"Escrita por Bob Dylan no início da década de sessenta, "The Times They Are A-changing" tornou-se rapidamente num hino de contestação à ordem estabelecida nos Estados Unidos.
Dylan apela à união dos cidadãos antes que seja tarde, aconselhando a "começar a nadar antes que se afundem como uma pedra". Dirige-se aos decisores políticos para que não rejeitem as mudanças positivas e aos pais, para que não critiquem os filhos que lutam pelas liberdades.
"For the times they are a-changing": ouvi esta frase numa conferência que assisti quando estava no governo. Era de facto relevante para o momento por que Portugal passava. A crise obrigou todos os Portugueses a mudanças dramáticas e urgentes. Atravessámos um longo e doloroso processo que pôs à prova a determinação dos portugueses e a capacidade reformista dos decisores políticos e dos nossos empresários. Por via de grandes sacrifícios, Portugal recuperou a sua credibilidade, completou o programa de ajustamento e retomou o crescimento.
Nos momentos em que a crise parecia interminável, em que todos os comentadores sabiam de ciência certa que teríamos um segundo resgate, em que de fora se olhava com desdém para Portugal – nesses momentos lembrava-me desta música. Pois acreditava que os tempos eram efetivamente de mudança e que como tal conseguiríamos sair da crise. Acreditava que a nossa multi-secular História de adversidades mostrava a capacidade de lidar com as crises. Acreditava que as crises são passageiras e que se hoje estávamos mal, e outros países bem, no futuro, poderíamos estar bem e outros países mal
Como dizia Dylan, "the slow one now will later be fast".
Esta música continua comigo. Porque se há esperança na mudança, a mudança tem que ser contínua e positiva. Não pode haver complacência – o esforço reformador na Europa deve continuar "as the present now will later be past"."
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"Escrita por Bob Dylan no início da década de sessenta, "The Times They Are A-changing" tornou-se rapidamente num hino de contestação à ordem estabelecida nos Estados Unidos.
Dylan apela à união dos cidadãos antes que seja tarde, aconselhando a "começar a nadar antes que se afundem como uma pedra". Dirige-se aos decisores políticos para que não rejeitem as mudanças positivas e aos pais, para que não critiquem os filhos que lutam pelas liberdades.
"For the times they are a-changing": ouvi esta frase numa conferência que assisti quando estava no governo. Era de facto relevante para o momento por que Portugal passava. A crise obrigou todos os Portugueses a mudanças dramáticas e urgentes. Atravessámos um longo e doloroso processo que pôs à prova a determinação dos portugueses e a capacidade reformista dos decisores políticos e dos nossos empresários. Por via de grandes sacrifícios, Portugal recuperou a sua credibilidade, completou o programa de ajustamento e retomou o crescimento.
Nos momentos em que a crise parecia interminável, em que todos os comentadores sabiam de ciência certa que teríamos um segundo resgate, em que de fora se olhava com desdém para Portugal – nesses momentos lembrava-me desta música. Pois acreditava que os tempos eram efetivamente de mudança e que como tal conseguiríamos sair da crise. Acreditava que a nossa multi-secular História de adversidades mostrava a capacidade de lidar com as crises. Acreditava que as crises são passageiras e que se hoje estávamos mal, e outros países bem, no futuro, poderíamos estar bem e outros países mal
Como dizia Dylan, "the slow one now will later be fast".
Esta música continua comigo. Porque se há esperança na mudança, a mudança tem que ser contínua e positiva. Não pode haver complacência – o esforço reformador na Europa deve continuar "as the present now will later be past"."