Aquém Tejo

02-01-2020
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A Senhora das Candeias Francisco Carita Mata

Francisco Carita Mata 02.02.21 Dia Dois de Fevereiro (02/02/21) “Senhora das Candeias a rir, o Inverno está para vir. Senhora das Candeias a chorar, o Inverno está para acabar.” Este é um provérbio que relaciona a meteorologia do dia da Senhora das Candeias ou da Luz com a eventualidade da continuação ou não do tempo invernoso. Este Inverno tem-se prezado bastante das condições atmosféricas que lhe são peculiares. Chuva, frio, geada, neve, mesmo no Alentejo. Ontem, dia um de Fevereiro, o dia até esteve bonito. Deu para andar no campo, a passear e também a trabalhar. Hoje, dia dois, o tempo tem estado sempre chocho. Chuviscos, frio, tempo encoberto, o sol nem se viu. Por aqui, pela Cidade de Régio. Como caraterizar face ao adágio?! Pela minha perceção, a Senhora não se esteve a rir. Esteve mais a chorar que outra coisa. Então, se dermos razão ao ditado, dito popular, teremos o Inverno a acabar?! Isto é, virá o tempo risonho. Temos o “bom” tempo a chegar? Bem, oxalá que assim seja. Já andamos um pouco aborrecidos do “mau” tempo. Aguardemos. O futuro nos dirá, se o rifão falha ou não. (Que os provérbios valem o que valem. Funcionam como formas de conhecimento empírico. Modos de transmitir o saber, a sabedoria alicerçada na prática geracional, transmitida de pais para filhos.) Que a Senhora das Candeias nos traga Luz! Notas finais: Vale do Peso é uma povoação do Alto Alentejo de grande devoção da Senhora das Candeias ou Nossa Senhora da Luz. A foto ilustrativa não é de hoje. É do mês passado. Hoje não deu para sair. O dia tem estado com pior aspeto. Até próximo postal! Tags:

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A Senhora das Candeias Francisco Carita Mata

Francisco Carita Mata 02.02.21 Dia Dois de Fevereiro (02/02/21) “Senhora das Candeias a rir, o Inverno está para vir. Senhora das Candeias a chorar, o Inverno está para acabar.” Este é um provérbio que relaciona a meteorologia do dia da Senhora das Candeias ou da Luz com a eventualidade da continuação ou não do tempo invernoso. Este Inverno tem-se prezado bastante das condições atmosféricas que lhe são peculiares. Chuva, frio, geada, neve, mesmo no Alentejo. Ontem, dia um de Fevereiro, o dia até esteve bonito. Deu para andar no campo, a passear e também a trabalhar. Hoje, dia dois, o tempo tem estado sempre chocho. Chuviscos, frio, tempo encoberto, o sol nem se viu. Por aqui, pela Cidade de Régio. Como caraterizar face ao adágio?! Pela minha perceção, a Senhora não se esteve a rir. Esteve mais a chorar que outra coisa. Então, se dermos razão ao ditado, dito popular, teremos o Inverno a acabar?! Isto é, virá o tempo risonho. Temos o “bom” tempo a chegar? Bem, oxalá que assim seja. Já andamos um pouco aborrecidos do “mau” tempo. Aguardemos. O futuro nos dirá, se o rifão falha ou não. (Que os provérbios valem o que valem. Funcionam como formas de conhecimento empírico. Modos de transmitir o saber, a sabedoria alicerçada na prática geracional, transmitida de pais para filhos.) Que a Senhora das Candeias nos traga Luz! Notas finais: Vale do Peso é uma povoação do Alto Alentejo de grande devoção da Senhora das Candeias ou Nossa Senhora da Luz. A foto ilustrativa não é de hoje. É do mês passado. Hoje não deu para sair. O dia tem estado com pior aspeto. Até próximo postal! Tags:

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CURIOSIDADES sobre as Paróquias Francisco Carita Mata

Francisco Carita Mata 20.02.15 Algumas CURIOSIDADES sobre as Paróquias Nestas “Memórias”, para além do que já foi referido, há ainda mais alguns aspetos que gostaria de realçar. Ficando ainda muita informação, mas que convido a quem tiver interesse que pesquise nos “sites” já referidos e que assinalo no final, especialmente no da Universidade de Évora. Todas as povoações tinham Pároco e algumas coadjutor(es) e outras pessoas adstritas ao trabalho religioso da Paróquia. Todos eram remunerados, recebendo “ordenado / côngrua / renda”, na forma de géneros e dinheiro. O nível de respostas é muito variado. Alguns párocos são bastante prolixos, desenvolvendo e pormenorizando nas respostas, incluindo até assuntos sobre outras paróquias, enquanto outros são bastante sintéticos. Todos referem o orago, bem como os altares e santos das respetivas igrejas e ermidas existentes. Todas as paróquias pertenciam ao “Priorado do Crato”. Não tinham correio próprio, serviam-se do do Crato. Gáfete servia-se do de Portalegre. Entre outros aspetos, referem-se também à situação das povoações, a distância às principais localidades e a Lisboa, em léguas. Entre as paróquias ainda figurava a de “Monte Chamisso”, que ainda era habitada nesta data. (Despovoar-se-ia cerca de um século depois.) Também existia a “freguezia de Nossa Senhora dos Martires” como paróquia independente e que englobava três lugares: “Monte de Ordem, Monte da Velha, e Monte Pizam”. O pároco de Monte da Pedra desenvolveu bastante sobre a sua localidade, explicando, entre vários outros aspetos, a origem do respetivo nome (topónimo), que se deve à notabilidade de duas pedras que estão no limite da terra: o “ Penedo Gordo” e a “Lagem de Santo Estevão”. O pároco do Crato menciona que Monte da Pedra era povoação no Lugar do Sourinho, tendo os moradores mudado para o local atual, mas que em 1634 ainda a Igreja estava nesse Lugar. A aldeia de Nossa Senhora de Flor da Roza tinha três feiras francas de direitos reais, que duravam um dia: na primeira 6ª feira de Março, a 15 de Agosto e a 8 de Setembro. Estas eram as três feiras existentes no espaço do atual concelho. Fora recentemente elevada à categoria de Paróquia, em 21 de Setembro de 1749. Fazia-se muita e singular louça de barro. Havia também um pinhal grandioso. Sobre a “Aldea do Val do Pezo” também são disponibilizadas pormenorizadas informações. Refere-se a origem do nome da povoação. A antigamente cidade do Pezo, tomou o seu nome de uma formosa e bem parecida pedra, existente perto da aldeia, junto da qual se supunha existirem tesouros da antiga cidade. Também a leste da aldeia existia uma pequena povoação, chamada Pedo Rodo, à data já em ruínas, mas de que existiam ainda nos livros da igreja, assentos de casamentos e batizados datados de cem anos antes, século XVII. Em Fevereiro, havia duas romarias: a dois, a da Senhora da Luz e a doze, a de Santa Eulália. A villa nova de São João de Gáfete, embora integrada no Priorado do Crato, tinha termo próprio, não pertencendo, à data, ao do Crato. Tinha Hospital e Casa de Misericórdia. Na Villa do Crato houve um grande incêndio, a 29 de Junho de 1662, em que arderam todos os cartórios e papéis oficiais. Este incêndio ocorreu na sequência do ataque dos espanhóis, capitaneados por D. João de Áustria, na frente de um exército de 5000 infantes e 6000 cavaleiros. Este ataque integra-se na designada “Guerra da Restauração” (1640 - 1668), após Portugal ter recuperado a “Independência” em 1 de Dezembro de 1640. Neste ataque a que a guarnição da praça resistiu durante cinco horas, apesar de em piores condições que o atacante, acabando a vila por ser invadida e sujeita à vontade do vencedor. Pelas cinco horas da tarde, entraram os vencedores e puseram fogo em muitas casas de cada rua, destruindo 282 moradas de casas na vila e 30 no castelo. Destruíram a torre, edifícios, fortificações, a igreja de S. João, arrasando completamente o castelo. Estes são alguns aspetos que podem ser realçados da análise sobre o tema abordado “As Memórias Paroquiais de 1758”. Muito ainda fica por abordar. Formulo um convite à pesquisa sobre esta temática. E, quem consultar o blog, a leitura de "posts" anteriores que enquadram todo o tema. Notas Finais: Neste trabalho para o “post” resolvi documentá-lo com os “brasões de armas” das freguesias recentes, antes da última alteração de 2013, porque sendo embora brasões atuais, na imagiologia apresentada e simbologia imanente “vão beber informação às fontes” do passado. Uma versão deste trabalho global sobre as "Memórias Paroquiais de 1758" foi publicada no Jornal “A Mensagem”, em 2014. Com este "post", concluo, em princípio, o trabalho sobre este tema e que me propusera divulgar na net. Webgrafia Algumas das Fontes pesquisadas: dgarq.gov.pt/details?id=4238720

fcsh.unl.pt/ memorias /atlas/apresentacao.html

wikipedia.org/wiki/ Memórias _ Paroquiais_de_1758

portugal1758.di.uevora.pt/

publico.pt/.../torre-do-tombo- memorias - paroquiais -

http://www.wikipedia.org/ Na elaboração deste trabalho também foram feitas pesquisas em documentação bibliográfica. Alguns livros também estão disponíveis online, nomeadamente: - “Memórias Paroquiais de Campanhã”, versão online. - Sinopse das “Memórias Paroquiais do Alandroal”, de Isabel Alves Moreira. - (…) Outra Bibliografia: CARDOSO, P. LUIZ; DICCIONARIO GEOGRAFICO … ; Regia Officina SYLVIANA e da Academia Real, Lisboa, 1747. FLORES, Alexandre M.; Vila e Termo de Almada nas Memórias Paroquiais de 1758, Separata da Revista Anais de Almada, Nº 5 – 6; Almada, 2009; Edição de Autor. (Imagens de brasões das freguesias, in wikipédia.) Tags:

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Aspetos Genéricos e Comparativos das várias Paróquias Francisco Carita Mata

Francisco Carita Mata 19.02.15 Dados Demográficos 1758 Breve Introdução: - Há que ter em conta que as contagens eram feitas numa perspetiva diferente da que usamos atualmente, nomeadamente religiosa, em função da obrigação das pessoas face ao cumprimento dos vários sacramentos. - Não há também uma uniformização nas designações dos conceitos em análise, nem nas quantidades apresentadas. - Apresentam-se os valores em numeração árabe, para uma melhor compreensão. ******* “Aldea da Mata”: 300 "pessoas de sacramento" e 80 “menores”. “Aldea do Val do Pezo”: 120 vizinhos, num total de 380 pessoas. “Monte Chamisso”: 25 vizinhos, num total de 81 pessoas. “Monte da Pedra”: 68 vizinhos, num total de 255 pessoas. A freguesia toda tinha 91 vizinhos, num total de 323 pessoas. À paróquia/freguesia de Monte da Pedra pertenciam, à data, mais três aldeias, a saber: “Monte do Sume” - 17 vizinhos, 44 pessoas; “Cazal de Folgão Palha” – 2 vizinhos, 10 pessoas; “Monte de Franquino” – 4 vizinhos, 15 pessoas. “Nossa Senhora de Flor da Roza”: 140 fogos, 400 “pessoas de confissão e comunhão", 40 “ só de confissão" e 100 “inocentes, não obrigados aos preceitos". “ Nossa Senhora dos Martires”: 90 vizinhos, num total de 350 pessoas. “Villa do Crato”: 414 vizinhos, que englobavam 1128 pessoas. (“villa nova de São João de Gafete”: 205 vizinhos, num total de 512 “pessoas maiores” e 94 “menores”. À data, Gáfete não pertencia ao “termo” da vila do Crato, embora anteriormente tivesse pertencido.) À data e de acordo com as informações do “Pároco da villa do Crato”, o termo para além da própria vila, compreendia as seguintes aldeias, com os respetivos dados demográficos, nem sempre exatamente coincidentes com os explicitados pelos respetivos párocos de cada Paróquia: “Aldea da Matta”, com 124 vizinhos, 386 pessoas; “Monte da Pedra”, com 91 vizinhos, 318 pessoas; “Chamisso”, com 25 vizinhos, 81 pessoas; “Val do Pezo”, 101 vizinhos, 380 pessoas; “Senhora dos Martires”, 90 fogos, 350 pessoas; “nossa Senhora de Flor da Roza”, 135 fogos, 550 pessoas. ******* Dados populacionais das Freguesias, 2011, segundo informação recolhida in wikipédia, comparativamente com a População das Paróquias estimada em 1758. Freguesias População 2011 População das Paróquias estimada em 1758 Aldeia da Mata 374 380**/386* Crato e Mártires 1674 ---- Crato = 1128* “Senhora dos Martires” Mártires = 350**/350* Flor da Rosa 263 540**/550* Gáfete 856 606** Monte da Pedra 280 323**/318* Vale do Peso 261 380**/380* “Chamisso” ------ 81**/81* TOTAL 3708 3788**/3799* * - segundo informação prestada por “Pároco da villa do Crato” . ** - segundo informação prestada pelo Pároco da respetiva Paróquia. - Nem sempre se verifica concordância, mas não nos podemos esquecer das condições da época, meados do século XVIII e das “dificuldades de comunicação” a todos os níveis. De qualquer modo, temos que reconhecer que foi um trabalho notável, à data, dado que apesar de todas as dificuldades ele foi realizado à escala nacional! Paróquia a paróquia! - Note-se que, atualmente, das Povoações existentes, apenas Gáfete e Crato e Mártires têm mais população que em 1758! E, na totalidade, o concelho tem ligeiramente menos população que na data referida – 1758. Menos 80 a 90 pessoas. Nota Final: Esta pesquisa foi realizada a partir dos dados facultados pela Universidade de Évora no site específico sobre as "Memórias Paroquiais". Memórias Paroquiais de 1758 portugal1758.di.uevora.pt/ Tags:

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A Senhora das Candeias Francisco Carita Mata

Francisco Carita Mata 02.02.21 Dia Dois de Fevereiro (02/02/21) “Senhora das Candeias a rir, o Inverno está para vir. Senhora das Candeias a chorar, o Inverno está para acabar.” Este é um provérbio que relaciona a meteorologia do dia da Senhora das Candeias ou da Luz com a eventualidade da continuação ou não do tempo invernoso. Este Inverno tem-se prezado bastante das condições atmosféricas que lhe são peculiares. Chuva, frio, geada, neve, mesmo no Alentejo. Ontem, dia um de Fevereiro, o dia até esteve bonito. Deu para andar no campo, a passear e também a trabalhar. Hoje, dia dois, o tempo tem estado sempre chocho. Chuviscos, frio, tempo encoberto, o sol nem se viu. Por aqui, pela Cidade de Régio. Como caraterizar face ao adágio?! Pela minha perceção, a Senhora não se esteve a rir. Esteve mais a chorar que outra coisa. Então, se dermos razão ao ditado, dito popular, teremos o Inverno a acabar?! Isto é, virá o tempo risonho. Temos o “bom” tempo a chegar? Bem, oxalá que assim seja. Já andamos um pouco aborrecidos do “mau” tempo. Aguardemos. O futuro nos dirá, se o rifão falha ou não. (Que os provérbios valem o que valem. Funcionam como formas de conhecimento empírico. Modos de transmitir o saber, a sabedoria alicerçada na prática geracional, transmitida de pais para filhos.) Que a Senhora das Candeias nos traga Luz! Notas finais: Vale do Peso é uma povoação do Alto Alentejo de grande devoção da Senhora das Candeias ou Nossa Senhora da Luz. A foto ilustrativa não é de hoje. É do mês passado. Hoje não deu para sair. O dia tem estado com pior aspeto. Até próximo postal! Tags:

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Francisco Carita Mata 02.02.21 Dia Dois de Fevereiro (02/02/21) “Senhora das Candeias a rir, o Inverno está para vir. Senhora das Candeias a chorar, o Inverno está para acabar.” Este é um provérbio que relaciona a meteorologia do dia da Senhora das Candeias ou da Luz com a eventualidade da continuação ou não do tempo invernoso. Este Inverno tem-se prezado bastante das condições atmosféricas que lhe são peculiares. Chuva, frio, geada, neve, mesmo no Alentejo. Ontem, dia um de Fevereiro, o dia até esteve bonito. Deu para andar no campo, a passear e também a trabalhar. Hoje, dia dois, o tempo tem estado sempre chocho. Chuviscos, frio, tempo encoberto, o sol nem se viu. Por aqui, pela Cidade de Régio. Como caraterizar face ao adágio?! Pela minha perceção, a Senhora não se esteve a rir. Esteve mais a chorar que outra coisa. Então, se dermos razão ao ditado, dito popular, teremos o Inverno a acabar?! Isto é, virá o tempo risonho. Temos o “bom” tempo a chegar? Bem, oxalá que assim seja. Já andamos um pouco aborrecidos do “mau” tempo. Aguardemos. O futuro nos dirá, se o rifão falha ou não. (Que os provérbios valem o que valem. Funcionam como formas de conhecimento empírico. Modos de transmitir o saber, a sabedoria alicerçada na prática geracional, transmitida de pais para filhos.) Que a Senhora das Candeias nos traga Luz! Notas finais: Vale do Peso é uma povoação do Alto Alentejo de grande devoção da Senhora das Candeias ou Nossa Senhora da Luz. A foto ilustrativa não é de hoje. É do mês passado. Hoje não deu para sair. O dia tem estado com pior aspeto. Até próximo postal! Tags:

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CURIOSIDADES sobre as Paróquias Francisco Carita Mata

Francisco Carita Mata 20.02.15 Algumas CURIOSIDADES sobre as Paróquias Nestas “Memórias”, para além do que já foi referido, há ainda mais alguns aspetos que gostaria de realçar. Ficando ainda muita informação, mas que convido a quem tiver interesse que pesquise nos “sites” já referidos e que assinalo no final, especialmente no da Universidade de Évora. Todas as povoações tinham Pároco e algumas coadjutor(es) e outras pessoas adstritas ao trabalho religioso da Paróquia. Todos eram remunerados, recebendo “ordenado / côngrua / renda”, na forma de géneros e dinheiro. O nível de respostas é muito variado. Alguns párocos são bastante prolixos, desenvolvendo e pormenorizando nas respostas, incluindo até assuntos sobre outras paróquias, enquanto outros são bastante sintéticos. Todos referem o orago, bem como os altares e santos das respetivas igrejas e ermidas existentes. Todas as paróquias pertenciam ao “Priorado do Crato”. Não tinham correio próprio, serviam-se do do Crato. Gáfete servia-se do de Portalegre. Entre outros aspetos, referem-se também à situação das povoações, a distância às principais localidades e a Lisboa, em léguas. Entre as paróquias ainda figurava a de “Monte Chamisso”, que ainda era habitada nesta data. (Despovoar-se-ia cerca de um século depois.) Também existia a “freguezia de Nossa Senhora dos Martires” como paróquia independente e que englobava três lugares: “Monte de Ordem, Monte da Velha, e Monte Pizam”. O pároco de Monte da Pedra desenvolveu bastante sobre a sua localidade, explicando, entre vários outros aspetos, a origem do respetivo nome (topónimo), que se deve à notabilidade de duas pedras que estão no limite da terra: o “ Penedo Gordo” e a “Lagem de Santo Estevão”. O pároco do Crato menciona que Monte da Pedra era povoação no Lugar do Sourinho, tendo os moradores mudado para o local atual, mas que em 1634 ainda a Igreja estava nesse Lugar. A aldeia de Nossa Senhora de Flor da Roza tinha três feiras francas de direitos reais, que duravam um dia: na primeira 6ª feira de Março, a 15 de Agosto e a 8 de Setembro. Estas eram as três feiras existentes no espaço do atual concelho. Fora recentemente elevada à categoria de Paróquia, em 21 de Setembro de 1749. Fazia-se muita e singular louça de barro. Havia também um pinhal grandioso. Sobre a “Aldea do Val do Pezo” também são disponibilizadas pormenorizadas informações. Refere-se a origem do nome da povoação. A antigamente cidade do Pezo, tomou o seu nome de uma formosa e bem parecida pedra, existente perto da aldeia, junto da qual se supunha existirem tesouros da antiga cidade. Também a leste da aldeia existia uma pequena povoação, chamada Pedo Rodo, à data já em ruínas, mas de que existiam ainda nos livros da igreja, assentos de casamentos e batizados datados de cem anos antes, século XVII. Em Fevereiro, havia duas romarias: a dois, a da Senhora da Luz e a doze, a de Santa Eulália. A villa nova de São João de Gáfete, embora integrada no Priorado do Crato, tinha termo próprio, não pertencendo, à data, ao do Crato. Tinha Hospital e Casa de Misericórdia. Na Villa do Crato houve um grande incêndio, a 29 de Junho de 1662, em que arderam todos os cartórios e papéis oficiais. Este incêndio ocorreu na sequência do ataque dos espanhóis, capitaneados por D. João de Áustria, na frente de um exército de 5000 infantes e 6000 cavaleiros. Este ataque integra-se na designada “Guerra da Restauração” (1640 - 1668), após Portugal ter recuperado a “Independência” em 1 de Dezembro de 1640. Neste ataque a que a guarnição da praça resistiu durante cinco horas, apesar de em piores condições que o atacante, acabando a vila por ser invadida e sujeita à vontade do vencedor. Pelas cinco horas da tarde, entraram os vencedores e puseram fogo em muitas casas de cada rua, destruindo 282 moradas de casas na vila e 30 no castelo. Destruíram a torre, edifícios, fortificações, a igreja de S. João, arrasando completamente o castelo. Estes são alguns aspetos que podem ser realçados da análise sobre o tema abordado “As Memórias Paroquiais de 1758”. Muito ainda fica por abordar. Formulo um convite à pesquisa sobre esta temática. E, quem consultar o blog, a leitura de "posts" anteriores que enquadram todo o tema. Notas Finais: Neste trabalho para o “post” resolvi documentá-lo com os “brasões de armas” das freguesias recentes, antes da última alteração de 2013, porque sendo embora brasões atuais, na imagiologia apresentada e simbologia imanente “vão beber informação às fontes” do passado. Uma versão deste trabalho global sobre as "Memórias Paroquiais de 1758" foi publicada no Jornal “A Mensagem”, em 2014. Com este "post", concluo, em princípio, o trabalho sobre este tema e que me propusera divulgar na net. Webgrafia Algumas das Fontes pesquisadas: dgarq.gov.pt/details?id=4238720

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http://www.wikipedia.org/ Na elaboração deste trabalho também foram feitas pesquisas em documentação bibliográfica. Alguns livros também estão disponíveis online, nomeadamente: - “Memórias Paroquiais de Campanhã”, versão online. - Sinopse das “Memórias Paroquiais do Alandroal”, de Isabel Alves Moreira. - (…) Outra Bibliografia: CARDOSO, P. LUIZ; DICCIONARIO GEOGRAFICO … ; Regia Officina SYLVIANA e da Academia Real, Lisboa, 1747. FLORES, Alexandre M.; Vila e Termo de Almada nas Memórias Paroquiais de 1758, Separata da Revista Anais de Almada, Nº 5 – 6; Almada, 2009; Edição de Autor. (Imagens de brasões das freguesias, in wikipédia.) Tags:

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Francisco Carita Mata 19.02.15 Dados Demográficos 1758 Breve Introdução: - Há que ter em conta que as contagens eram feitas numa perspetiva diferente da que usamos atualmente, nomeadamente religiosa, em função da obrigação das pessoas face ao cumprimento dos vários sacramentos. - Não há também uma uniformização nas designações dos conceitos em análise, nem nas quantidades apresentadas. - Apresentam-se os valores em numeração árabe, para uma melhor compreensão. ******* “Aldea da Mata”: 300 "pessoas de sacramento" e 80 “menores”. “Aldea do Val do Pezo”: 120 vizinhos, num total de 380 pessoas. “Monte Chamisso”: 25 vizinhos, num total de 81 pessoas. “Monte da Pedra”: 68 vizinhos, num total de 255 pessoas. A freguesia toda tinha 91 vizinhos, num total de 323 pessoas. À paróquia/freguesia de Monte da Pedra pertenciam, à data, mais três aldeias, a saber: “Monte do Sume” - 17 vizinhos, 44 pessoas; “Cazal de Folgão Palha” – 2 vizinhos, 10 pessoas; “Monte de Franquino” – 4 vizinhos, 15 pessoas. “Nossa Senhora de Flor da Roza”: 140 fogos, 400 “pessoas de confissão e comunhão", 40 “ só de confissão" e 100 “inocentes, não obrigados aos preceitos". “ Nossa Senhora dos Martires”: 90 vizinhos, num total de 350 pessoas. “Villa do Crato”: 414 vizinhos, que englobavam 1128 pessoas. (“villa nova de São João de Gafete”: 205 vizinhos, num total de 512 “pessoas maiores” e 94 “menores”. À data, Gáfete não pertencia ao “termo” da vila do Crato, embora anteriormente tivesse pertencido.) À data e de acordo com as informações do “Pároco da villa do Crato”, o termo para além da própria vila, compreendia as seguintes aldeias, com os respetivos dados demográficos, nem sempre exatamente coincidentes com os explicitados pelos respetivos párocos de cada Paróquia: “Aldea da Matta”, com 124 vizinhos, 386 pessoas; “Monte da Pedra”, com 91 vizinhos, 318 pessoas; “Chamisso”, com 25 vizinhos, 81 pessoas; “Val do Pezo”, 101 vizinhos, 380 pessoas; “Senhora dos Martires”, 90 fogos, 350 pessoas; “nossa Senhora de Flor da Roza”, 135 fogos, 550 pessoas. ******* Dados populacionais das Freguesias, 2011, segundo informação recolhida in wikipédia, comparativamente com a População das Paróquias estimada em 1758. Freguesias População 2011 População das Paróquias estimada em 1758 Aldeia da Mata 374 380**/386* Crato e Mártires 1674 ---- Crato = 1128* “Senhora dos Martires” Mártires = 350**/350* Flor da Rosa 263 540**/550* Gáfete 856 606** Monte da Pedra 280 323**/318* Vale do Peso 261 380**/380* “Chamisso” ------ 81**/81* TOTAL 3708 3788**/3799* * - segundo informação prestada por “Pároco da villa do Crato” . ** - segundo informação prestada pelo Pároco da respetiva Paróquia. - Nem sempre se verifica concordância, mas não nos podemos esquecer das condições da época, meados do século XVIII e das “dificuldades de comunicação” a todos os níveis. De qualquer modo, temos que reconhecer que foi um trabalho notável, à data, dado que apesar de todas as dificuldades ele foi realizado à escala nacional! Paróquia a paróquia! - Note-se que, atualmente, das Povoações existentes, apenas Gáfete e Crato e Mártires têm mais população que em 1758! E, na totalidade, o concelho tem ligeiramente menos população que na data referida – 1758. Menos 80 a 90 pessoas. Nota Final: Esta pesquisa foi realizada a partir dos dados facultados pela Universidade de Évora no site específico sobre as "Memórias Paroquiais". Memórias Paroquiais de 1758 portugal1758.di.uevora.pt/ Tags:

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