Tecnológicas, Farmacêuticas e Saúde continuam a contratar

12-01-2013
marcar artigo

Inquérito feito pela MRI Network a 135 empresas mostra que diplomados nas áreas tecnológicas são os mais procurados.

Um recente inquérito às empresas portuguesas vem confirmar que os sectores de Farmacêutica e Cuidados de Saúde e Tecnologias de Informação são os que continuam com intenções de contratar, apesar da crise e do agravamento do desemprego. De acordo com o ‘Hiring Survey' a 135 empresas da ‘head hunter' MRI Network Portugal, é nestes sectores que se encontram mais empresas a admitir ter planos para fazer contratações, ao longo deste ano, (19% e 20%, respectivamente).

Mais uma tendência que este inquérito vem confirmar, segundo as respostas a uma pergunta que foi colocada em exclusivo para o Diário Económico: "Qual a área de formação que vai privilegiar no recrutamento?". A preferência do mercado vai para pessoas com formação na área das tecnologias, em detrimento de cursos de Humanidades.Das empresas inquiridas que tencionam admitir trabalhadores, 40% afirmam preferir os diplomados nas áreas tecnológicas.

Ana Teixeira, ‘country manager' da MRI Network salienta que "Direito, Economia/Finanças e Humanidades não foram referidas por nenhum dos inquiridos", tornando clara a mensagem de que são áreas de formação que não estão a ser procurados pelo mercado de trabalho. "É importante o País e os governos estarem atentos à apetência das empresas pelas várias áreas do saber", alerta a responsável.

Quanto às preferências em termos de áreas de formação por sectores, a totalidade dos inquiridos da Logística e Distribuição responde que privilegia as tecnologias. Também no sector Farmacêutico e Cuidados de Saúde a formação tecnológica é, mais uma vez, a mais referida (50%), seguindo-se as Ciências da Saúde (33%). O sector das Tecnologias de Informação prefere a Gestão (42%), ainda que a Engenharia e a Tecnologias possam também ser formações apetecíveis para 29%. Já na Construção Civil, a Engenharia aparece com 100% dos inquiridos a referi-la.

Apesar das boas notícias em termos de intenções de contratar que chegam dos sectores das TI e Farmacêutica e Cuidados de Saúde, a grande tendência nas empresas inquiridas pela MRI Network vai para a manutenção do número de colaboradores, como acontece no Grande Consumo e na Logística (com 86% e 60% das respostas, respectivamente). Já a Construção Civil atravessa uma crise que leva a esmagadora maioria de 70% das empresas deste sector a estarem preparadas para dispensar colaboradores.

60% tenciona manter o número de colaboradores

Contas feitas, são 10% de empresas que tencionam aumentar pessoal, 60% falam em manter, restando 30% com planos de redução de colaboradores. O número de empresas que pretende reduzir o número de quadros aumenta, assim, 12 pontos percentuais em relação ao inquérito da MRI do ano passado (30% contra 18%). A decisão de aumentar o número de colaboradores, essa, cai 22 pontos percentuais face aos resultados do ano passado.

Por outro lado, a esmagadora maioria de 64% das empresas que admite vir a recrutar diz que o fará apenas em 5% face ao número actual de trabalhadores da empresa. Também a maioria (41%) das que tenciona reduzir, admite fazê-lo nos mesmos 5% face ao número actual de colaboradores.

As empresas que tencionam reduzir o número de trabalhadores admitem fazê-lo tanto nas chefias intermédias como nos quadros técnicos especializados e nos não quadros (cada uma com 23% de respostas). Apenas 8% respondem que tencionam dispensar recém-licenciados e 15% directores de primeira linha. E dispensarão pessoal tanto no departamento comercial, como no administrativo, recursos humanos, financeiro e técnicos - todos com 18%. Quase metade (47%) das empresas não prevê sentir dificuldades em encontrar candidatos para proceder a substituições.

Outra conclusão que este inquérito permite tirar é que são as empresas com um número de trabalhadores até 250 onde aparecem mais intenções de manter ou aumentar o número de colaboradores (41%). Já na intenção de reduzir os colaboradores a maioria são empresas que têm entre 250 e 500 colaboradores (58%).

Este foi o 67º ‘Hiring Survey' da MRI Network que questionou, por telefone, 135 administradores, directores-gerais e directores de recursos humanos em Portugal de pequenas, médias e grandes empresas e com uma amostra equilibrada quanto ao número de empresas por sector.

Metade das empresas aceita estagiários

Metade das empresas inquiridas (exactamente 50%) tenciona receber estagiários, embora apenas 33% admita ser possível vir a integrá-los no quadro. A esmagadora maioria (76%) não hesita em dizer que os estagiários não têm peso relevante nas suas contratações. Mais de metade das empresas (55%) prevê receber entre dois a cinco estagiários. Outra boa notícia, tendo em conta o contexto económico, é que uma análise apenas das empresas que admitem receber estagiários, demonstra que 71% pensa poder vir a integrar pelo menos um deles nos seus quadros. Sectorialmente, são as TI, a Construção Civil e o Grande Consumo que revelam maior intenção de receber estagiários em 2012 (58%, 56% e 50%, respectivamente). "Os dados continuam a indicar que há receptividade das empresas a proporcionar estágios a recém-graduados, ainda que esta fonte de recrutamento continue a não ter um peso relevante no total de contratações a realizar pelas empresas", resume Ana Teixeira, ‘country manager' da MRI Network.

Inquérito feito pela MRI Network a 135 empresas mostra que diplomados nas áreas tecnológicas são os mais procurados.

Um recente inquérito às empresas portuguesas vem confirmar que os sectores de Farmacêutica e Cuidados de Saúde e Tecnologias de Informação são os que continuam com intenções de contratar, apesar da crise e do agravamento do desemprego. De acordo com o ‘Hiring Survey' a 135 empresas da ‘head hunter' MRI Network Portugal, é nestes sectores que se encontram mais empresas a admitir ter planos para fazer contratações, ao longo deste ano, (19% e 20%, respectivamente).

Mais uma tendência que este inquérito vem confirmar, segundo as respostas a uma pergunta que foi colocada em exclusivo para o Diário Económico: "Qual a área de formação que vai privilegiar no recrutamento?". A preferência do mercado vai para pessoas com formação na área das tecnologias, em detrimento de cursos de Humanidades.Das empresas inquiridas que tencionam admitir trabalhadores, 40% afirmam preferir os diplomados nas áreas tecnológicas.

Ana Teixeira, ‘country manager' da MRI Network salienta que "Direito, Economia/Finanças e Humanidades não foram referidas por nenhum dos inquiridos", tornando clara a mensagem de que são áreas de formação que não estão a ser procurados pelo mercado de trabalho. "É importante o País e os governos estarem atentos à apetência das empresas pelas várias áreas do saber", alerta a responsável.

Quanto às preferências em termos de áreas de formação por sectores, a totalidade dos inquiridos da Logística e Distribuição responde que privilegia as tecnologias. Também no sector Farmacêutico e Cuidados de Saúde a formação tecnológica é, mais uma vez, a mais referida (50%), seguindo-se as Ciências da Saúde (33%). O sector das Tecnologias de Informação prefere a Gestão (42%), ainda que a Engenharia e a Tecnologias possam também ser formações apetecíveis para 29%. Já na Construção Civil, a Engenharia aparece com 100% dos inquiridos a referi-la.

Apesar das boas notícias em termos de intenções de contratar que chegam dos sectores das TI e Farmacêutica e Cuidados de Saúde, a grande tendência nas empresas inquiridas pela MRI Network vai para a manutenção do número de colaboradores, como acontece no Grande Consumo e na Logística (com 86% e 60% das respostas, respectivamente). Já a Construção Civil atravessa uma crise que leva a esmagadora maioria de 70% das empresas deste sector a estarem preparadas para dispensar colaboradores.

60% tenciona manter o número de colaboradores

Contas feitas, são 10% de empresas que tencionam aumentar pessoal, 60% falam em manter, restando 30% com planos de redução de colaboradores. O número de empresas que pretende reduzir o número de quadros aumenta, assim, 12 pontos percentuais em relação ao inquérito da MRI do ano passado (30% contra 18%). A decisão de aumentar o número de colaboradores, essa, cai 22 pontos percentuais face aos resultados do ano passado.

Por outro lado, a esmagadora maioria de 64% das empresas que admite vir a recrutar diz que o fará apenas em 5% face ao número actual de trabalhadores da empresa. Também a maioria (41%) das que tenciona reduzir, admite fazê-lo nos mesmos 5% face ao número actual de colaboradores.

As empresas que tencionam reduzir o número de trabalhadores admitem fazê-lo tanto nas chefias intermédias como nos quadros técnicos especializados e nos não quadros (cada uma com 23% de respostas). Apenas 8% respondem que tencionam dispensar recém-licenciados e 15% directores de primeira linha. E dispensarão pessoal tanto no departamento comercial, como no administrativo, recursos humanos, financeiro e técnicos - todos com 18%. Quase metade (47%) das empresas não prevê sentir dificuldades em encontrar candidatos para proceder a substituições.

Outra conclusão que este inquérito permite tirar é que são as empresas com um número de trabalhadores até 250 onde aparecem mais intenções de manter ou aumentar o número de colaboradores (41%). Já na intenção de reduzir os colaboradores a maioria são empresas que têm entre 250 e 500 colaboradores (58%).

Este foi o 67º ‘Hiring Survey' da MRI Network que questionou, por telefone, 135 administradores, directores-gerais e directores de recursos humanos em Portugal de pequenas, médias e grandes empresas e com uma amostra equilibrada quanto ao número de empresas por sector.

Metade das empresas aceita estagiários

Metade das empresas inquiridas (exactamente 50%) tenciona receber estagiários, embora apenas 33% admita ser possível vir a integrá-los no quadro. A esmagadora maioria (76%) não hesita em dizer que os estagiários não têm peso relevante nas suas contratações. Mais de metade das empresas (55%) prevê receber entre dois a cinco estagiários. Outra boa notícia, tendo em conta o contexto económico, é que uma análise apenas das empresas que admitem receber estagiários, demonstra que 71% pensa poder vir a integrar pelo menos um deles nos seus quadros. Sectorialmente, são as TI, a Construção Civil e o Grande Consumo que revelam maior intenção de receber estagiários em 2012 (58%, 56% e 50%, respectivamente). "Os dados continuam a indicar que há receptividade das empresas a proporcionar estágios a recém-graduados, ainda que esta fonte de recrutamento continue a não ter um peso relevante no total de contratações a realizar pelas empresas", resume Ana Teixeira, ‘country manager' da MRI Network.

marcar artigo