O problema é mesmo a objectividade

24-01-2012
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O problema é mesmo a objectividade

«O Ministério Público determinou a abertura de um inquérito para investigar a autoria e circunstâncias em que nasceu a carta anónima recebida, há pouco mais de um mês, pela Polícia Judiciária, envolvendo um primo de José Sócrates nas suspeitas de corrupção no licenciamento do outlet de Alcochete. Perante a confirmação de que as informações dadas são “objectivamente falsas”, a carta foi remetida para o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa “para o devido procedimento penal. » – PODEMOS ENTÃO CONCLUIR QUE EM MÊS E MEIO O MINISTÉRIO PÚBLICO CONSEGUIU DAR COMO PROVADO QUE AS ACUSAÇÕES FORMULADAS NA DITA CARTA SÃO FALSAS. AO MENOS ALGUMA COISA SE INVESTIGOU RAPIDAMENTE EM PORTUGAL E CHEGOU A CONCLUSÃO CLARAS: AS ACUSAÇÕES FORMULADAS NA CARTA SÃO FALSAS. AINDA BEM.

Mas se continuarmos a ler a notícia deixamos de peceber o que é falso:

« A denúncia anónima visava directamente José Paulo Bernardo Pinto de Sousa, primo de José Sócrates, apontado como uma espécie de “entreposto financeiro” no alegado esquema de corrupção. Na carta eram feitas referências à Mecaso, uma sociedade criada em 1999 pela mãe de José Sócrates e detida maioritariamente pelo tio paterno, António Pinto de Sousa, da qual José Paulo é gestor. Apesar de a recente carta anónima não ser considerada válida para a investigação, não são novas as suspeitas em relação a este primo de Sócrates e à empresa Mecaso. Já em Abril os investigadores procuravam, numa das deslocações a Londres, transferências eventualmente suspeitas para a empresa e admitiam que o primo do primeiro-ministro pudesse ser o parente que o arguido Charles Smith apontou como receptor de luvas. Segundo noticiou na altura o semanário “Sol”, José Paulo Bernardo estará referenciado noutro processo que corre, desde 2001, no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e envolve a Câmara da Amadora. Em causa estão indícios de tráfico de influências, corrupção, financiamento a partidos e branqueamento de capitais. » – OU A NOTÍCIA ESTÁ MAL REDIGIDA OU A BOTA NÃO BATE COM A PERDIGOTA.

AFINAL A QUE INFORMAÇÕES SE APLICA A EXPRESSÃO “objectivamente falsas”?

O problema é mesmo a objectividade

«O Ministério Público determinou a abertura de um inquérito para investigar a autoria e circunstâncias em que nasceu a carta anónima recebida, há pouco mais de um mês, pela Polícia Judiciária, envolvendo um primo de José Sócrates nas suspeitas de corrupção no licenciamento do outlet de Alcochete. Perante a confirmação de que as informações dadas são “objectivamente falsas”, a carta foi remetida para o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa “para o devido procedimento penal. » – PODEMOS ENTÃO CONCLUIR QUE EM MÊS E MEIO O MINISTÉRIO PÚBLICO CONSEGUIU DAR COMO PROVADO QUE AS ACUSAÇÕES FORMULADAS NA DITA CARTA SÃO FALSAS. AO MENOS ALGUMA COISA SE INVESTIGOU RAPIDAMENTE EM PORTUGAL E CHEGOU A CONCLUSÃO CLARAS: AS ACUSAÇÕES FORMULADAS NA CARTA SÃO FALSAS. AINDA BEM.

Mas se continuarmos a ler a notícia deixamos de peceber o que é falso:

« A denúncia anónima visava directamente José Paulo Bernardo Pinto de Sousa, primo de José Sócrates, apontado como uma espécie de “entreposto financeiro” no alegado esquema de corrupção. Na carta eram feitas referências à Mecaso, uma sociedade criada em 1999 pela mãe de José Sócrates e detida maioritariamente pelo tio paterno, António Pinto de Sousa, da qual José Paulo é gestor. Apesar de a recente carta anónima não ser considerada válida para a investigação, não são novas as suspeitas em relação a este primo de Sócrates e à empresa Mecaso. Já em Abril os investigadores procuravam, numa das deslocações a Londres, transferências eventualmente suspeitas para a empresa e admitiam que o primo do primeiro-ministro pudesse ser o parente que o arguido Charles Smith apontou como receptor de luvas. Segundo noticiou na altura o semanário “Sol”, José Paulo Bernardo estará referenciado noutro processo que corre, desde 2001, no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e envolve a Câmara da Amadora. Em causa estão indícios de tráfico de influências, corrupção, financiamento a partidos e branqueamento de capitais. » – OU A NOTÍCIA ESTÁ MAL REDIGIDA OU A BOTA NÃO BATE COM A PERDIGOTA.

AFINAL A QUE INFORMAÇÕES SE APLICA A EXPRESSÃO “objectivamente falsas”?

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