Octávio V. Gonçalves: Pegou a moda de invocar, indevidamente, o nome de Sócrates

25-01-2012
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Clicar na imagem para ampliar Expresso, 16/05/2009Afastada a hipótese de uma campanha negra, pois os casos e os protagonistas são tantos que a rigor ter-se-ia que admitir a tese da existência de múltiplas campanhas negras, as pessoas começam, seriamente, a questionar-se (até que se consume o embrutecimento que há-de resultar do facilitismo que se procura instituir, os indivíduos ainda vão pensando) como é possível que José Sócrates apareça na comunicação social e em alguns processos, directa ou indirectamente, referenciado em situações e casos tão pouco abonatórios, como as condições anómalas da obtenção da licenciatura na Independente, a assinatura de projectos de arquitectura, a central de compostagem da Cova da Beira, o abate do montado de sobreiros - Setúbal, a aquisição pretensamente favorável de imóvel (com o episódio rocambolesco do desaparecimento da escritura pública do imóvel adquirido pela mãe de Sócrates), o caso Freeport, as pressões no caso Freeport e quejandos.Além do mais, porque este quadro de imputação de alegadas ligações ou envolvimentos nunca tinha ocorrido com nenhum outro político em Portugal.É desconcertante ver José Sócrates atrair sobre si tantas e tão "indevidas" invocações e imputações de envolvimento em processos de duvidosa lisura ética, quando não mesmo de favorecimentos, atropelos ou actuações pouco transparentes.Será caso para se soltar um preventivo "cruzes canhoto" e para o homem ir, rapidamente, à bruxa, de molde a libertar-se de energia tão agoirenta!Quando Charles Smith, o tio, o primo e Lopes da Mota vêm afirmar que referiram indevidamente o nome de Sócrates, então e dado que é pública e notória a sanidade mental destas pessoas, só resta a Sócrates processá-las por difamação, incluindo ao primo, nem que o Natal seja menos efusivo. P.S. (sem conotações partidárias): todavia, sempre ficam algumas questões que carecem de melhor esclarecimento, a saber:1) o processo e as rotinas académicas de obtenção da licenciatura por parte de Sócrates foram comuns a outros alunos em situações similares ou tratou-se de procedimentos excepcionais e porquê?2) a que propósito e com base em que enquadramentos surge o Eng. António Morais com responsabilidades na selecção das empresas a concurso no caso da central de compostagem da Cova da Beira? Quem o nomeou e com base em que critérios?3) É verdade ou não é verdade que o preço do apartamento adquirido por Sócrates ou familiares tenha tido um custo substancialmente inferior àquele que foi pago por outros proprietários? A ser verdade, existe alguma razão válida para que um tal desconto tenha ocorrido?4) Confirma-se o desaparecimento da escrita pública relativa ao apartamento adquirido pela mãe de Sócrates? Se sim, que diligências estão a ser feitas pelas autoridades para esclarecer o misterioso desaparecimento? É habitual desaparecerem escrituras públicas e, a sê-lo, que procedimentos adoptam os Cartórios para reporem a informação ou os documentos perdidos?5) Todos os que se envolveram ou se viram envolvidos no caso Freeport estão ou não estão disponíveis para permitirem que as autoridades possam ter acesso às suas operações bancárias, incluindo as que possam reportar a off-shores?6) É ou não passível de apuramento pelas autoridades, a denúncia recente de um empresário que referiu o envolvimento de familiares de Sócrates na intermediação da venda de património do Estado? Os portugueses necessitavam de ver estas e outras questões rápida e cabalmente esclarecidas, de molde a restaurar-se a confiança das pessoas nos agentes políticos. É pedir muito?!


Clicar na imagem para ampliar Expresso, 16/05/2009Afastada a hipótese de uma campanha negra, pois os casos e os protagonistas são tantos que a rigor ter-se-ia que admitir a tese da existência de múltiplas campanhas negras, as pessoas começam, seriamente, a questionar-se (até que se consume o embrutecimento que há-de resultar do facilitismo que se procura instituir, os indivíduos ainda vão pensando) como é possível que José Sócrates apareça na comunicação social e em alguns processos, directa ou indirectamente, referenciado em situações e casos tão pouco abonatórios, como as condições anómalas da obtenção da licenciatura na Independente, a assinatura de projectos de arquitectura, a central de compostagem da Cova da Beira, o abate do montado de sobreiros - Setúbal, a aquisição pretensamente favorável de imóvel (com o episódio rocambolesco do desaparecimento da escritura pública do imóvel adquirido pela mãe de Sócrates), o caso Freeport, as pressões no caso Freeport e quejandos.Além do mais, porque este quadro de imputação de alegadas ligações ou envolvimentos nunca tinha ocorrido com nenhum outro político em Portugal.É desconcertante ver José Sócrates atrair sobre si tantas e tão "indevidas" invocações e imputações de envolvimento em processos de duvidosa lisura ética, quando não mesmo de favorecimentos, atropelos ou actuações pouco transparentes.Será caso para se soltar um preventivo "cruzes canhoto" e para o homem ir, rapidamente, à bruxa, de molde a libertar-se de energia tão agoirenta!Quando Charles Smith, o tio, o primo e Lopes da Mota vêm afirmar que referiram indevidamente o nome de Sócrates, então e dado que é pública e notória a sanidade mental destas pessoas, só resta a Sócrates processá-las por difamação, incluindo ao primo, nem que o Natal seja menos efusivo. P.S. (sem conotações partidárias): todavia, sempre ficam algumas questões que carecem de melhor esclarecimento, a saber:1) o processo e as rotinas académicas de obtenção da licenciatura por parte de Sócrates foram comuns a outros alunos em situações similares ou tratou-se de procedimentos excepcionais e porquê?2) a que propósito e com base em que enquadramentos surge o Eng. António Morais com responsabilidades na selecção das empresas a concurso no caso da central de compostagem da Cova da Beira? Quem o nomeou e com base em que critérios?3) É verdade ou não é verdade que o preço do apartamento adquirido por Sócrates ou familiares tenha tido um custo substancialmente inferior àquele que foi pago por outros proprietários? A ser verdade, existe alguma razão válida para que um tal desconto tenha ocorrido?4) Confirma-se o desaparecimento da escrita pública relativa ao apartamento adquirido pela mãe de Sócrates? Se sim, que diligências estão a ser feitas pelas autoridades para esclarecer o misterioso desaparecimento? É habitual desaparecerem escrituras públicas e, a sê-lo, que procedimentos adoptam os Cartórios para reporem a informação ou os documentos perdidos?5) Todos os que se envolveram ou se viram envolvidos no caso Freeport estão ou não estão disponíveis para permitirem que as autoridades possam ter acesso às suas operações bancárias, incluindo as que possam reportar a off-shores?6) É ou não passível de apuramento pelas autoridades, a denúncia recente de um empresário que referiu o envolvimento de familiares de Sócrates na intermediação da venda de património do Estado? Os portugueses necessitavam de ver estas e outras questões rápida e cabalmente esclarecidas, de molde a restaurar-se a confiança das pessoas nos agentes políticos. É pedir muito?!

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