Octávio V. Gonçalves: Processo "Face Oculta"? Para bom entendedor, bastará o acaso ou a ironia de uma designação?

25-01-2012
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Clicar na imagem para aumentarIn Expresso online, 10/11/2009No secretismo esotérico (apanágio de iniciados de assuntos "superiores") que caracteriza a aplicação da justiça portuguesa aos "fortes" (pois, com os "fracos" tudo se sabe e se revela), mesmo que a coberto e no cumprimento estrito da lei (não fossem as leis feitas pelos "fortes" e ajustadas aos seus auto-interesses), este era o resultado esperado.Operando ao arrepio da transparência que o interesse nacional reclamaria, a justiça portuguesa nunca esclarece cabalmente estas situações, de modo a não ficar nenhuma sombra ou juízo de suspeita no espírito dos portugueses.Encerram-se os casos sem que se dê a oportunidade de os mesmos serem fechados definitivamente.Mesmo não configurando crime ou ilícito, era ou não politicamente relevante que os portugueses soubessem se as conversas entre Sócrates e Vara incidiram, eventualmente, sobre a aquisição da TVI?Se por acaso, e a fazer fé nas notícias veiculadas por alguma imprensa, tivesse ocorrido algum envolvimento de Sócrates no negócio da TVI, que levou ao silenciamento ilegal, em plena campanha eleitoral, de um telejornal incómodo, então a transparência e a credibilidade da vida democrática ficariam a ganhar com a divulgação pública deste tipo de "conversas". O pior que pode acontecer é deixar-se aceso o rastilho da suspeita e do "diz que diz".Este assunto, a ter sido abordado, não configuraria a irrelevância, a cusquice ou a devassa da vida privada inerente à divulgação de conversas privadas, sei lá, sobre "gajas" ou "investimento de dinheiros pessoais", porque a ter ocorrido, e dados os financiamentos do BCP a empresas do sector, podem estar em causa tentativas de condicionamento ou cerceamento da liberdade de expressão e informação, enquanto direitos constitucionalmente protegidos.Evidente, não é?...


Clicar na imagem para aumentarIn Expresso online, 10/11/2009No secretismo esotérico (apanágio de iniciados de assuntos "superiores") que caracteriza a aplicação da justiça portuguesa aos "fortes" (pois, com os "fracos" tudo se sabe e se revela), mesmo que a coberto e no cumprimento estrito da lei (não fossem as leis feitas pelos "fortes" e ajustadas aos seus auto-interesses), este era o resultado esperado.Operando ao arrepio da transparência que o interesse nacional reclamaria, a justiça portuguesa nunca esclarece cabalmente estas situações, de modo a não ficar nenhuma sombra ou juízo de suspeita no espírito dos portugueses.Encerram-se os casos sem que se dê a oportunidade de os mesmos serem fechados definitivamente.Mesmo não configurando crime ou ilícito, era ou não politicamente relevante que os portugueses soubessem se as conversas entre Sócrates e Vara incidiram, eventualmente, sobre a aquisição da TVI?Se por acaso, e a fazer fé nas notícias veiculadas por alguma imprensa, tivesse ocorrido algum envolvimento de Sócrates no negócio da TVI, que levou ao silenciamento ilegal, em plena campanha eleitoral, de um telejornal incómodo, então a transparência e a credibilidade da vida democrática ficariam a ganhar com a divulgação pública deste tipo de "conversas". O pior que pode acontecer é deixar-se aceso o rastilho da suspeita e do "diz que diz".Este assunto, a ter sido abordado, não configuraria a irrelevância, a cusquice ou a devassa da vida privada inerente à divulgação de conversas privadas, sei lá, sobre "gajas" ou "investimento de dinheiros pessoais", porque a ter ocorrido, e dados os financiamentos do BCP a empresas do sector, podem estar em causa tentativas de condicionamento ou cerceamento da liberdade de expressão e informação, enquanto direitos constitucionalmente protegidos.Evidente, não é?...

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