Carlos Abreu Amorim: cinismo ou bipolaridade?

25-11-2014
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O convite do PS ao PCP e ao BE revela um cinismo político para além da redenção! E, sobretudo, pretende apoucar a capacidade de discernimento dos eleitores. No fundo, o tempo e o modo atabalhoado como a coisa foi feita, também exibe a confusão em que marinam as mentes dos lideres [sic] socialistas…

Carlos Abreu Amorim

Ficarei, mais uma vez, muito desiludido com o Bloco de Esquerda, se voltar a colar-se ao PS com a mesma falta de critério que mostrou nas Presidenciais. Juntar a isso, por exemplo, o apoio a uma figura do socratismo como Manuel Pizarro para a Câmara do Porto seria simplesmente indigno.

Entretanto, convém lembrar que, no que se refere à actual maioria absoluta, tivesse o PSD alcançado sozinho a referida maioria e o CDS não estaria no governo. Para além disso, que me lembre, durante a campanha eleitoral não houve referência a nenhuma aliança.

Num mundo ideal, todo o cinismo deveria ser castigado, pelo que Passos Coelho nunca deveria ter chegado a primeiro-ministro, depois de, cinicamente, ter prometido que não subiria impostos ou que não cortaria subsídios, ou depois de ter formalizado uma aliança que andou a esconder durante a campanha eleitoral. Pergunto-me, então, como se pode apoiar este governo sem se ser cínico?

Finalmente, vale a pena lembrar que Carlos Abreu Amorim, enquanto deputado, apoia um governo chefiado por um ministro das Finanças que falha todas as previsões; depois de se ter transformado em candidato à Câmara de Gaia, declarou estar farto dos erros do mesmo ministro. Se isto não é cinismo, poderá ser um estranho caso de bipolaridade política. Se assim for, desejo-lhe as melhoras, porque seria penoso saber que Carlos Abreu Amorim andaria a pedir a palavra no Parlamento para se criticar a si próprio, após uma intervenção em que ele mesmo teria defendido as medidas impostas por Vítor Gaspar.

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O convite do PS ao PCP e ao BE revela um cinismo político para além da redenção! E, sobretudo, pretende apoucar a capacidade de discernimento dos eleitores. No fundo, o tempo e o modo atabalhoado como a coisa foi feita, também exibe a confusão em que marinam as mentes dos lideres [sic] socialistas…

Carlos Abreu Amorim

Ficarei, mais uma vez, muito desiludido com o Bloco de Esquerda, se voltar a colar-se ao PS com a mesma falta de critério que mostrou nas Presidenciais. Juntar a isso, por exemplo, o apoio a uma figura do socratismo como Manuel Pizarro para a Câmara do Porto seria simplesmente indigno.

Entretanto, convém lembrar que, no que se refere à actual maioria absoluta, tivesse o PSD alcançado sozinho a referida maioria e o CDS não estaria no governo. Para além disso, que me lembre, durante a campanha eleitoral não houve referência a nenhuma aliança.

Num mundo ideal, todo o cinismo deveria ser castigado, pelo que Passos Coelho nunca deveria ter chegado a primeiro-ministro, depois de, cinicamente, ter prometido que não subiria impostos ou que não cortaria subsídios, ou depois de ter formalizado uma aliança que andou a esconder durante a campanha eleitoral. Pergunto-me, então, como se pode apoiar este governo sem se ser cínico?

Finalmente, vale a pena lembrar que Carlos Abreu Amorim, enquanto deputado, apoia um governo chefiado por um ministro das Finanças que falha todas as previsões; depois de se ter transformado em candidato à Câmara de Gaia, declarou estar farto dos erros do mesmo ministro. Se isto não é cinismo, poderá ser um estranho caso de bipolaridade política. Se assim for, desejo-lhe as melhoras, porque seria penoso saber que Carlos Abreu Amorim andaria a pedir a palavra no Parlamento para se criticar a si próprio, após uma intervenção em que ele mesmo teria defendido as medidas impostas por Vítor Gaspar.

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