Octávio V. Gonçalves: Tréguas de Natal

27-01-2012
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Bem sei que a realidade vai continuar a surpreender-nos e a reclamar um comentário ou uma análise, como o acto desesperado de protesto de um funcionário romeno que se precipitou, de uma altura de sete metros, sobre as bancadas parlamentares, chocando-me, até mais do que o acto, a indiferença canalha com que muitos deputados viraram costas àquela tragédia pessoal.
Bem sei que o ministério da Educação prossegue a sua senda de degradação do ensino, de imposição de medidas erradas, de apadrinhamento de farsas e, nesta fase, também, de desorientação nas suas propostas de reorganização curricular do ensino secundário (a ideia de eliminar a Área de Projecto de 12º ano não passa de um impulso desvairado e estúpido, sem qualquer fundamentação), sobretudo, num momento em que a certeza de representatividade cada vez mais minoritária deste governo e as expectativas de mudança política iminente, aconselhavam a não imposição de alterações sem fundamentação ou sem o suporte de um amplo consenso.
Bem sei que o governo continua a actuar desnorteado, sem estratégia, sem seriedade política, sem transparência (as contas do Estado de 2009, o derreter de milhares de milhões de euros no BPN ou a negociação do fundo da PT), num processo imparável de apodrecimento político e moral.
Bem sei que Sócrates não desistirá de aparições mediáticas ridículas a tentar agarrar-se a qualquer bóia salvífica, ao mesmo tempo que a crise se agrava, os portugueses empobrecem e já quase ninguém, dentro e fora do país, confia na sua palavra ou, sequer, acredita nas suas capacidades de governação.
Todavia, por mais que me apeteça escrever, farei uma pausa e uma trégua de Natal no meu comentário, análise e crítica.
Regressarei, no dia 26 de Dezembro, fundamentalmente porque não vou deixar passar em claro a proposta de acabarem com a Área de Projecto de 12º ano ou a idiotice da CONFAP em menorizar a Educação Física, no contexto do ensino secundário.
Até lá, fica o espírito natalício, na forma da genialidade musical, em dose dupla, de Pavarotti, Carreras e Domingo.
Desejo a todos aqueles que concordam com as minhas ideias, a todos aqueles a quem o que escrevo é indiferente, a todos aqueles que discordam das minhas análises e a todos aqueles que nem sequer suportam os meus pontos de vista, um FELIZ NATAL, junto dos que mais amam.
Aquele abraço.


Bem sei que a realidade vai continuar a surpreender-nos e a reclamar um comentário ou uma análise, como o acto desesperado de protesto de um funcionário romeno que se precipitou, de uma altura de sete metros, sobre as bancadas parlamentares, chocando-me, até mais do que o acto, a indiferença canalha com que muitos deputados viraram costas àquela tragédia pessoal.
Bem sei que o ministério da Educação prossegue a sua senda de degradação do ensino, de imposição de medidas erradas, de apadrinhamento de farsas e, nesta fase, também, de desorientação nas suas propostas de reorganização curricular do ensino secundário (a ideia de eliminar a Área de Projecto de 12º ano não passa de um impulso desvairado e estúpido, sem qualquer fundamentação), sobretudo, num momento em que a certeza de representatividade cada vez mais minoritária deste governo e as expectativas de mudança política iminente, aconselhavam a não imposição de alterações sem fundamentação ou sem o suporte de um amplo consenso.
Bem sei que o governo continua a actuar desnorteado, sem estratégia, sem seriedade política, sem transparência (as contas do Estado de 2009, o derreter de milhares de milhões de euros no BPN ou a negociação do fundo da PT), num processo imparável de apodrecimento político e moral.
Bem sei que Sócrates não desistirá de aparições mediáticas ridículas a tentar agarrar-se a qualquer bóia salvífica, ao mesmo tempo que a crise se agrava, os portugueses empobrecem e já quase ninguém, dentro e fora do país, confia na sua palavra ou, sequer, acredita nas suas capacidades de governação.
Todavia, por mais que me apeteça escrever, farei uma pausa e uma trégua de Natal no meu comentário, análise e crítica.
Regressarei, no dia 26 de Dezembro, fundamentalmente porque não vou deixar passar em claro a proposta de acabarem com a Área de Projecto de 12º ano ou a idiotice da CONFAP em menorizar a Educação Física, no contexto do ensino secundário.
Até lá, fica o espírito natalício, na forma da genialidade musical, em dose dupla, de Pavarotti, Carreras e Domingo.
Desejo a todos aqueles que concordam com as minhas ideias, a todos aqueles a quem o que escrevo é indiferente, a todos aqueles que discordam das minhas análises e a todos aqueles que nem sequer suportam os meus pontos de vista, um FELIZ NATAL, junto dos que mais amam.
Aquele abraço.

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