Grande Loja do Queijo Limiano

01-07-2011
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Este postal de Carlos Abreu Amorim no Blasfémias é uma ignomínia e um insulto aos magistrados do MP.

Mesmo sendo o exercício de um legítimo direito de opinião, vertido em blog, não deixa por isso de ser o que é e já foi dito, no exercício também, do meu direito de opinião.

É-o porque resulta de uma asserção gratuitamente exposta ao consumo do leitor distraído. As únicas razões que a sustém, são pifias demais para aguentar um argumento básico - não se comprovou nenhuma vez, nem sequer se indiciou que a PGR ou algum dos magistrados que trabalharam no processo Casa Pia, tenham violado o segredo de justiça.

Muitos o afirmam despudoradamente; muitos o insinuam desavergonhadamente; muitos o desejam ardentemente. Contudo, não há uma única prova inequívoca; um indício seguro e muito menos a “smoking gun” que alguns gostariam de mostrar para se comprazerem no único fito que almejam - a destituição e a descredibilização da instituição. Porque o farão?

Ora! Temo bem que seja - porque sim! Porque é preciso arranjar o bode que expie as culpas da anomia geral e que se traduziu durante anos e anos no deixa andar. A justiça anda mal, mas a responsabilidade pelo anquilosamento dos membros reside algures num conjunto de centros de decisão - no poder legislativo em geral e em particular nos que sempre fizeram as leis em Portugal; são sempre o mesmo grupo de sábios porque infelizmente não temos outro. Basta ver a pobreza que é não poder ler na imprensa senão a meia dúzia, se tanto, de especialistas em Direito que se dão ao trabalho de falar no assunto.

Quando se entrevistam os mestres e verdadeiros pais das leis, é dia do rei fazer anos e muitas vezes de dizer que ele vai nu!

Por haver muita ignorância à solta, nos jornais e imprensa em geral, sobre as atribuições institucionais, o estatuto profissional dos membros do poder judicial e dos que com ele colaboram, é que aparecem os dislates e a desinformação.

Atente-se por exemplo neste caso incrível que é o editorial do Diário Econónimo de hoje...

O articulista Luís Miguel Viana, afirma o seguinte...

As alegações dos procuradores no Tribunal da Relação levaram o ex-bastonário da Ordem dos Advogados, Pires de Lima, a dizer que “o MP actua na convicção de que tem os mesmos poderes que eram utilizados pela PIDE e pela Gestapo, designadamente quando revela uma total desconsideração pelos direitos dos arguidos.

Saberá ele que o ex-bastonário pediu desculpas públicas aos magistrados do MP por essa afirmação

Se um procurador-geral não serve, nem para responder por isto, nem para corrigir isto, então para que é que serve?A sua palavra não serve sequer para orientar os subordinados: o agora eurodeputado António Costa telefonou a Souto Moura na manhã da detenção de Paulo Pedroso (Maio de 2003), tendo o PGR dito depois que não sentira essa chamada como uma pressão; no entanto, o procurador responsável pelo processo Casa Pia, João Guerra, argumentou com a “intolerável pressão” desse telefonema para justificar a prisão preventiva.

Que adiantará responder-lhe que não foi essa a única passagem da motivação que serviu para sustentar a "intolerável pressão"

que adiantará dizer-lhe que mesmo que o PGR o não tenha sentido como pressão

objectivamente

não deixa de o ser

Admite-se que um colega de partido de um indivíduo que está em vias de ser detido

(como centenas de pessoas em todo o país o são diariamente...)

telefone ao PGR

?

Cumprimentá-lo e desejar-lhe bom dia

É certo que o povo ignaro e que não lê jornais e só vê TV, já percebeu a essência disto tudo

De resto o articulista acusa o PGR de inacção

o Cunha Rodrigues "mandava", este não

esse

Saberá ele que mandar no MP e em cada magistrado em concreto não é assim como mandar o jornalista estagiário fazer o copy & paste dos jornais do dia

Esta arrogância que se traduz em escrever aleivosias em letra de imprensa

sem fundamento

só com base em opinião que não se sabe em que se baseia

cansa

leitor

(...)viu-se mal o processo ficou acessível que, para além dos depoimentos das vítimas, não havia qualquer investigação digna desse nome - pelo contrário, até a ausência no estrangeiro de um arguido na data do crime de que era acusado passou no ‘crivo’. Ora, se um procurador-geral não é responsável pela qualidade da investigação - e, por isso, não a garante - então para que é que serve?

é de uma estultícia que até dói

O PGR garante a qualidade da investigação, sendo responsável pela sua qualidade

E que critérios se usam para aferir essa "qualidade"

DE

Terá ele lido um juiz que teve contacto com o processo e se afastou para escrever "sobre assuntos de justiça", e que disse que a análise dos elementos desses autos

implicava essencialmente uma questão de convicção

Não sabe

não sabe

não se coibem de continuar a perorar sobre o que não sabem

E exigirem a apresentação de bodes expiatórios

neste

caso o PGR

Se o PGR sair, virá outro

Os problemas não só se manterão como se agravarão

se o novo PGR for mandão, será preciso ver no que manda e certamente a lei é o limite

O discurso público de um PGR não tem de ser um discurso político, no sentido de jogar com os dados da conjuntura

A isenção e a autonomia do PGR são uma exigência democrática e o processo Casa Pia e os demais rebentos não vão parar por causa da mudança do PGR

Nenhum PGR conseguirá limitar os estragos que o processo causou e justamente, na sociedade portuguesa

A caixa de Pandora foi aberta e só tem medo do seu conteúdo quem justamente deva ter medo

Terão o que mereceram durante anos

Pode não ser a prisão que já não virá a tempo

terão o opróbrio públido e isso é castigo suficiente

costume

É nesta confusão em que apostam e é nesta mistura que acreditam

Vamos a ver se vencerão ou se a Verdade os vencerá

Mesmo que a PGR e o PGR tenham responsabilidades neste estado deletério a que chegamos

nisso

não é pelo que aconteceu recentemente ou no âmbito do processo Casa Pia que se deve atirar ao índio

Tal morte em directo, nada resolveria

FNI

não é com a destituição do PGR e a saída desta ou daquela da PGR que os jornais verão as fontes secarem

As fontes continuarão a alimentar rios de intriga e calúnia e também de verdades que não se podem escrever

Os primeiros a saber disso são os próprios jornalistas que neste processo andam à nora

A matéria é demasiado explosiva para que se contenham com as exigências do segredo de justiça

se um jornalista falar com testemunhas a propósito do assunto candente e esta lhe contar o que sabe da sua experiência, não está a violar qualquer segredo investigatório

há pessoas que sabem o que está nos autos do processo sem terem tido jamais acesso ao mesmo e sem terem cometido qualquer ilegalidade

Essa circunstância aterra os atemorizados

por isso lançam-se em desespero de causa para os jornais, acolitados pela igorância e má fé de alguns outros

Se a isto se mistura a política partidária e a luta pelo poder , ver-se-á que já passamos o Rubicão e estamos em terra de ninguém

O PR afirma já que o momento é muito grave

ouvimos

TV

esfíngico

Almeida Santos

insuspeitas

praça

diapasão

Será mesmo grave

E que gravidade será essa, sempre anunciada mas nunca bem explicada

É a pergunta que deixo

?! Que adianta isso?!E a seguir...?! Epara dizer...o quê, afinal?! Este tipo de artigos e opiniões intoxia a opinião pública.. Perguntem em vossas casas e nos cafés que frequentam e dir-vos-ão.. Segundo ele. Saberá ele o que é que significamando?!mais paciente.Escrever isto......?!!?! Saberá o escriba doque os crimes sexuais, na sua generalidade não deixam testemunhos à vista e o sumo da prova é efectivamente o depoimento dos ofendidos?!, no sentido do julgamento,. Definitivamente,. Mas. Das duas uma,, por muito que isso venha a causar surpresa aos que agora exigem a sua demissão.. E desses não tenho pena alguma., julgando-se impunes.. Mas. Espero que na leva, os inocentes se poupem. E os culpados não tentem fazer-se passar por eles, como de, eaté sou capaz de concordar,. Como bem diz a. Sempre assim foi., desde o primeiro minuto.. Além disso,. Há jornalistas que o fizeram e. Enauma repetir o discurso e figurasdaafinam pelo mesmo

Publicado por josé

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Este postal de Carlos Abreu Amorim no Blasfémias é uma ignomínia e um insulto aos magistrados do MP.

Mesmo sendo o exercício de um legítimo direito de opinião, vertido em blog, não deixa por isso de ser o que é e já foi dito, no exercício também, do meu direito de opinião.

É-o porque resulta de uma asserção gratuitamente exposta ao consumo do leitor distraído. As únicas razões que a sustém, são pifias demais para aguentar um argumento básico - não se comprovou nenhuma vez, nem sequer se indiciou que a PGR ou algum dos magistrados que trabalharam no processo Casa Pia, tenham violado o segredo de justiça.

Muitos o afirmam despudoradamente; muitos o insinuam desavergonhadamente; muitos o desejam ardentemente. Contudo, não há uma única prova inequívoca; um indício seguro e muito menos a “smoking gun” que alguns gostariam de mostrar para se comprazerem no único fito que almejam - a destituição e a descredibilização da instituição. Porque o farão?

Ora! Temo bem que seja - porque sim! Porque é preciso arranjar o bode que expie as culpas da anomia geral e que se traduziu durante anos e anos no deixa andar. A justiça anda mal, mas a responsabilidade pelo anquilosamento dos membros reside algures num conjunto de centros de decisão - no poder legislativo em geral e em particular nos que sempre fizeram as leis em Portugal; são sempre o mesmo grupo de sábios porque infelizmente não temos outro. Basta ver a pobreza que é não poder ler na imprensa senão a meia dúzia, se tanto, de especialistas em Direito que se dão ao trabalho de falar no assunto.

Quando se entrevistam os mestres e verdadeiros pais das leis, é dia do rei fazer anos e muitas vezes de dizer que ele vai nu!

Por haver muita ignorância à solta, nos jornais e imprensa em geral, sobre as atribuições institucionais, o estatuto profissional dos membros do poder judicial e dos que com ele colaboram, é que aparecem os dislates e a desinformação.

Atente-se por exemplo neste caso incrível que é o editorial do Diário Econónimo de hoje...

O articulista Luís Miguel Viana, afirma o seguinte...

As alegações dos procuradores no Tribunal da Relação levaram o ex-bastonário da Ordem dos Advogados, Pires de Lima, a dizer que “o MP actua na convicção de que tem os mesmos poderes que eram utilizados pela PIDE e pela Gestapo, designadamente quando revela uma total desconsideração pelos direitos dos arguidos.

Saberá ele que o ex-bastonário pediu desculpas públicas aos magistrados do MP por essa afirmação

Se um procurador-geral não serve, nem para responder por isto, nem para corrigir isto, então para que é que serve?A sua palavra não serve sequer para orientar os subordinados: o agora eurodeputado António Costa telefonou a Souto Moura na manhã da detenção de Paulo Pedroso (Maio de 2003), tendo o PGR dito depois que não sentira essa chamada como uma pressão; no entanto, o procurador responsável pelo processo Casa Pia, João Guerra, argumentou com a “intolerável pressão” desse telefonema para justificar a prisão preventiva.

Que adiantará responder-lhe que não foi essa a única passagem da motivação que serviu para sustentar a "intolerável pressão"

que adiantará dizer-lhe que mesmo que o PGR o não tenha sentido como pressão

objectivamente

não deixa de o ser

Admite-se que um colega de partido de um indivíduo que está em vias de ser detido

(como centenas de pessoas em todo o país o são diariamente...)

telefone ao PGR

?

Cumprimentá-lo e desejar-lhe bom dia

É certo que o povo ignaro e que não lê jornais e só vê TV, já percebeu a essência disto tudo

De resto o articulista acusa o PGR de inacção

o Cunha Rodrigues "mandava", este não

esse

Saberá ele que mandar no MP e em cada magistrado em concreto não é assim como mandar o jornalista estagiário fazer o copy & paste dos jornais do dia

Esta arrogância que se traduz em escrever aleivosias em letra de imprensa

sem fundamento

só com base em opinião que não se sabe em que se baseia

cansa

leitor

(...)viu-se mal o processo ficou acessível que, para além dos depoimentos das vítimas, não havia qualquer investigação digna desse nome - pelo contrário, até a ausência no estrangeiro de um arguido na data do crime de que era acusado passou no ‘crivo’. Ora, se um procurador-geral não é responsável pela qualidade da investigação - e, por isso, não a garante - então para que é que serve?

é de uma estultícia que até dói

O PGR garante a qualidade da investigação, sendo responsável pela sua qualidade

E que critérios se usam para aferir essa "qualidade"

DE

Terá ele lido um juiz que teve contacto com o processo e se afastou para escrever "sobre assuntos de justiça", e que disse que a análise dos elementos desses autos

implicava essencialmente uma questão de convicção

Não sabe

não sabe

não se coibem de continuar a perorar sobre o que não sabem

E exigirem a apresentação de bodes expiatórios

neste

caso o PGR

Se o PGR sair, virá outro

Os problemas não só se manterão como se agravarão

se o novo PGR for mandão, será preciso ver no que manda e certamente a lei é o limite

O discurso público de um PGR não tem de ser um discurso político, no sentido de jogar com os dados da conjuntura

A isenção e a autonomia do PGR são uma exigência democrática e o processo Casa Pia e os demais rebentos não vão parar por causa da mudança do PGR

Nenhum PGR conseguirá limitar os estragos que o processo causou e justamente, na sociedade portuguesa

A caixa de Pandora foi aberta e só tem medo do seu conteúdo quem justamente deva ter medo

Terão o que mereceram durante anos

Pode não ser a prisão que já não virá a tempo

terão o opróbrio públido e isso é castigo suficiente

costume

É nesta confusão em que apostam e é nesta mistura que acreditam

Vamos a ver se vencerão ou se a Verdade os vencerá

Mesmo que a PGR e o PGR tenham responsabilidades neste estado deletério a que chegamos

nisso

não é pelo que aconteceu recentemente ou no âmbito do processo Casa Pia que se deve atirar ao índio

Tal morte em directo, nada resolveria

FNI

não é com a destituição do PGR e a saída desta ou daquela da PGR que os jornais verão as fontes secarem

As fontes continuarão a alimentar rios de intriga e calúnia e também de verdades que não se podem escrever

Os primeiros a saber disso são os próprios jornalistas que neste processo andam à nora

A matéria é demasiado explosiva para que se contenham com as exigências do segredo de justiça

se um jornalista falar com testemunhas a propósito do assunto candente e esta lhe contar o que sabe da sua experiência, não está a violar qualquer segredo investigatório

há pessoas que sabem o que está nos autos do processo sem terem tido jamais acesso ao mesmo e sem terem cometido qualquer ilegalidade

Essa circunstância aterra os atemorizados

por isso lançam-se em desespero de causa para os jornais, acolitados pela igorância e má fé de alguns outros

Se a isto se mistura a política partidária e a luta pelo poder , ver-se-á que já passamos o Rubicão e estamos em terra de ninguém

O PR afirma já que o momento é muito grave

ouvimos

TV

esfíngico

Almeida Santos

insuspeitas

praça

diapasão

Será mesmo grave

E que gravidade será essa, sempre anunciada mas nunca bem explicada

É a pergunta que deixo

?! Que adianta isso?!E a seguir...?! Epara dizer...o quê, afinal?! Este tipo de artigos e opiniões intoxia a opinião pública.. Perguntem em vossas casas e nos cafés que frequentam e dir-vos-ão.. Segundo ele. Saberá ele o que é que significamando?!mais paciente.Escrever isto......?!!?! Saberá o escriba doque os crimes sexuais, na sua generalidade não deixam testemunhos à vista e o sumo da prova é efectivamente o depoimento dos ofendidos?!, no sentido do julgamento,. Definitivamente,. Mas. Das duas uma,, por muito que isso venha a causar surpresa aos que agora exigem a sua demissão.. E desses não tenho pena alguma., julgando-se impunes.. Mas. Espero que na leva, os inocentes se poupem. E os culpados não tentem fazer-se passar por eles, como de, eaté sou capaz de concordar,. Como bem diz a. Sempre assim foi., desde o primeiro minuto.. Além disso,. Há jornalistas que o fizeram e. Enauma repetir o discurso e figurasdaafinam pelo mesmo

Publicado por josé

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