas do GES.

Almaça referiu que está ainda a averiguar-se "de quem é a responsabilidade do quê" e a "recolher informações" e que "em devido tempo" se irá "tratar do assunto". E defendeu que não se pode é "cair no erro de ter uma companhia sem accionistas e sem administradores".

O presidente do ISPrecordou ontem que as aplicações feitas em várias sociedades "comprometiam seriamente a situação de provisões técnicas da Tranquilidade e da T-Vida". A venda da companhia, processo que de resto já estava em curso desde 2013, era a forma de repor a sua situação financeira. A venda está, nesta fase, em avaliação por parte do ISP.

Almaça referiu ainda que chegou a ameaçar, em dois momentos pelo menos, retirar a licença à companhia. Primeiro quando, a 24 de Julho, transmitiu à ESFG e Partran a sua preocupação por se terem alheado da Tranquilidade e do plano de venda em curso". E depois, com a resolução do BES e execução da garantia pelo Novo Banco, quando apelou para este "com a máxima urgência proceder à alienação".

Gestão da Tranquilidade mantida para preservar “paz”

Maria Ana Barroso

maria.barroso@economico.pt

Ontem 00:05

Para opresidente do ISP avançar com uma intervenção "seria nefasto para a companhia".

José Almaça revelou ontem de manhã no Parlamento que o Instituto de Seguros de Portugal (ISP) chegou a ponderar uma intervenção na Tranquilidade quando, em Junho, percebeu que tinham sido feitos investimentos que punham em causa a solidez financeira da companhia. Em causa estavam aplicações de um total de 150 milhões de euros feitas em dívida de empresas do Grupo Espírito Santo (GES), entre Abril e Junho, mas de que o supervisor diz só ter tido conhecimento a 6 de Junho. Até então, assegurou o responsável, "nada havia a assinalar de relevante".

"Não tenho dúvidas nenhumas que se tivesse nomeado administradores provisórios, a companhia não tinha tido a paz em termos sociais e de mercado que teve e continua a ter", explicou ontem o presidente do ISP, lembrando que, também nos seguros, o factor confiança é determinante.

José Almaça foi bastante questionado pelos deputados sobre as opções tomadas quanto à Tranquilidade, nomeadamente sobre o facto de ter mantido a actual equipa de gestão. Até porque, como assumiu o próprio presidente do ISP, "quem tem o poder de tomar estas decisões [de investimento] é a comissão executiva". Os deputados lembraram que a utilização da Tranquilidade terá sido uma forma de fugir às malhas do Banco de Portugal, continuando a apoiar financeiramente as empresas do GES.

Almaça referiu que está ainda a averiguar-se "de quem é a responsabilidade do quê" e a "recolher informações" e que "em devido tempo" se irá "tratar do assunto". E defendeu que não se pode é "cair no erro de ter uma companhia sem accionistas e sem administradores".

O presidente do ISPrecordou ontem que as aplicações feitas em várias sociedades "comprometiam seriamente a situação de provisões técnicas da Tranquilidade e da T-Vida". A venda da companhia, processo que de resto já estava em curso desde 2013, era a forma de repor a sua situação financeira. A venda está, nesta fase, em avaliação por parte do ISP.

Almaça referiu ainda que chegou a ameaçar, em dois momentos pelo menos, retirar a licença à companhia. Primeiro quando, a 24 de Julho, transmitiu à ESFG e Partran a sua preocupação por se terem alheado da Tranquilidade e do plano de venda em curso". E depois, com a resolução do BES e execução da garantia pelo Novo Banco, quando apelou para este "com a máxima urgência proceder à alienação".

marcar artigo