Negócio da venda da TVI à Prisa pressupunha afastamento de Moura Guedes

10-07-2011
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A jornalista, que esta tarde está a ser ouvida na comissão parlamentar de Ética, assegura que foi “colocada na prateleira em 2005”, na altura em que Miguel Paes do Amaral, ex-administrador da Media Capital, vendeu a estação televisiva à Prisa. “Na base da venda estava um afastamento, que era o meu. Eu fui afastada em 2005”, garantiu, notando que foi “colocada na prateleira” até 2008.

Moura Guedes recordou então que o seu afastamento do ecrã terá sido uma das condições da venda da TVI à empresa espanhola: “O Carlos Enes [jornalista da TVI] jantou com dois deputados do PS e um assessor de Sócrates, que lhe disseram que eu ia fazer parte do pacote da venda da Media Capital à Prisa.”.

A jornalista não quis revelar os nomes dos deputados, quando questionada pela deputada do CDS Cecília Meireles, mas deixou implícita a identificação do assessor do primeiro-ministro, dizendo que “é alguém que já não trabalha no gabinete”: David Damião.

Paes do Amaral, acrescentou, “teve de vender quase a alma para fazer o negócio com os espanhóis”. E foi José Lemos, do PS, quem “intermediou” as negociações.

Moura Guedes contou também que a decisão de suspender o “Jornal Nacional de Sexta” foi tomada em Espanha. E revelou novos dados: “Juan Luís Cébrian [patrão da Prisa] contou a vária pessoas que estava farto de receber telefonemas do primeiro-ministro, porque Sócrates até tinha ligado para o rei de Espanha, tentando que este pressionasse a Prisa.”

Notícia actualizada às 17h07

A jornalista, que esta tarde está a ser ouvida na comissão parlamentar de Ética, assegura que foi “colocada na prateleira em 2005”, na altura em que Miguel Paes do Amaral, ex-administrador da Media Capital, vendeu a estação televisiva à Prisa. “Na base da venda estava um afastamento, que era o meu. Eu fui afastada em 2005”, garantiu, notando que foi “colocada na prateleira” até 2008.

Moura Guedes recordou então que o seu afastamento do ecrã terá sido uma das condições da venda da TVI à empresa espanhola: “O Carlos Enes [jornalista da TVI] jantou com dois deputados do PS e um assessor de Sócrates, que lhe disseram que eu ia fazer parte do pacote da venda da Media Capital à Prisa.”.

A jornalista não quis revelar os nomes dos deputados, quando questionada pela deputada do CDS Cecília Meireles, mas deixou implícita a identificação do assessor do primeiro-ministro, dizendo que “é alguém que já não trabalha no gabinete”: David Damião.

Paes do Amaral, acrescentou, “teve de vender quase a alma para fazer o negócio com os espanhóis”. E foi José Lemos, do PS, quem “intermediou” as negociações.

Moura Guedes contou também que a decisão de suspender o “Jornal Nacional de Sexta” foi tomada em Espanha. E revelou novos dados: “Juan Luís Cébrian [patrão da Prisa] contou a vária pessoas que estava farto de receber telefonemas do primeiro-ministro, porque Sócrates até tinha ligado para o rei de Espanha, tentando que este pressionasse a Prisa.”

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