Fontes do Ídolo: Este poste é de intervenção cívica bracarense sobre as linhas de montagem das Fábricas das Sumidades e sobre um até já!

04-07-2011
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O disparate introdutório que é apanágio nos meus postes: Bom, bem, bom, uuuhhhmmm, bom, não sei começar. Ora, bom, deixa-me lá ver por onde posso começar! Já sei! Uma altura, numa aula de Inglês, na memorável ESCA - atenção, isto NÃO é um elogio. Por exemplo, memorável também se aplica ao Nuno Gomes, ao Bergessio, ao Taument, portanto memorável NÃO é um elogio! - e a "professora" pediu-nos para escrevermos uma composição sobre o ambiente familiar durante uma refeição. Basicamente, disse que me estava a cagar para as maneiras - como é óbvio, eu tinha a certeza que a minha mãe jamais leria aquilo, correcto? - e que deveríamos optar por estarmos o mais à vontade possível, evitando ainda assim arrotar, fazer barulho a comer a sopa - aquela cena do ssscccchhpppp - e, de preferência, a não mostrarmos ao restantes elementos a mistela dadaísta que tendemos a criar de cada vez que mastigamos. Respeitados estes ditames, estaríamos prontos para comer. Isto serve para dizer que, se algum dia eu for um gajo conhecido - daqueles que é convidado para ir a sítios falar de coisas tão importantes como "o existencialismo cristão de Kierkegaard", ou "a importância de Schiller no movimento romântico da Literatura Alemã", ou "o conceito de Tempo no pensamento de Eduardo Lourenço" ou, por exemplo, "da densa neblina que parece assolar a pornografia norte-americana desde que Jenna Jameson deixou de ser actriz" - não resistirei às envergonhadas necessidades de quem regressa aos seus melhores dias!

As fábricas das Sumidades: Pronto, isto veio a propósito de linhas de montagem danificadas (devem ser os grãos de pimenta a emperrar a engrenagem). Vou ser breve que não tenho vida para isto. - Ah, fica já o aviso que isto dos postes longos e maturados (!) vai acabar! É verdade! Lamento, mas o Etcétera vai dedicar-se a outras causas - não, não houve nenhum russo magnata, dono de um blogue inglês, que me contratou para ir descaralhar para lá - e começará a bebericar com menos assiduidade nesta nossa fonte. É a puta da vida e a minha só me fode! - Não conheço o João Marques de lado algum, mas gosto do gajo. O que é fodido porque já tenho benfiquistas a mais na minha consideração. Qualquer dia, há merda! Passei admirá-lo pelo que escreve. E também pelo modo como escreve. Quer dizer é arrojado sem ser parvo e essa é uma das melhores virtudes. Outros há, como eu, que são arrojados e parvos. Outros há, também, que são só parvos, nem é preciso dizer nomes. Vocês sabem de quem é que eu estou a falar ! O João Marques é vice-presidente da JSD-Braga (é isso, não é?) o que, pelo que leio nas homilias ocas, equivale a ser um cavalo oportunista sem formação e apenas com ambição tachista ! Ainda assim, eu que sou teimoso como o deus me livre, quase que aposto que o João - como outros, estou certo -, mesmo sendo da JSD , dá 10-0 (gosto de aplicar estes termos futeboleiros enquanto falo, dá um certo élan, uma certa atitude tipo foda-se) a muitos desses parvos; os tais independentes de ocasião; esses, sim, são os embriões dessa corja que nos teima em governar. Os independentes políticos não passam de uma merda de uma rosa dos ventos. Viram sempre para onde são empurrados. Alguns deles, vejam bem, até estiveram na origem de inefáveis partidos liderados por figuras tão marcantes quanto o Manuel Monteiro. Mas esses é que são os exemplos para os outros. Pois claro... Bom, João, um dia, quando fores assim alguém mais influente, irás certamente dar de caras com alguns destes paladinos apartidários - hoje ainda jovens pugnadores e desocupados - vociferadores da dor de corno, alapados nos cadeirões da vida. Por essa altura, serão velhos gastos, soberbos em tudo menos na dignidade, de faces rubicundas e corpos anafados. Até porque, João, ao contrário do que fazem crer, o Tigre não é maior do que o Eufrates. E já dizia o outro, "palermas há muitos, ó chapéu"!

Até já: Gosto que me leiam, da mesma forma sincera, ingénua e pueril com que leio (quase todos) os outros. Mas não encontro em mim aspectos menores que se atemorizem perante a grandiloquentia . Cada vez mais vou conhecendo o meu lugar. Não no blogue, que existe e nos mima em infantis escapadelas ao óbvio. Mas antes na vida. Conheço o que quero e quem quero. Na vida que prossegue, que nos escapa quase sempre, que acaba por se tornar o que vai restando de nós, só nos compete chegar ao ermo da lucidez e ver que tudo o que não dissemos estava implícito no que foi dito. Para quê deixarmos de ser nós (ou o que sobeja de nós) só porque gostamos de escrever? O grosso da beleza da vida é, vejam bem, resultado generoso da inesgotável criação humana, seja ela natural ou rasgada, artística ou apenas conturbada. A beleza erguida e criada é como um dom: sublime, porque nada se pede em troca. A música, por exemplo. Decepa-nos a imaginação. Calcina-nos o mistério. Mas todos tínhamos obrigação de saber isto, certo?

Um abraço a todos!

O disparate introdutório que é apanágio nos meus postes: Bom, bem, bom, uuuhhhmmm, bom, não sei começar. Ora, bom, deixa-me lá ver por onde posso começar! Já sei! Uma altura, numa aula de Inglês, na memorável ESCA - atenção, isto NÃO é um elogio. Por exemplo, memorável também se aplica ao Nuno Gomes, ao Bergessio, ao Taument, portanto memorável NÃO é um elogio! - e a "professora" pediu-nos para escrevermos uma composição sobre o ambiente familiar durante uma refeição. Basicamente, disse que me estava a cagar para as maneiras - como é óbvio, eu tinha a certeza que a minha mãe jamais leria aquilo, correcto? - e que deveríamos optar por estarmos o mais à vontade possível, evitando ainda assim arrotar, fazer barulho a comer a sopa - aquela cena do ssscccchhpppp - e, de preferência, a não mostrarmos ao restantes elementos a mistela dadaísta que tendemos a criar de cada vez que mastigamos. Respeitados estes ditames, estaríamos prontos para comer. Isto serve para dizer que, se algum dia eu for um gajo conhecido - daqueles que é convidado para ir a sítios falar de coisas tão importantes como "o existencialismo cristão de Kierkegaard", ou "a importância de Schiller no movimento romântico da Literatura Alemã", ou "o conceito de Tempo no pensamento de Eduardo Lourenço" ou, por exemplo, "da densa neblina que parece assolar a pornografia norte-americana desde que Jenna Jameson deixou de ser actriz" - não resistirei às envergonhadas necessidades de quem regressa aos seus melhores dias!

As fábricas das Sumidades: Pronto, isto veio a propósito de linhas de montagem danificadas (devem ser os grãos de pimenta a emperrar a engrenagem). Vou ser breve que não tenho vida para isto. - Ah, fica já o aviso que isto dos postes longos e maturados (!) vai acabar! É verdade! Lamento, mas o Etcétera vai dedicar-se a outras causas - não, não houve nenhum russo magnata, dono de um blogue inglês, que me contratou para ir descaralhar para lá - e começará a bebericar com menos assiduidade nesta nossa fonte. É a puta da vida e a minha só me fode! - Não conheço o João Marques de lado algum, mas gosto do gajo. O que é fodido porque já tenho benfiquistas a mais na minha consideração. Qualquer dia, há merda! Passei admirá-lo pelo que escreve. E também pelo modo como escreve. Quer dizer é arrojado sem ser parvo e essa é uma das melhores virtudes. Outros há, como eu, que são arrojados e parvos. Outros há, também, que são só parvos, nem é preciso dizer nomes. Vocês sabem de quem é que eu estou a falar ! O João Marques é vice-presidente da JSD-Braga (é isso, não é?) o que, pelo que leio nas homilias ocas, equivale a ser um cavalo oportunista sem formação e apenas com ambição tachista ! Ainda assim, eu que sou teimoso como o deus me livre, quase que aposto que o João - como outros, estou certo -, mesmo sendo da JSD , dá 10-0 (gosto de aplicar estes termos futeboleiros enquanto falo, dá um certo élan, uma certa atitude tipo foda-se) a muitos desses parvos; os tais independentes de ocasião; esses, sim, são os embriões dessa corja que nos teima em governar. Os independentes políticos não passam de uma merda de uma rosa dos ventos. Viram sempre para onde são empurrados. Alguns deles, vejam bem, até estiveram na origem de inefáveis partidos liderados por figuras tão marcantes quanto o Manuel Monteiro. Mas esses é que são os exemplos para os outros. Pois claro... Bom, João, um dia, quando fores assim alguém mais influente, irás certamente dar de caras com alguns destes paladinos apartidários - hoje ainda jovens pugnadores e desocupados - vociferadores da dor de corno, alapados nos cadeirões da vida. Por essa altura, serão velhos gastos, soberbos em tudo menos na dignidade, de faces rubicundas e corpos anafados. Até porque, João, ao contrário do que fazem crer, o Tigre não é maior do que o Eufrates. E já dizia o outro, "palermas há muitos, ó chapéu"!

Até já: Gosto que me leiam, da mesma forma sincera, ingénua e pueril com que leio (quase todos) os outros. Mas não encontro em mim aspectos menores que se atemorizem perante a grandiloquentia . Cada vez mais vou conhecendo o meu lugar. Não no blogue, que existe e nos mima em infantis escapadelas ao óbvio. Mas antes na vida. Conheço o que quero e quem quero. Na vida que prossegue, que nos escapa quase sempre, que acaba por se tornar o que vai restando de nós, só nos compete chegar ao ermo da lucidez e ver que tudo o que não dissemos estava implícito no que foi dito. Para quê deixarmos de ser nós (ou o que sobeja de nós) só porque gostamos de escrever? O grosso da beleza da vida é, vejam bem, resultado generoso da inesgotável criação humana, seja ela natural ou rasgada, artística ou apenas conturbada. A beleza erguida e criada é como um dom: sublime, porque nada se pede em troca. A música, por exemplo. Decepa-nos a imaginação. Calcina-nos o mistério. Mas todos tínhamos obrigação de saber isto, certo?

Um abraço a todos!

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