Coisas Espantosas: Voyeurismo XXXI

30-06-2011
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28 Setembro 2008HeresiasContra a corrente“O Estado comporta-se como um bombeiro que vem a nossa casa apagar um incêndio mas que resolve ficar lá a morar”.Há muito que não se via uma aprovação tão generalizada a uma maior intervenção estatal na economia. Esta vaga deve-se à crise norte-americana e é ampliada pelo ribombar mediático das previsões subitamente escatológicas feitas pelos mesmos ‘peritos’ que ainda há três meses garantiam a saúde dos mercados.Neste momento arrepiantemente unanimista, relembremos a lógica de qualquer intervenção do Estado: (i) nunca se cinge aos motivos alegados – abarca espaços novos, afastados dos pretextos iniciais; (ii) é desproporcionada – tende a assumir o estilo de ‘matar uma mosca com um canhão’; (iii) nunca é transitória – o Estado mantém a intervenção mesmo quando as razões que a motivaram se eclipsaram; (iv) a intervenção obriga a mais intervenção porque é da sua natureza alimentar-se de si mesma; (v) os seus efeitos transbordam para todos os detalhes da nossa existência – quanto mais Estado menor é a liberdade geral das pessoas.O Estado comporta-se como um bombeiro que vem a nossa casa apagar um incêndio incipiente mas que resolve ficar lá a morar, a mandar em tudo e em todos e a quem passamos a pagar renda. A actual histeria abafa a memória dos erros anteriores.25 Setembro 2008Bilhete postalPopulismo electrónicoO ‘Magalhães’ foi anunciado, largamente, como um projecto novo e português. Ora, não é uma coisa nem outra. Como já disse, trata-se da segunda versão do Classmate PC, vendido desde 2006, sobretudo em países do terceiro mundo.Mesmo em política, apregoar como novo um produto que já está no mercado há anos e como nacional um bem que por cá apenas recebeu o logótipo, o revestimento e o baptismo, tresanda a publicidade enganosa.Mais ainda: quando um político se lança em pré-campanha eleitoral a oferecer bens aos eleitores, normalmente diz-se que essa conduta revela um populismo descarado. Foi o que se chamou a Valentim Loureiro quando andou em Gondomar a dar electrodomésticos. Agora, com Sócrates a presentear computadores às crianças, o que será?Carlos Abreu Amorim, Correio da ManhãEtiquetas: voyeurismo

28 Setembro 2008HeresiasContra a corrente“O Estado comporta-se como um bombeiro que vem a nossa casa apagar um incêndio mas que resolve ficar lá a morar”.Há muito que não se via uma aprovação tão generalizada a uma maior intervenção estatal na economia. Esta vaga deve-se à crise norte-americana e é ampliada pelo ribombar mediático das previsões subitamente escatológicas feitas pelos mesmos ‘peritos’ que ainda há três meses garantiam a saúde dos mercados.Neste momento arrepiantemente unanimista, relembremos a lógica de qualquer intervenção do Estado: (i) nunca se cinge aos motivos alegados – abarca espaços novos, afastados dos pretextos iniciais; (ii) é desproporcionada – tende a assumir o estilo de ‘matar uma mosca com um canhão’; (iii) nunca é transitória – o Estado mantém a intervenção mesmo quando as razões que a motivaram se eclipsaram; (iv) a intervenção obriga a mais intervenção porque é da sua natureza alimentar-se de si mesma; (v) os seus efeitos transbordam para todos os detalhes da nossa existência – quanto mais Estado menor é a liberdade geral das pessoas.O Estado comporta-se como um bombeiro que vem a nossa casa apagar um incêndio incipiente mas que resolve ficar lá a morar, a mandar em tudo e em todos e a quem passamos a pagar renda. A actual histeria abafa a memória dos erros anteriores.25 Setembro 2008Bilhete postalPopulismo electrónicoO ‘Magalhães’ foi anunciado, largamente, como um projecto novo e português. Ora, não é uma coisa nem outra. Como já disse, trata-se da segunda versão do Classmate PC, vendido desde 2006, sobretudo em países do terceiro mundo.Mesmo em política, apregoar como novo um produto que já está no mercado há anos e como nacional um bem que por cá apenas recebeu o logótipo, o revestimento e o baptismo, tresanda a publicidade enganosa.Mais ainda: quando um político se lança em pré-campanha eleitoral a oferecer bens aos eleitores, normalmente diz-se que essa conduta revela um populismo descarado. Foi o que se chamou a Valentim Loureiro quando andou em Gondomar a dar electrodomésticos. Agora, com Sócrates a presentear computadores às crianças, o que será?Carlos Abreu Amorim, Correio da ManhãEtiquetas: voyeurismo

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