portugal contemporâneo: um homem de saias

30-06-2011
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O problema actual de Portugal não é um problema com as mulheres, nem com os valores femininos. É um problema com os homens que posssuindo, por virtude da sua cultura, valores que são predominantemente femininos, se comportam generalizadamente como mulheres.A democracia saída do 25 de Abril e o povo puseram fora da cena pública a elite governativa, que era uma elite exclusivamente de homens, substituindo-a por homens e mulheres do povo, os quais possuem valores essencialmente femininos. Portugal passou a ser uma sociedade de mulheres, embora metade da população vista de calças.A ideologia do género, importada nos últimos anos dos países protestantes (as ideologias são sempre criações dos países protestantes) ajudou a esta transformação. A ideologia do género afirma que não existem diferenças essenciais entre os sexos, entre homens e mulheres (e por isso, ela fala de géneros, e não de sexos). As diferenças são matéria de opção pessoal ou de convenções sociais. Numa sociedade de valores predominantemente femininos como é Portugal, esta ideologia unisexo pendeu para o lado dominante - o lado feminino -, e os homens tornaram-se cada vez mais iguais às mulheres. Nas sociedades protestantes de valores predominantemente masculinos, a homogeneização fez-se também pelo lado preponderante, e aí foram as mulheres a tornarem-se cada vez mais iguais aos homens.Portugal, que à imagem da Igreja Católica é uma figura feminina, faz hoje a figura da mulher retratada aqui por um observador americano. As circunstâncias desta mulher não são quaisquer. É uma mulher arruinada e sem homem, e uma mulher à procura de homem que a governe, porque ela não se consegue governar a si própria. A mesma figura faria a Igreja Católica se algum dia lhe retirassem a sua elite - os cardeais, presididos pelo Papa: sectarizava-se, todos contra todos (franciscanos, jesuítas, dominicanos, etc.), desorientava-se, consumia em poucos anos os tesouros do Vaticano, e arruinava-se. Até encontrar de novo um Papa e os cardeais, as figuras masculinas e de elite na Igreja.Aquele deputado e aquele jornalista que recentemente andaram a lavar a roupa suja lá fora acerca do que se passa no país, não tiveram senão um comportamento feminino, que é o de lavar a roupa suja em público, porque lavar a roupa é tradicionalmente uma tarefa feminina. Seria absolutamente impensável um deputado alemão ou um ex-director do Der Spiegel terem comportamentos idênticos.Diferente não foi o comportamento do líder da oposição que, um dia depois de deitar o governo abaixo, foi a correr dar explicações a Angela Merkel - e sabe-se lá fazer quantas queixas -, imitando, de resto, o primero-ministro que tinha feito o mesmo uma semana antes. A multiplicação de comportamentos desta natureza é de esperar nos próximos tempos, figuras públicas do país a fazerem queixas umas das outras em tudo o que é centro de decisão na Europa.Procurar cobertura para as suas posições perante uma figura de autoridade - que é um valor distintamente masculino - é um comportamento caracteristicamente feminino. Que essa figura seja a da Senhora Merkel pouco importa porque, provindo de uma cultura predominantemente masculina, ela é um verdadeiro homem de saias, ao contrário dos políticos portugueses que se comportaram como verdadeiras mulheres de calças.Tal como a mulher portuguesa arruinada e sem homem que andava à procura de um homem que a governasse, assim está Portugal, a mulher católica, à procura de um homem que a governe. Decidiu agora procurar no estrangeiro, na pátria do protestantismo - a Alemanha. Duvido que o amor pegue. Da última vez que esteve nas mesmas circunstâncias, desorientada e arruinada, procurou homem em Portugal, e encontrou-o. O amor pegou e foram felizes e prósperos durante muitos e longos anos. Chamava-se António de Oliveira Salazar.

O problema actual de Portugal não é um problema com as mulheres, nem com os valores femininos. É um problema com os homens que posssuindo, por virtude da sua cultura, valores que são predominantemente femininos, se comportam generalizadamente como mulheres.A democracia saída do 25 de Abril e o povo puseram fora da cena pública a elite governativa, que era uma elite exclusivamente de homens, substituindo-a por homens e mulheres do povo, os quais possuem valores essencialmente femininos. Portugal passou a ser uma sociedade de mulheres, embora metade da população vista de calças.A ideologia do género, importada nos últimos anos dos países protestantes (as ideologias são sempre criações dos países protestantes) ajudou a esta transformação. A ideologia do género afirma que não existem diferenças essenciais entre os sexos, entre homens e mulheres (e por isso, ela fala de géneros, e não de sexos). As diferenças são matéria de opção pessoal ou de convenções sociais. Numa sociedade de valores predominantemente femininos como é Portugal, esta ideologia unisexo pendeu para o lado dominante - o lado feminino -, e os homens tornaram-se cada vez mais iguais às mulheres. Nas sociedades protestantes de valores predominantemente masculinos, a homogeneização fez-se também pelo lado preponderante, e aí foram as mulheres a tornarem-se cada vez mais iguais aos homens.Portugal, que à imagem da Igreja Católica é uma figura feminina, faz hoje a figura da mulher retratada aqui por um observador americano. As circunstâncias desta mulher não são quaisquer. É uma mulher arruinada e sem homem, e uma mulher à procura de homem que a governe, porque ela não se consegue governar a si própria. A mesma figura faria a Igreja Católica se algum dia lhe retirassem a sua elite - os cardeais, presididos pelo Papa: sectarizava-se, todos contra todos (franciscanos, jesuítas, dominicanos, etc.), desorientava-se, consumia em poucos anos os tesouros do Vaticano, e arruinava-se. Até encontrar de novo um Papa e os cardeais, as figuras masculinas e de elite na Igreja.Aquele deputado e aquele jornalista que recentemente andaram a lavar a roupa suja lá fora acerca do que se passa no país, não tiveram senão um comportamento feminino, que é o de lavar a roupa suja em público, porque lavar a roupa é tradicionalmente uma tarefa feminina. Seria absolutamente impensável um deputado alemão ou um ex-director do Der Spiegel terem comportamentos idênticos.Diferente não foi o comportamento do líder da oposição que, um dia depois de deitar o governo abaixo, foi a correr dar explicações a Angela Merkel - e sabe-se lá fazer quantas queixas -, imitando, de resto, o primero-ministro que tinha feito o mesmo uma semana antes. A multiplicação de comportamentos desta natureza é de esperar nos próximos tempos, figuras públicas do país a fazerem queixas umas das outras em tudo o que é centro de decisão na Europa.Procurar cobertura para as suas posições perante uma figura de autoridade - que é um valor distintamente masculino - é um comportamento caracteristicamente feminino. Que essa figura seja a da Senhora Merkel pouco importa porque, provindo de uma cultura predominantemente masculina, ela é um verdadeiro homem de saias, ao contrário dos políticos portugueses que se comportaram como verdadeiras mulheres de calças.Tal como a mulher portuguesa arruinada e sem homem que andava à procura de um homem que a governasse, assim está Portugal, a mulher católica, à procura de um homem que a governe. Decidiu agora procurar no estrangeiro, na pátria do protestantismo - a Alemanha. Duvido que o amor pegue. Da última vez que esteve nas mesmas circunstâncias, desorientada e arruinada, procurou homem em Portugal, e encontrou-o. O amor pegou e foram felizes e prósperos durante muitos e longos anos. Chamava-se António de Oliveira Salazar.

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