Do Portugal Profundo

28-01-2012
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Na série prometida de comentários, começo pelo caso menos importante: as reformas e abono do Prof. Cavaco Silva.

Cavaco errou, em 20-1-2012, no Porto, ao lamentar o valor da sua reforma da Caixa Geral de Aposentações (CGA), um tema recorrente, sem mencionar o valor da que aufere do Banco de Portugal, e esquecendo o drama de muitos reformados que mal subsistem com baixas pensões. E errou ainda mais, ficando em favor institucional, ao aproveitar um parecer de Setembro de 2011, pedido pelo Governo ao Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República, penosamente dirigida pelo Dr. Fernando Pinto Monteiro, sobre a possibilidade de recebimento de despesas de representação como Presidente da República, apesar de reformado, que esta acordou, ao contrário da posição da CGA, segundo refere... Fernanda Câncio, no DN, de 26-1-2012. São erros desnecessários, e muito notórios, que lhe custam caro em termos de apoio e memória.

Porém, qualquer erro do Presidente da República, por mais mesquinho que seja, é logo aproveitado para orquestrar uma campanha a solicitar a sua demissão, com petição, amplificada pelas caixas de ressonância mediática do costume - TSF, Público e SIC, nomeadamente Ana Lourenço, numa corte de representação  in absentia do fugido José Sócrates. Uma reedição do caso da mais-valia nas ações do BPN ou da compra do terreno da Praia da Coelha.

Um dia, a esquerda portuguesa, nela incluído o Bloco burguês - e o próprio PS... -, além do surdo PC, hão-de proceder à autocrítica que o povo merece que façam sobre o seu vergonhoso silêncio face à corrupção nos anos rosa choque do socratismo. Até lá, os socratinos defendem os anéis e os outros invejam-nos, enquanto recebem uns tachos dourados na câmara de Lisboa e noutras agências de emprego político.

Cavaco falou mal. Mas não roubou.


Na série prometida de comentários, começo pelo caso menos importante: as reformas e abono do Prof. Cavaco Silva.

Cavaco errou, em 20-1-2012, no Porto, ao lamentar o valor da sua reforma da Caixa Geral de Aposentações (CGA), um tema recorrente, sem mencionar o valor da que aufere do Banco de Portugal, e esquecendo o drama de muitos reformados que mal subsistem com baixas pensões. E errou ainda mais, ficando em favor institucional, ao aproveitar um parecer de Setembro de 2011, pedido pelo Governo ao Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República, penosamente dirigida pelo Dr. Fernando Pinto Monteiro, sobre a possibilidade de recebimento de despesas de representação como Presidente da República, apesar de reformado, que esta acordou, ao contrário da posição da CGA, segundo refere... Fernanda Câncio, no DN, de 26-1-2012. São erros desnecessários, e muito notórios, que lhe custam caro em termos de apoio e memória.

Porém, qualquer erro do Presidente da República, por mais mesquinho que seja, é logo aproveitado para orquestrar uma campanha a solicitar a sua demissão, com petição, amplificada pelas caixas de ressonância mediática do costume - TSF, Público e SIC, nomeadamente Ana Lourenço, numa corte de representação  in absentia do fugido José Sócrates. Uma reedição do caso da mais-valia nas ações do BPN ou da compra do terreno da Praia da Coelha.

Um dia, a esquerda portuguesa, nela incluído o Bloco burguês - e o próprio PS... -, além do surdo PC, hão-de proceder à autocrítica que o povo merece que façam sobre o seu vergonhoso silêncio face à corrupção nos anos rosa choque do socratismo. Até lá, os socratinos defendem os anéis e os outros invejam-nos, enquanto recebem uns tachos dourados na câmara de Lisboa e noutras agências de emprego político.

Cavaco falou mal. Mas não roubou.

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