Octávio V. Gonçalves: Compreendem, agora, para que servem as nomeações, em democracia?

29-01-2012
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Fonte: TVI24
É assim em todos os domínios da vida nacional, desde a justiça à educação: só quem tem medo da democracia, tem interesses menos claros a proteger, tem necessidade de sublimar outro tipo de impotências ou se sente inseguro relativamente à conformidade racional e à força moral da sua actuação, é que impõe ou privilegia as nomeações, designações e apadrinhamentos, em detrimento de sorteios, votações e concursos públicos criteriosos e transparentes, conforme as situações.
Nomear é, por princípio, a forma mais eficaz de garantir controlo, pressão, silenciamento, protecção, encobrimento ou favorecimento.
Tudo isto, sai, ainda, mais reforçado quando o sistema, dito democrático, se caracteriza por inter-nomeações em cadeia, tornando os indivíduos, funcional ou politicamente, dependentes uns dos outros.
Com este tipo de actuações, alguém se pode espantar que a "virginal rainha" do Ministério Público seja objecto de suspeitas no favorecimento a Sócrates, se o mesmo se põe a jeito?
Parabéns ao jornalista Carlos Enes que, sendo das poucas excepções no meio do acagaçado jornalismo nacional, não se tem deixado intimidar pelo socratismo, nem consta que tenha qualquer interesse, empresarial ou político, em enfraquecer o PGR.

Fonte: TVI24
É assim em todos os domínios da vida nacional, desde a justiça à educação: só quem tem medo da democracia, tem interesses menos claros a proteger, tem necessidade de sublimar outro tipo de impotências ou se sente inseguro relativamente à conformidade racional e à força moral da sua actuação, é que impõe ou privilegia as nomeações, designações e apadrinhamentos, em detrimento de sorteios, votações e concursos públicos criteriosos e transparentes, conforme as situações.
Nomear é, por princípio, a forma mais eficaz de garantir controlo, pressão, silenciamento, protecção, encobrimento ou favorecimento.
Tudo isto, sai, ainda, mais reforçado quando o sistema, dito democrático, se caracteriza por inter-nomeações em cadeia, tornando os indivíduos, funcional ou politicamente, dependentes uns dos outros.
Com este tipo de actuações, alguém se pode espantar que a "virginal rainha" do Ministério Público seja objecto de suspeitas no favorecimento a Sócrates, se o mesmo se põe a jeito?
Parabéns ao jornalista Carlos Enes que, sendo das poucas excepções no meio do acagaçado jornalismo nacional, não se tem deixado intimidar pelo socratismo, nem consta que tenha qualquer interesse, empresarial ou político, em enfraquecer o PGR.

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