O International Herald Tribune tem este artigo, cuja leitura recomendo.
O autor, Richard North, era um deputado europeu e co-autor de um livro intitulado, "The Castle of Lies: Why Britain Must Get Out of Europe."
(não, não há na Feira do Livro, este tipo de livros nunca aparece em Portugal).
Ora bem, no artigo do IHT, o autor profetiza o fim, provavelmente próximo, da União Europeia.
Absurdo? Acho que não. Muita gente vê com agrado ou temor que a União Europeia não está para durar, desde o Jacques Delors que dá 50% de probabilidades de sobrevivência à UE, até ao Milton Friedman, Prémio Nobel da Economia que dá só alguns anos de vida ao Euro, há muita gente a entrever nuvens negras no horizonte da UE.
Neste artigo, o autor, vê três causas imediatas para o colapso da UE:
a) A instituição do Euro, uma moeda sem nenhum governo que a suporte e defenda;
b) A Constituição que, mesmo que seja ratificada pelos 25 estados, vai encerrar conflitos e ideologias que de nenhuma forma resolve, nem ultrapassa, antes pelo contrário;
c) O alargamento que, ao meter dentro da União países e economias tão diversos, criará tensões que acabarão por cindir a UE na "velha Europa" e na "nova Europa" como dizia o Rumsfeld.
Tudo isto me parece muito lógico e, o tal artigo, refere coisas de que nunca se fala por cá, como por exemplo o facto de os novos membros serem tratados como países de segunda, sem sequer terem direito aos mesmos subsídios da PAC que os antigos estados membros.
Portanto, podemos concluir que, a probabilidade de a UE (e o Euro) se desfazerem num prazo mais ou menos curto é possível e tem mesmo uma probabilidade relativamente elevada.
E, por cá? Que é que se está a fazer? Discutem-se estes assuntos? Se a UE se cindir de que lado é que ficamos?
Não, por cá, fala-se da ida do Durão a Gersenkirchen ver o Porto-Mónaco, da pedofilía, do apito dourado, do túnel do marquês, da Lili Caneças e sei lá que mais. Do que realmente interessa, do que irá ser importante para o nosso futuro e para o futuro dos nossos descendentes, nada!
Assim não vamos longe
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O International Herald Tribune tem este artigo, cuja leitura recomendo.
O autor, Richard North, era um deputado europeu e co-autor de um livro intitulado, "The Castle of Lies: Why Britain Must Get Out of Europe."
(não, não há na Feira do Livro, este tipo de livros nunca aparece em Portugal).
Ora bem, no artigo do IHT, o autor profetiza o fim, provavelmente próximo, da União Europeia.
Absurdo? Acho que não. Muita gente vê com agrado ou temor que a União Europeia não está para durar, desde o Jacques Delors que dá 50% de probabilidades de sobrevivência à UE, até ao Milton Friedman, Prémio Nobel da Economia que dá só alguns anos de vida ao Euro, há muita gente a entrever nuvens negras no horizonte da UE.
Neste artigo, o autor, vê três causas imediatas para o colapso da UE:
a) A instituição do Euro, uma moeda sem nenhum governo que a suporte e defenda;
b) A Constituição que, mesmo que seja ratificada pelos 25 estados, vai encerrar conflitos e ideologias que de nenhuma forma resolve, nem ultrapassa, antes pelo contrário;
c) O alargamento que, ao meter dentro da União países e economias tão diversos, criará tensões que acabarão por cindir a UE na "velha Europa" e na "nova Europa" como dizia o Rumsfeld.
Tudo isto me parece muito lógico e, o tal artigo, refere coisas de que nunca se fala por cá, como por exemplo o facto de os novos membros serem tratados como países de segunda, sem sequer terem direito aos mesmos subsídios da PAC que os antigos estados membros.
Portanto, podemos concluir que, a probabilidade de a UE (e o Euro) se desfazerem num prazo mais ou menos curto é possível e tem mesmo uma probabilidade relativamente elevada.
E, por cá? Que é que se está a fazer? Discutem-se estes assuntos? Se a UE se cindir de que lado é que ficamos?
Não, por cá, fala-se da ida do Durão a Gersenkirchen ver o Porto-Mónaco, da pedofilía, do apito dourado, do túnel do marquês, da Lili Caneças e sei lá que mais. Do que realmente interessa, do que irá ser importante para o nosso futuro e para o futuro dos nossos descendentes, nada!
Assim não vamos longe