a pomba livre: os incessantes pedidos de certos intelectuais para que sócrates , o líder eleito por maioria do partido socialista se demita da vida política é o maior sinal da usual falta de tino de c

21-01-2012
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vou apontar aqui dois nomes que em tempos me infundiram o maior respeito.
a antónio barreto que em tempos foi um homem sensível e inteligente e o josé carlos de vasconcelos que em tempo fez parte da tertúlia do monte carlo e que eu estimava.

desse tempo até ao tempo que hoje corre, vai um tempo que transparece um século. 
nesse tempo o respeito pela liberdade vinha do facto de não termos liberdade nenhuma. nesse tempo em que não tinhamos liberdade nenhuma, estes dois teciam loas à liberdade. 

nesse tempo em que os homossexuais eram perseguidos pelas polícias e pelos loucos chauvinistas e racistas, nesse tempo em que a vida pela era apanágio apenas dos mais ricos, nesse tempo em que tudo era proibido até dar um beijo na rua, nesse tempo em que olhos vigiavam olhares , nesse tempo em que ler podia representar prisão, em que cantar podia representar perigo de vida , em que protestar era um surrurro, nenhum destes homens ousaria dizer o que hoje diz.hoje em dia a liberdade incomoda-os. 
ou talvez os incomode apenas a liberdade de sócrates.

estes dois nomes que aqui trago com pena são hoje o exemplo do que a idade pode fazer à moral e à sensibilidade por desgraça não apuramos uma e outra com a nossa experiência e a nossa sensibilidade, se caírmos na armadilha dos interesses e dos medos de que os nossos interesses caiam por terra caso não façamos favores aos que julgamos poder favorecer-nos.

hoje , distantes que estamos dessa era em que os fascistas governavam estes dois intelectuais falam como se tivessem saudades desse tempo. a tragédia do envelhecimento que nos afunda a pouco e pouco na ilusão de que os melhores tempos foram os da nossa juventude retira-nos sempre a lucidez , se por desgraça nos nos deixarmos cair nessa ilusão apenas porque tememos a morte. mas acontece a muitos e ao que parece acontece cada vez mais à medida que as direitas nos afundam numa crise económica e financeira a par com uma crise de alma e de valores.

hoje em dia ler e ouvir estes dois nomes, causa pena.
 compreender que basta uma estratégia onde a calúnia e a difamação de uns , se junta ao boicote e ao desprezo pelo bem de todos de grupos económicos e financeiros, onde à mais baixa onda de má língua se juntam todos aqueles que desejosos de tudo são capazes das maiores traições, para logo se ouvirem este tipo de coros atacando a própria essência da democracia que é o direito de ouvir o povo, causa a mais inusitada pena e surpresa. 

por vir de quem vem.
 por ser dito e escrito como é; sem pudor, sem vergonha , sem respeitos em ter pelo povo e pela democracia , o tal respeito que outrora infundiram.

estes são os tempos da vergonha.
 e são os tempos em que minando a democracia e a república , estas direitas de aversão e ódio demonstraram como são cada vez mais capazes de minar certas almas.

vou apontar aqui dois nomes que em tempos me infundiram o maior respeito.
a antónio barreto que em tempos foi um homem sensível e inteligente e o josé carlos de vasconcelos que em tempo fez parte da tertúlia do monte carlo e que eu estimava.

desse tempo até ao tempo que hoje corre, vai um tempo que transparece um século. 
nesse tempo o respeito pela liberdade vinha do facto de não termos liberdade nenhuma. nesse tempo em que não tinhamos liberdade nenhuma, estes dois teciam loas à liberdade. 

nesse tempo em que os homossexuais eram perseguidos pelas polícias e pelos loucos chauvinistas e racistas, nesse tempo em que a vida pela era apanágio apenas dos mais ricos, nesse tempo em que tudo era proibido até dar um beijo na rua, nesse tempo em que olhos vigiavam olhares , nesse tempo em que ler podia representar prisão, em que cantar podia representar perigo de vida , em que protestar era um surrurro, nenhum destes homens ousaria dizer o que hoje diz.hoje em dia a liberdade incomoda-os. 
ou talvez os incomode apenas a liberdade de sócrates.

estes dois nomes que aqui trago com pena são hoje o exemplo do que a idade pode fazer à moral e à sensibilidade por desgraça não apuramos uma e outra com a nossa experiência e a nossa sensibilidade, se caírmos na armadilha dos interesses e dos medos de que os nossos interesses caiam por terra caso não façamos favores aos que julgamos poder favorecer-nos.

hoje , distantes que estamos dessa era em que os fascistas governavam estes dois intelectuais falam como se tivessem saudades desse tempo. a tragédia do envelhecimento que nos afunda a pouco e pouco na ilusão de que os melhores tempos foram os da nossa juventude retira-nos sempre a lucidez , se por desgraça nos nos deixarmos cair nessa ilusão apenas porque tememos a morte. mas acontece a muitos e ao que parece acontece cada vez mais à medida que as direitas nos afundam numa crise económica e financeira a par com uma crise de alma e de valores.

hoje em dia ler e ouvir estes dois nomes, causa pena.
 compreender que basta uma estratégia onde a calúnia e a difamação de uns , se junta ao boicote e ao desprezo pelo bem de todos de grupos económicos e financeiros, onde à mais baixa onda de má língua se juntam todos aqueles que desejosos de tudo são capazes das maiores traições, para logo se ouvirem este tipo de coros atacando a própria essência da democracia que é o direito de ouvir o povo, causa a mais inusitada pena e surpresa. 

por vir de quem vem.
 por ser dito e escrito como é; sem pudor, sem vergonha , sem respeitos em ter pelo povo e pela democracia , o tal respeito que outrora infundiram.

estes são os tempos da vergonha.
 e são os tempos em que minando a democracia e a república , estas direitas de aversão e ódio demonstraram como são cada vez mais capazes de minar certas almas.

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