Octávio V. Gonçalves: Sócrates pondera subscrever o Compromisso Educação

29-01-2012
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Acabado de entrevistar por Judite de Sousa, na RTP, Sócrates afirmou que está empenhado em “restaurar a relação de confiança com os professores”.Esta afirmação se não fosse triste, cínica e embusteira, porque estão em causa, quer as legítimas expectativas de carreira de milhares de professores (que ele casuisticamente desprezou e destruiu), quer a degradação da vida nas escolas, seria hilariante e motivo de zombaria nacional.É com este tipo de afirmações retóricas, a que não corresponde nenhuma medida concreta que vá de encontro às justas reivindicações dos professores, antes pelo contrário (ainda ontem, a sua ministra e o seu secretário de Estado da Educação vieram falar da necessidade de aprofundamento e de consolidação das medidas que indignaram os professores), que Sócrates se descredibiliza e perde o respeito junto dos professores e dos demais portugueses.Trata-se de uma afirmação absolutamente demagógica e falsa que apenas visa passar a ideia para a opinião pública de uma abertura que nunca existiu, nem existe na prática.Quer, mesmo, restaurar a relação de confiança com os professores?Então, subscreva o Compromisso Educação e revogue já amanhã a miserável e arbitrária divisão da carreira, bem como suspenda a farsa de modelo de avaliação que impôs às escolas.Mas, mesmo que o fizesse, neste momento, são os professores que não estão interessados em restaurar qualquer relação de confiança consigo, pois na esparrela de Sócrates nenhum professor cai pela segunda vez.Sócrates partiu, nesta legislatura, do pressuposto que os professores eram um grupo de néscios, eventualmente com formações e experiências académicas ao nível das suas, em relação aos quais bastava proclamar um conjunto de mentiras e vender uma imagem degradada dos mesmos junto da comunicação social e da opinião pública para os desmoralizar e lhes quebrar o ânimo e a vontade. Enganou-se!...Inventou uma guerra com os professores (é a própria ministra que o confirma) para passar uma imagem de homem determinado e para impor nas escolas um conjunto de políticas e de medidas educativas insensatas e injustas. Perdeu-a!...Como estratégia, enveredou pela postura arrogante e pela implementação de mecanismos legais de domesticação a partir de uma gestão cínica de divisões entre professores e de recurso a medidas arbitrárias, injustas e inconsistentes, com uma natureza e uma dinâmica destituídas de seriedade, mas propagandeadas, na sua fachada, como grandes reformas e grandes desígnios da governação. Como o próprio diz, “ a verdade veio ao de cima”!...Porque para o demagogo e medíocre Sócrates o importante era ganhar a opinião pública, em consequência de uma estratégia infame de demonização dos professores e de tudo o que lhes estava associado. Mas, até esses “votozinhos” perdeu!...É caso para dizer-se que Sócrates semeou, gratuitamente, ventos e agora não lhe resta outra alternativa que não seja colher as tempestades que o afastarão, porque não tem o perfil de homem de alta política para desempenhar o cargo de primeiro-ministro, da governação do país.


Acabado de entrevistar por Judite de Sousa, na RTP, Sócrates afirmou que está empenhado em “restaurar a relação de confiança com os professores”.Esta afirmação se não fosse triste, cínica e embusteira, porque estão em causa, quer as legítimas expectativas de carreira de milhares de professores (que ele casuisticamente desprezou e destruiu), quer a degradação da vida nas escolas, seria hilariante e motivo de zombaria nacional.É com este tipo de afirmações retóricas, a que não corresponde nenhuma medida concreta que vá de encontro às justas reivindicações dos professores, antes pelo contrário (ainda ontem, a sua ministra e o seu secretário de Estado da Educação vieram falar da necessidade de aprofundamento e de consolidação das medidas que indignaram os professores), que Sócrates se descredibiliza e perde o respeito junto dos professores e dos demais portugueses.Trata-se de uma afirmação absolutamente demagógica e falsa que apenas visa passar a ideia para a opinião pública de uma abertura que nunca existiu, nem existe na prática.Quer, mesmo, restaurar a relação de confiança com os professores?Então, subscreva o Compromisso Educação e revogue já amanhã a miserável e arbitrária divisão da carreira, bem como suspenda a farsa de modelo de avaliação que impôs às escolas.Mas, mesmo que o fizesse, neste momento, são os professores que não estão interessados em restaurar qualquer relação de confiança consigo, pois na esparrela de Sócrates nenhum professor cai pela segunda vez.Sócrates partiu, nesta legislatura, do pressuposto que os professores eram um grupo de néscios, eventualmente com formações e experiências académicas ao nível das suas, em relação aos quais bastava proclamar um conjunto de mentiras e vender uma imagem degradada dos mesmos junto da comunicação social e da opinião pública para os desmoralizar e lhes quebrar o ânimo e a vontade. Enganou-se!...Inventou uma guerra com os professores (é a própria ministra que o confirma) para passar uma imagem de homem determinado e para impor nas escolas um conjunto de políticas e de medidas educativas insensatas e injustas. Perdeu-a!...Como estratégia, enveredou pela postura arrogante e pela implementação de mecanismos legais de domesticação a partir de uma gestão cínica de divisões entre professores e de recurso a medidas arbitrárias, injustas e inconsistentes, com uma natureza e uma dinâmica destituídas de seriedade, mas propagandeadas, na sua fachada, como grandes reformas e grandes desígnios da governação. Como o próprio diz, “ a verdade veio ao de cima”!...Porque para o demagogo e medíocre Sócrates o importante era ganhar a opinião pública, em consequência de uma estratégia infame de demonização dos professores e de tudo o que lhes estava associado. Mas, até esses “votozinhos” perdeu!...É caso para dizer-se que Sócrates semeou, gratuitamente, ventos e agora não lhe resta outra alternativa que não seja colher as tempestades que o afastarão, porque não tem o perfil de homem de alta política para desempenhar o cargo de primeiro-ministro, da governação do país.

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