Da Literatura: CABARÉ FASCISTA

03-07-2011
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Lidas a partir do que aparece nos blogues e outros media, as contradições da direita são insanáveis. Assessores partidários (vários), ex-governantes com perfil académico que ganhavam em resguardar-se do agitprop, colunistas azedos, presuntivos candidatos (dezenas) ao primeiro think tank que garanta trampolim, boys ansiosos, professores obscuros à cata de reconhecimento, arrivistas dispostos a tudo por um lugar à mesa do Estado e outras espécies avulsas, ora pedem menos Estado, ora arrancam as vestes de cada vez que o governo tenta pôr ordem no derrame dos dinheiros públicos. O episódio do ensino privado é eloquente.

Transformar uma questão de equidade (reduzir o financiamento estatal às escolas com contrato de associação que deixaram de dar resposta, no todo ou em parte, aos pressupostos do apoio) no fantasma da liberdade de escolha, releva da demagogia mais grosseira. Até um jovem bem-intencionado como o Henrique Raposo, de quem sou amigo, escreve no Expresso coisas como esta: «A nossa queriducha do PCP deve achar que a Suécia é um cabaré fascista.» A vantagem do Henrique é que, não tendo razão, tem piada. Chamar Betinha do PCP a Isabel Alçada, ministra da Educação, é todo um programa! Por uma noite, o Henrique foi o herói dos jantares trendy.

Conta o Expresso de anteontem que Passos Coelho não tem pressa de chegar ao governo. Para já, anda entretido (e faz bem) com uma equipa de 60 economistas. Sessenta! Liderados por Carlos Moedas, antigo quadro da Goldman Sachs e actual coordenador do Gabinete de Estudos do PSD. Álvaro Santos Pereira, João Moreira Rato e Maria Luís Albuquerque estão no comité. Não obstante o sangue novo, parece que a solução milagreira aponta para Eduardo Catroga, 68 anos, ministro da fase terminal do cavaquismo. Faz sentido?

Se não fosse trágico, que divertido era ter eleições já amanhã! Não acreditam?Etiquetas: Ensino, Política nacional

Lidas a partir do que aparece nos blogues e outros media, as contradições da direita são insanáveis. Assessores partidários (vários), ex-governantes com perfil académico que ganhavam em resguardar-se do agitprop, colunistas azedos, presuntivos candidatos (dezenas) ao primeiro think tank que garanta trampolim, boys ansiosos, professores obscuros à cata de reconhecimento, arrivistas dispostos a tudo por um lugar à mesa do Estado e outras espécies avulsas, ora pedem menos Estado, ora arrancam as vestes de cada vez que o governo tenta pôr ordem no derrame dos dinheiros públicos. O episódio do ensino privado é eloquente.

Transformar uma questão de equidade (reduzir o financiamento estatal às escolas com contrato de associação que deixaram de dar resposta, no todo ou em parte, aos pressupostos do apoio) no fantasma da liberdade de escolha, releva da demagogia mais grosseira. Até um jovem bem-intencionado como o Henrique Raposo, de quem sou amigo, escreve no Expresso coisas como esta: «A nossa queriducha do PCP deve achar que a Suécia é um cabaré fascista.» A vantagem do Henrique é que, não tendo razão, tem piada. Chamar Betinha do PCP a Isabel Alçada, ministra da Educação, é todo um programa! Por uma noite, o Henrique foi o herói dos jantares trendy.

Conta o Expresso de anteontem que Passos Coelho não tem pressa de chegar ao governo. Para já, anda entretido (e faz bem) com uma equipa de 60 economistas. Sessenta! Liderados por Carlos Moedas, antigo quadro da Goldman Sachs e actual coordenador do Gabinete de Estudos do PSD. Álvaro Santos Pereira, João Moreira Rato e Maria Luís Albuquerque estão no comité. Não obstante o sangue novo, parece que a solução milagreira aponta para Eduardo Catroga, 68 anos, ministro da fase terminal do cavaquismo. Faz sentido?

Se não fosse trágico, que divertido era ter eleições já amanhã! Não acreditam?Etiquetas: Ensino, Política nacional

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