O desejo sexual feminino não se resolve só com comprimidos

18-10-2015
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A médica Carla Rodrigues, que pertence ao Núcleo de Sexologia da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, concorda que não será este ou qualquer outro medicamento do tipo que vai ajudar a resolver a baixa autoestima, problemas de relacionamento com o parceiro ou o cansaço. O fármaco pode ajudar nos casos em que as mulheres têm realmente um problema biológico, mas primeiro é preciso perceber se a causa não é outra. “Mas é difícil perceber porque as pessoas não querem dizer tudo”, diz a ginecologista.

Para a presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, Sandra Vilarinho, este medicamento pode ser “mais um recurso, um facilitador em algumas situações, mas a dimensão biológica é apenas uma das varetas deste imenso chapéu que é a falta de desejo sexual”. Com isto quer dizer que mesmo que o medicamento potencie a libertação de determinadas hormonas que podem favorecer o desejo sexual isso, por si só, não é suficiente para resolver o problema.

Enquanto terapeuta sexual, Sandra Vilarinho lembra que “a falta de desejo é um sinal que algo não está bem” e considera que o problema se resolve com o casal num caminho que ambos têm de percorrer. É um risco pensar que a falta de desejo sexual se pode tratar apenas com um medicamento e que isso evite que as mulheres resolvam outros problemas, como problemas na relação, excesso de trabalho ou depressão. Carla Rodrigues recomenda aos casais que tentem sair das rotinas e que tentem melhorar as fantasias sexuais.

Que medicamento é este?

O medicamento flibanserina poderá vir a ser autorizado nos Estados Unidos para mulheres na fase de pré-menopausa – que inclui toda a vida sexual da mulher até ao aparecimento dos primeiros sinais da menopausa. No entanto é na fase da peri e pós-menopausa – que se iniciam com os primeiros sinais de menopausa – que ocorrem as maiores modificações a nível biológico: há alterações nas hormonas e no aparelho reprodutor feminino.

A diminuição da produção de hormonas como os estrogénios durante a menopausa, leva também a uma diminuição da produção da hormona dopamina – que atua na sensação de recompensa e prazer -, refere a ginecologista Carla Rodrigues. Além disso, a diminuição dos estrogénios tem consequências físicas – “dimimui a vascularização dos órgãos genitais, levando a uma atrofia dos órgãos e a uma menor lubrificação”, explica a médica. A boa notícia é que o tratamento hormonal de substituição pode resolver esta situação.

A terapeuta sexual Sandra Vilarinho considera que “quando uma mulher se convence que vai perder o desejo por causa da menopausa, isso acontece mesmo”, mas lembra que com os medicamentos que ajudam a controlar as alterações biológicos uma mulher na menopausa pode ter uma vida sexual “tão satisfatória como na pré-menopausa”.

A médica Carla Rodrigues, que pertence ao Núcleo de Sexologia da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, concorda que não será este ou qualquer outro medicamento do tipo que vai ajudar a resolver a baixa autoestima, problemas de relacionamento com o parceiro ou o cansaço. O fármaco pode ajudar nos casos em que as mulheres têm realmente um problema biológico, mas primeiro é preciso perceber se a causa não é outra. “Mas é difícil perceber porque as pessoas não querem dizer tudo”, diz a ginecologista.

Para a presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, Sandra Vilarinho, este medicamento pode ser “mais um recurso, um facilitador em algumas situações, mas a dimensão biológica é apenas uma das varetas deste imenso chapéu que é a falta de desejo sexual”. Com isto quer dizer que mesmo que o medicamento potencie a libertação de determinadas hormonas que podem favorecer o desejo sexual isso, por si só, não é suficiente para resolver o problema.

Enquanto terapeuta sexual, Sandra Vilarinho lembra que “a falta de desejo é um sinal que algo não está bem” e considera que o problema se resolve com o casal num caminho que ambos têm de percorrer. É um risco pensar que a falta de desejo sexual se pode tratar apenas com um medicamento e que isso evite que as mulheres resolvam outros problemas, como problemas na relação, excesso de trabalho ou depressão. Carla Rodrigues recomenda aos casais que tentem sair das rotinas e que tentem melhorar as fantasias sexuais.

Que medicamento é este?

O medicamento flibanserina poderá vir a ser autorizado nos Estados Unidos para mulheres na fase de pré-menopausa – que inclui toda a vida sexual da mulher até ao aparecimento dos primeiros sinais da menopausa. No entanto é na fase da peri e pós-menopausa – que se iniciam com os primeiros sinais de menopausa – que ocorrem as maiores modificações a nível biológico: há alterações nas hormonas e no aparelho reprodutor feminino.

A diminuição da produção de hormonas como os estrogénios durante a menopausa, leva também a uma diminuição da produção da hormona dopamina – que atua na sensação de recompensa e prazer -, refere a ginecologista Carla Rodrigues. Além disso, a diminuição dos estrogénios tem consequências físicas – “dimimui a vascularização dos órgãos genitais, levando a uma atrofia dos órgãos e a uma menor lubrificação”, explica a médica. A boa notícia é que o tratamento hormonal de substituição pode resolver esta situação.

A terapeuta sexual Sandra Vilarinho considera que “quando uma mulher se convence que vai perder o desejo por causa da menopausa, isso acontece mesmo”, mas lembra que com os medicamentos que ajudam a controlar as alterações biológicos uma mulher na menopausa pode ter uma vida sexual “tão satisfatória como na pré-menopausa”.

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