Albergue Espanhol

15-12-2013
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Cátia Domingues

Cátia Domingues 01.04.11

Toda a gente sabe que o Estado é o pior pagador e empregador que existe, sendo um exemplo repugnante para tudo o que existe à sua volta.

O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, manteve cerca de 70 trabalhadores a prestar serviço no MUDE em regime de falsos recibos verdes, “contratados” pela Aumento D’Ideiais para esconder esta ilegalidade. Estes serviços eram prestados a recibos verdes, sendo contratados por uma associação sem fins lucrativos, que por sua vez é contratada pela C.M.L

Esta equipa de pessoas era encarregue do funcionamento do museu, recepção, serviço de bengaleiro, vigilância das exposições, receptividade ao diálogo com os visitantes, que todos os dias se dedicou a este projecto a fim de assegurar a qualidade.

Desde a abertura do referido museu, ou seja desde Maio de 2009, que os pagamentos eram feitos de forma intermitente, com intervalos entre os 3 e 4 meses. Apesar destas irregularidades, e sem qualquer solução à vista, a entidade coordenadora continuou a ‘contratar' novos assistentes. Mesmo durante estes períodos em falta, esta equipa de PESSOAS continuou a desempenhar as suas funções regulares bem como eventos especiais (visitas de primeiras damas, visita do estilista Tommy Hilfiger, Moda Lisboa, etc). Constantes 'contratações' para lugares que provavelmente ficavam vagos com os usuais despedimentos sem justa causa facilitados pelo vínculo laboral de falso recibo verde, a partir do momento em que os trabalhadores se indignavam e tentavam exigir os seus direitos.

Sim. Isto foi denunciado. Nunca nada foi feito.

Depois da intervenção deste grupo de pessoas em relação a esta situação de abusos, que se verificava no MUDE, estas PESSOAS receberam ONTEM (31.03.2011) este e-mail, que cessa a ligação com a Associação Aumento D’Ideias a partir do dia de ONTEM, que pedia que o lessem.

A Associação dispensou o serviço dos assistentes de exposição sem qualquer tipo de aviso prévio, no próprio dia, sem avançar qualquer justificação aceitável.

Fica assim consolidado o tipo de actuação que as entidades gestoras do museu têm para com os seus colaboradores. Despedimentos Colectivos imediatos por EMAIL!

Está convocada para esta sexta-feira, dia 1 de Abril, às 18h30, uma concentração às portas do museu, com o fim de expressarmos a nossa indignação contra a injustiça, desrespeito e desconsideração com que têm sido tratados pelas entidades directoras e coordenadoras desta instituição, nomeadamente o despedimento colectivo que hoje ocorreu sem aviso prévio.

Para quem diz “ Eina, agora é só pessoas a queixarem-se dos recibos, e contratos e das injustiças da vida. É só precariedade, precariedade!” A resposta é simples: as pessoas não se sentem mais sozinhas…o medo, ainda entranhado, começa pouco a pouco a dissipar-se e a força do protesto começa a sair à rua. Afinal a precariedade existe, só estava era na sombra do medo. Por isto acredito na força e na mudança que um protesto pode encerrar.

Porque acredito que debaixo das pedras da calçada ainda existe praia!

Mais informações aqui.

Cátia Domingues

Cátia Domingues 01.04.11

Toda a gente sabe que o Estado é o pior pagador e empregador que existe, sendo um exemplo repugnante para tudo o que existe à sua volta.

O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, manteve cerca de 70 trabalhadores a prestar serviço no MUDE em regime de falsos recibos verdes, “contratados” pela Aumento D’Ideiais para esconder esta ilegalidade. Estes serviços eram prestados a recibos verdes, sendo contratados por uma associação sem fins lucrativos, que por sua vez é contratada pela C.M.L

Esta equipa de pessoas era encarregue do funcionamento do museu, recepção, serviço de bengaleiro, vigilância das exposições, receptividade ao diálogo com os visitantes, que todos os dias se dedicou a este projecto a fim de assegurar a qualidade.

Desde a abertura do referido museu, ou seja desde Maio de 2009, que os pagamentos eram feitos de forma intermitente, com intervalos entre os 3 e 4 meses. Apesar destas irregularidades, e sem qualquer solução à vista, a entidade coordenadora continuou a ‘contratar' novos assistentes. Mesmo durante estes períodos em falta, esta equipa de PESSOAS continuou a desempenhar as suas funções regulares bem como eventos especiais (visitas de primeiras damas, visita do estilista Tommy Hilfiger, Moda Lisboa, etc). Constantes 'contratações' para lugares que provavelmente ficavam vagos com os usuais despedimentos sem justa causa facilitados pelo vínculo laboral de falso recibo verde, a partir do momento em que os trabalhadores se indignavam e tentavam exigir os seus direitos.

Sim. Isto foi denunciado. Nunca nada foi feito.

Depois da intervenção deste grupo de pessoas em relação a esta situação de abusos, que se verificava no MUDE, estas PESSOAS receberam ONTEM (31.03.2011) este e-mail, que cessa a ligação com a Associação Aumento D’Ideias a partir do dia de ONTEM, que pedia que o lessem.

A Associação dispensou o serviço dos assistentes de exposição sem qualquer tipo de aviso prévio, no próprio dia, sem avançar qualquer justificação aceitável.

Fica assim consolidado o tipo de actuação que as entidades gestoras do museu têm para com os seus colaboradores. Despedimentos Colectivos imediatos por EMAIL!

Está convocada para esta sexta-feira, dia 1 de Abril, às 18h30, uma concentração às portas do museu, com o fim de expressarmos a nossa indignação contra a injustiça, desrespeito e desconsideração com que têm sido tratados pelas entidades directoras e coordenadoras desta instituição, nomeadamente o despedimento colectivo que hoje ocorreu sem aviso prévio.

Para quem diz “ Eina, agora é só pessoas a queixarem-se dos recibos, e contratos e das injustiças da vida. É só precariedade, precariedade!” A resposta é simples: as pessoas não se sentem mais sozinhas…o medo, ainda entranhado, começa pouco a pouco a dissipar-se e a força do protesto começa a sair à rua. Afinal a precariedade existe, só estava era na sombra do medo. Por isto acredito na força e na mudança que um protesto pode encerrar.

Porque acredito que debaixo das pedras da calçada ainda existe praia!

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