Marasmo do Caos

22-01-2012
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O RISCO FOI ASSUMIDO. Deixemo-nos de anonimatos.
João Nabais Antunes. Estudante de Ciência Política e Relações Internacionais. Em Lisboa. Na NOVA de Lisboa.
O prazer, esse, é todo meu.
A luz que se prespectiva-va acender ontem no CCB só tornou a escuridão ainda mais negra.
Isto é, Carlos Costa Neves, Secretário de Estado dos Assuntos Europeus de manhã. Teresa de Sousa e Guilherme d'Oliveira Martins ao almoço. José Manuel Fernandes, Ana Gomes e João de Deus Pinheiro na digestão. Discutiam-se as novas dinâmicas da União.
Das sábias palavras de Guilherme d'Oliveira Martins, confirmou-se (alguém ainda tinha dúvidas?) a sua competência, clareza de palavras, e a sua capacidade, para todos os dias nas centenas de confêrencias, colóquios e seminários com que nos brinda mostrar que faz, sem dúvida, parte de uma curta elite pautada pela excêlencia, e pelo rigor no que à União Europeia concerne.
Os restantes, acrescentaram o seu empirismo a um debate que serviu para uma tomada de consciência ainda maior. A União não está de boa saúde, a União recomenda-se mas não ad eternum O referendo sobre o Tratado Constitucional para a União em Inglaterra, poderá acabar por deitar por terra aquilo que a mais magnífica obra do homem "ser político". Aquilo que é na Terra, o mais semelhante com o que Kant idealizava. A paz kantiana, uma paz insondável, uma paz construída, permanente, mas que só sobrevive sobre si mesma. Não podendo a Europa ser "Europa Forleza", nunca esse ideal se concretizará na sua plenitude. A Europa a duas velocidades está aí com o alargamento. A nível de política externa a dualidade é óbvia e talvez estrutural. A nível de política interna o caos é o caminho que se afigura como desejado de maneira alguma, mas talvez o único possível de seguir com o NÃO da Inglaterra. Para eles, a Europa ficará isolada. Para nós, a Europa será a construção humana, efémera, que convinha ser perfeita, mas não aprendeu que o "óptimo é inimigo do bom".
Ninguém falou deste modo. Este "Fim dos Dias" Europeu estará se calhar longe de acontecer. Seguir para uma Europa com 25 ou 28 Estados-membros baseando o sistema ainda no Tratado de Nice será algo que ninguém quer imaginar. Será algo que pode comprometer o futuro da União. Um futuro que enovoado, que só se tornará claro com a ascensão de novos líderes, com o aprofundamento e alargamento em sintonia. Teresa de Sousa aflorou o assunto. Será que este gigante económico adormecido políticamente, entre os EUA e a China terá viabilidade enquanto mundo de paz, de liberdades, de garantias, de inovação? Todos esperamos que sim, mas também todos sabemos que para isso, precisamos de Leis comuns a todos, para isso, caminhemos para um Federalismo de estilo alemão, que para isso, temos que aprofundar a cidadania europeia, que para isso, temos que criar objectivos fortes, concretos que mobilizem os Europeus. Que para isso, Berlim, Paris e Londres têm que "falar a mesma língua".
O "motor" Franco-Alemão tem de arrancar, entrar em velocidade cruzeiro e dizer claramente aos Britânicos: Juntos a 100% ou separados até essa data. Não se imagina uma União sem A Inglaterra, mas será isso que poderá vir a acontecer?
Os melhores cumprimentos,
João Nabais Antunes

O RISCO FOI ASSUMIDO. Deixemo-nos de anonimatos.
João Nabais Antunes. Estudante de Ciência Política e Relações Internacionais. Em Lisboa. Na NOVA de Lisboa.
O prazer, esse, é todo meu.
A luz que se prespectiva-va acender ontem no CCB só tornou a escuridão ainda mais negra.
Isto é, Carlos Costa Neves, Secretário de Estado dos Assuntos Europeus de manhã. Teresa de Sousa e Guilherme d'Oliveira Martins ao almoço. José Manuel Fernandes, Ana Gomes e João de Deus Pinheiro na digestão. Discutiam-se as novas dinâmicas da União.
Das sábias palavras de Guilherme d'Oliveira Martins, confirmou-se (alguém ainda tinha dúvidas?) a sua competência, clareza de palavras, e a sua capacidade, para todos os dias nas centenas de confêrencias, colóquios e seminários com que nos brinda mostrar que faz, sem dúvida, parte de uma curta elite pautada pela excêlencia, e pelo rigor no que à União Europeia concerne.
Os restantes, acrescentaram o seu empirismo a um debate que serviu para uma tomada de consciência ainda maior. A União não está de boa saúde, a União recomenda-se mas não ad eternum O referendo sobre o Tratado Constitucional para a União em Inglaterra, poderá acabar por deitar por terra aquilo que a mais magnífica obra do homem "ser político". Aquilo que é na Terra, o mais semelhante com o que Kant idealizava. A paz kantiana, uma paz insondável, uma paz construída, permanente, mas que só sobrevive sobre si mesma. Não podendo a Europa ser "Europa Forleza", nunca esse ideal se concretizará na sua plenitude. A Europa a duas velocidades está aí com o alargamento. A nível de política externa a dualidade é óbvia e talvez estrutural. A nível de política interna o caos é o caminho que se afigura como desejado de maneira alguma, mas talvez o único possível de seguir com o NÃO da Inglaterra. Para eles, a Europa ficará isolada. Para nós, a Europa será a construção humana, efémera, que convinha ser perfeita, mas não aprendeu que o "óptimo é inimigo do bom".
Ninguém falou deste modo. Este "Fim dos Dias" Europeu estará se calhar longe de acontecer. Seguir para uma Europa com 25 ou 28 Estados-membros baseando o sistema ainda no Tratado de Nice será algo que ninguém quer imaginar. Será algo que pode comprometer o futuro da União. Um futuro que enovoado, que só se tornará claro com a ascensão de novos líderes, com o aprofundamento e alargamento em sintonia. Teresa de Sousa aflorou o assunto. Será que este gigante económico adormecido políticamente, entre os EUA e a China terá viabilidade enquanto mundo de paz, de liberdades, de garantias, de inovação? Todos esperamos que sim, mas também todos sabemos que para isso, precisamos de Leis comuns a todos, para isso, caminhemos para um Federalismo de estilo alemão, que para isso, temos que aprofundar a cidadania europeia, que para isso, temos que criar objectivos fortes, concretos que mobilizem os Europeus. Que para isso, Berlim, Paris e Londres têm que "falar a mesma língua".
O "motor" Franco-Alemão tem de arrancar, entrar em velocidade cruzeiro e dizer claramente aos Britânicos: Juntos a 100% ou separados até essa data. Não se imagina uma União sem A Inglaterra, mas será isso que poderá vir a acontecer?
Os melhores cumprimentos,
João Nabais Antunes

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