À procura do novo líder da diplomacia europeia com crise na Ucrânia a inquietar

10-10-2015
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Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia vão tentar hoje chegar a acordo sobre a atribuição dos altos cargos europeus ainda em aberto, numa cimeira extraordinária, em Bruxelas, na qual também abordarão a crise ucraniana.

O Conselho Europeu de hoje, que assinala a "rentrée" política ao mais alto nível da UE, e no qual participará o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, tem lugar após a inconclusiva cimeira de final de julho, na qual os 28 não foram capazes de chegar a acordo sobre novas nomeações, designadamente sobre o sucessor da britânica Catherine Ashton como Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros.

Desta feita, e também com o posto do próprio presidente do Conselho Europeu em cima da mesa - dada a saída do belga Herman van Rompuy no final do ano -, os chefes de Estado e de Governo veem-se forçados a chegar a um entendimento, sob pena de novos atrasos nas designações inviabilizarem a entrada em funções atempada da nova Comissão Europeia, liderada pelo luxemburguês Jean-Claude Juncker, que deverá suceder ao executivo de José Manuel Durão Barroso a 01 de novembro próximo.

A questão chave é a nomeação e Alto Representante para a diplomacia europeia, já que esse cargo é desempenhado em paralelo com o de vice-presidente da Comissão Europeia, pelo que Juncker necessita de ter um rosto para o posto para formar e "fechar" o seu executivo, que terá ainda de se sujeitar a audições e votações no Parlamento Europeu antes de poder entrar em funções.

Em julho, os 28 não chegaram a acordo sobre o nome que estava em cima da mesa, o da atual ministra dos Negócios Estrangeiros de Itália, Federica Mogherini, que na cimeira de julho conheceu a oposição de alguns Estados-membros do Leste, que a acusam de ser demasiado "amiga" da Rússia - numa altura em que o conflito entre Moscovo e Kiev, devido à instabilidade no Leste da Ucrânia, domina a política externa, também a nível da UE -, além de lhe ser apontada inexperiência.

No entanto, e segundo fontes diplomáticas, à partida para o Conselho Europeu de sábado Mogherini continua a ser uma possibilidade, e muito forte, para suceder a Ashton, se, por outro lado, for escolhido um político de Leste para presidente do Conselho, e, neste "puzzle" institucional que exige equilíbrios a vários níveis, não só de género, mas também político-partidários e geográficos, o favorito é o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

Só em posse de um nome designado para o posto de Alto Representante, Juncker poderá proceder à distribuição de "pastas" entre os comissários já indicados pelas capitais, num processo que ainda se afigura complexo, já que continuam a ser muito poucas as mulheres designadas pelos Estados-membros, tendo o Parlamento Europeu advertido já por diversas vezes que chumbará um executivo com uma representação feminina inferior àquela verificada na "Comissão Barroso" (nove mulheres).

A 1 de agosto, o Governo anunciou que escolheu Carlos Moedas, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, para integrar a "Comissão Juncker", restando saber que pasta lhe será atribuída.

No encontro de hoje, com início marcado para as 16h locais (15h00 de Lisboa), os 28 vão ainda discutir questões de política externa, surgindo à cabeça a crise entre Ucrânia e Rússia, num dia em que o presidente ucraniano Petro Poroshenko se encontra em Bruxelas, tendo previstos encontros, de manhã, com Durão Barroso e com Van Rompuy.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia vão tentar hoje chegar a acordo sobre a atribuição dos altos cargos europeus ainda em aberto, numa cimeira extraordinária, em Bruxelas, na qual também abordarão a crise ucraniana.

O Conselho Europeu de hoje, que assinala a "rentrée" política ao mais alto nível da UE, e no qual participará o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, tem lugar após a inconclusiva cimeira de final de julho, na qual os 28 não foram capazes de chegar a acordo sobre novas nomeações, designadamente sobre o sucessor da britânica Catherine Ashton como Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros.

Desta feita, e também com o posto do próprio presidente do Conselho Europeu em cima da mesa - dada a saída do belga Herman van Rompuy no final do ano -, os chefes de Estado e de Governo veem-se forçados a chegar a um entendimento, sob pena de novos atrasos nas designações inviabilizarem a entrada em funções atempada da nova Comissão Europeia, liderada pelo luxemburguês Jean-Claude Juncker, que deverá suceder ao executivo de José Manuel Durão Barroso a 01 de novembro próximo.

A questão chave é a nomeação e Alto Representante para a diplomacia europeia, já que esse cargo é desempenhado em paralelo com o de vice-presidente da Comissão Europeia, pelo que Juncker necessita de ter um rosto para o posto para formar e "fechar" o seu executivo, que terá ainda de se sujeitar a audições e votações no Parlamento Europeu antes de poder entrar em funções.

Em julho, os 28 não chegaram a acordo sobre o nome que estava em cima da mesa, o da atual ministra dos Negócios Estrangeiros de Itália, Federica Mogherini, que na cimeira de julho conheceu a oposição de alguns Estados-membros do Leste, que a acusam de ser demasiado "amiga" da Rússia - numa altura em que o conflito entre Moscovo e Kiev, devido à instabilidade no Leste da Ucrânia, domina a política externa, também a nível da UE -, além de lhe ser apontada inexperiência.

No entanto, e segundo fontes diplomáticas, à partida para o Conselho Europeu de sábado Mogherini continua a ser uma possibilidade, e muito forte, para suceder a Ashton, se, por outro lado, for escolhido um político de Leste para presidente do Conselho, e, neste "puzzle" institucional que exige equilíbrios a vários níveis, não só de género, mas também político-partidários e geográficos, o favorito é o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

Só em posse de um nome designado para o posto de Alto Representante, Juncker poderá proceder à distribuição de "pastas" entre os comissários já indicados pelas capitais, num processo que ainda se afigura complexo, já que continuam a ser muito poucas as mulheres designadas pelos Estados-membros, tendo o Parlamento Europeu advertido já por diversas vezes que chumbará um executivo com uma representação feminina inferior àquela verificada na "Comissão Barroso" (nove mulheres).

A 1 de agosto, o Governo anunciou que escolheu Carlos Moedas, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, para integrar a "Comissão Juncker", restando saber que pasta lhe será atribuída.

No encontro de hoje, com início marcado para as 16h locais (15h00 de Lisboa), os 28 vão ainda discutir questões de política externa, surgindo à cabeça a crise entre Ucrânia e Rússia, num dia em que o presidente ucraniano Petro Poroshenko se encontra em Bruxelas, tendo previstos encontros, de manhã, com Durão Barroso e com Van Rompuy.

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