Os processos de Sócrates (e quanto a Charles Smith?, e outras sugestões no final do post)

10-07-2011
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Agora que um blogue como o Jugular (não faço link nenhum) rejubila e se orgasmiza de felicidade pelos nove, dez ou onze processos interpostos por Sua Excelência o Chefe do Executivo, Engenheiro José Sócrates à imprensa, ou melhor a jornalistas de vários quadrantes e orgãos de informação, apenas por noticiarem a mais pura impossibilidade de não noticiar, desenvolvendo ainda o post anterior de Nuno Ramos de Almeida (certeiro como a mais certeira das balas), é altura para se fazer um pequeno balanço; o Chefe do Executivo de Portugal (a nacionalidade é importante) processou:

– Manuela Moura Guedes, jornalista e pivot da TVI (notável profissional, aliás)

РJos̩ Eduardo Moniz, director-geral da TVI

– Ana Leal, jornalista da TVI

– Carlos Enes, jornalista da TVI

РJ̼lio Bagulho, operador de c̢mara da TVI

– Cristina Ferreira, jornalista do “Público”

– Paulo Ferreira, jornalista do “Público”

– José Manuel Fernandes, jornalista do “Público”

– João Miguel Tavares, colunista do DN (por esta, entre outras frases certeiras: “eu tenho vergonha da democracia portuguesa” – e eu também; sublinhe-se que o colunista disse recentemente: “Sócrates tem todo o direito de me processar e eu tenho todo o direito de dizer que o seu comportamento é vergonhoso”)

Noto que estes processos, e nada sei de Direito (a não ser umas leituras de Derrida sobre a diferença entre a Justiça e o Direito), não podem ter qualquer viabilidade. É impossível (suponho) “vencer-se” em tribunal quem transmite uma notícia, como para muitos é impossível não a transmitir, claro; por isso, registem-se estes nomes como símbolos de liberdade.

No fundo, quem é que chamou claramente corrupto a Sócrates? Charles Smith. O “Expresso” de ontém (ed. impressa) fala, muito levemente, no mesmo texto sobre os processos a jornalistas, de um processo interposto a Charles Smith. Já tinha lido isso há um tempo pelos lados do “Correio da Manhã” e nada sei ao certo sobre isso. Creio mesmo que não há aqui processo nenhum, mas este poderia ser um embate deveras interessante.

Outro processo pertinente, porque não?, seria à polícia inglesa, ou seja, ao Serious Fraud Office (director: Richard Alderman – processável?) que considera Sócrates suspeito no caso de corrupção do Freeport. Porque, como se sabe, em Portugal Sócrates não é suspeito, mas em Inglaterra, no Serious Fraud, é o principal suspeito, segundo apurou a TVI (e por muitos noticiado).

Agora que um blogue como o Jugular (não faço link nenhum) rejubila e se orgasmiza de felicidade pelos nove, dez ou onze processos interpostos por Sua Excelência o Chefe do Executivo, Engenheiro José Sócrates à imprensa, ou melhor a jornalistas de vários quadrantes e orgãos de informação, apenas por noticiarem a mais pura impossibilidade de não noticiar, desenvolvendo ainda o post anterior de Nuno Ramos de Almeida (certeiro como a mais certeira das balas), é altura para se fazer um pequeno balanço; o Chefe do Executivo de Portugal (a nacionalidade é importante) processou:

– Manuela Moura Guedes, jornalista e pivot da TVI (notável profissional, aliás)

РJos̩ Eduardo Moniz, director-geral da TVI

– Ana Leal, jornalista da TVI

– Carlos Enes, jornalista da TVI

РJ̼lio Bagulho, operador de c̢mara da TVI

– Cristina Ferreira, jornalista do “Público”

– Paulo Ferreira, jornalista do “Público”

– José Manuel Fernandes, jornalista do “Público”

– João Miguel Tavares, colunista do DN (por esta, entre outras frases certeiras: “eu tenho vergonha da democracia portuguesa” – e eu também; sublinhe-se que o colunista disse recentemente: “Sócrates tem todo o direito de me processar e eu tenho todo o direito de dizer que o seu comportamento é vergonhoso”)

Noto que estes processos, e nada sei de Direito (a não ser umas leituras de Derrida sobre a diferença entre a Justiça e o Direito), não podem ter qualquer viabilidade. É impossível (suponho) “vencer-se” em tribunal quem transmite uma notícia, como para muitos é impossível não a transmitir, claro; por isso, registem-se estes nomes como símbolos de liberdade.

No fundo, quem é que chamou claramente corrupto a Sócrates? Charles Smith. O “Expresso” de ontém (ed. impressa) fala, muito levemente, no mesmo texto sobre os processos a jornalistas, de um processo interposto a Charles Smith. Já tinha lido isso há um tempo pelos lados do “Correio da Manhã” e nada sei ao certo sobre isso. Creio mesmo que não há aqui processo nenhum, mas este poderia ser um embate deveras interessante.

Outro processo pertinente, porque não?, seria à polícia inglesa, ou seja, ao Serious Fraud Office (director: Richard Alderman – processável?) que considera Sócrates suspeito no caso de corrupção do Freeport. Porque, como se sabe, em Portugal Sócrates não é suspeito, mas em Inglaterra, no Serious Fraud, é o principal suspeito, segundo apurou a TVI (e por muitos noticiado).

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