O MacGuffin: É que nem vale a pena desmentir

03-07-2011
marcar artigo

O Carlos Abreu Amorim (olá, Carlos, desde há pouco), para consubstanciar o drama da não-renovação, volta-se para Marcelo Rebelo de Sousa:Marcelo Rebelo de Sousa classifica as listas de candidatos a deputados do PSD como uma “inesperada desilusão“, sem a “abertura interna de Sá Carneiro, Cavaco ou Barroso“.O ex-líder do PSD criticou, ainda, a actual direcção por “Em vez de apresentarem uma lista para os eleitores de Lisboa, decidiram aproveitar para fazer política interna. Para satisfazer a tribo, para acertar contas, para pagar favores, para colocar os amigos“.Começo a pensar que estou errado. É uma coisa, de facto, estapafúrdia e inédita compor listas eleitorais para satisfazer a tribo, acertar contas, pagar favores, colocar amigos. Onde é que estava com a cabeça. Aconteceu agora e para aí uma ou duas vezes nos últimos trinta anos. Trata-se, aliás, de uma tendência nova, que colide com a nobre arte da política, conforme nos explicou Maquiavel. Maquiavel é, aliás, autor querido de Marcelo Rebelo de Sousa e, presumo, Carlos Abreu Amorim. Tudo gente séria, infalível, inabalável, sempre a pensar no common good. Marcelo, por exemplo, jamais ousaria criar listas eleitorais para fazer política interna. Em francês, jamé.

O Carlos Abreu Amorim (olá, Carlos, desde há pouco), para consubstanciar o drama da não-renovação, volta-se para Marcelo Rebelo de Sousa:Marcelo Rebelo de Sousa classifica as listas de candidatos a deputados do PSD como uma “inesperada desilusão“, sem a “abertura interna de Sá Carneiro, Cavaco ou Barroso“.O ex-líder do PSD criticou, ainda, a actual direcção por “Em vez de apresentarem uma lista para os eleitores de Lisboa, decidiram aproveitar para fazer política interna. Para satisfazer a tribo, para acertar contas, para pagar favores, para colocar os amigos“.Começo a pensar que estou errado. É uma coisa, de facto, estapafúrdia e inédita compor listas eleitorais para satisfazer a tribo, acertar contas, pagar favores, colocar amigos. Onde é que estava com a cabeça. Aconteceu agora e para aí uma ou duas vezes nos últimos trinta anos. Trata-se, aliás, de uma tendência nova, que colide com a nobre arte da política, conforme nos explicou Maquiavel. Maquiavel é, aliás, autor querido de Marcelo Rebelo de Sousa e, presumo, Carlos Abreu Amorim. Tudo gente séria, infalível, inabalável, sempre a pensar no common good. Marcelo, por exemplo, jamais ousaria criar listas eleitorais para fazer política interna. Em francês, jamé.

marcar artigo