Octávio V. Gonçalves: Todas as razões para fazer greve

27-01-2012
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Para um Servidor do Estado, com 25 anos de dedicação à escola, sem faltas, cioso de uma austera ética do trabalho e sempre exigente consigo e com os outros (apesar de, hoje em dia, a exigência não ser, propriamente, uma virtude muito adequada), existem todas as razões para, na próxima quinta-feira (24 de novembro), aderir à greve geral.
Não vou, aqui, elencar os desrespeitos e os sucessivos prejuízos a que um Estado, negligente com os poderosos que dele se têm servido à fartazana, mas licencioso e incumpridor dos seus compromissos relativamente àqueles que o servem, me vem sujeitando, desde 2005.
Restrinjo-me, no essencial, às seguintes três razões para fazer greve:
- porque me sinto enganado e traído por um primeiro-ministro catavento em matéria educativa, que teve o descaramento suficiente para legitimar uma farsa avaliativa kafkiana e para lhe enxertar, em cima, uma comédia de avaliação;
- porque me aborrece, visceralmente, que políticos medíocres optem sempre pelas soluções mais fáceis e mais óbvias de me extorquirem à socapa (sem pré-aviso eleitoral e sem respeito pela palavra dada e pelos contratos estabelecidos) o rendimento do meu trabalho, sobretudo, quando tenho cumprido, escrupulosamente, o pagamento de todas as minhas dívidas e não tenho nenhuma responsabilidade pessoal nas decisões que conduziram ao descalabro das contas do Estado;
- porque, se não começarmos a reagir em massa e de forma sistemática, tenderão a prosseguir, cada vez mais ferozes, os ataques àqueles que vivem do rendimento do seu trabalho, como a já propalada revisão dos salários da função pública parece confirmar, além do mais pela contingência dos políticos que nos governam serem demasiado cagarolas para importunarem, com a correspondente afoiteza e equidade, as grandes fortunas, a especulação financeira, as mais-valias e rendimentos do capital, tantos obscenos e inexplicados aforramentos de (ex-)políticos, as fugas manhosas aos impostos ou a corrupção.
É o momento certo para nos fazermos ouvir com um retumbante JÁ BASTA!...

Imagem "fanada" ao meu amigo Luís Costa


Para um Servidor do Estado, com 25 anos de dedicação à escola, sem faltas, cioso de uma austera ética do trabalho e sempre exigente consigo e com os outros (apesar de, hoje em dia, a exigência não ser, propriamente, uma virtude muito adequada), existem todas as razões para, na próxima quinta-feira (24 de novembro), aderir à greve geral.
Não vou, aqui, elencar os desrespeitos e os sucessivos prejuízos a que um Estado, negligente com os poderosos que dele se têm servido à fartazana, mas licencioso e incumpridor dos seus compromissos relativamente àqueles que o servem, me vem sujeitando, desde 2005.
Restrinjo-me, no essencial, às seguintes três razões para fazer greve:
- porque me sinto enganado e traído por um primeiro-ministro catavento em matéria educativa, que teve o descaramento suficiente para legitimar uma farsa avaliativa kafkiana e para lhe enxertar, em cima, uma comédia de avaliação;
- porque me aborrece, visceralmente, que políticos medíocres optem sempre pelas soluções mais fáceis e mais óbvias de me extorquirem à socapa (sem pré-aviso eleitoral e sem respeito pela palavra dada e pelos contratos estabelecidos) o rendimento do meu trabalho, sobretudo, quando tenho cumprido, escrupulosamente, o pagamento de todas as minhas dívidas e não tenho nenhuma responsabilidade pessoal nas decisões que conduziram ao descalabro das contas do Estado;
- porque, se não começarmos a reagir em massa e de forma sistemática, tenderão a prosseguir, cada vez mais ferozes, os ataques àqueles que vivem do rendimento do seu trabalho, como a já propalada revisão dos salários da função pública parece confirmar, além do mais pela contingência dos políticos que nos governam serem demasiado cagarolas para importunarem, com a correspondente afoiteza e equidade, as grandes fortunas, a especulação financeira, as mais-valias e rendimentos do capital, tantos obscenos e inexplicados aforramentos de (ex-)políticos, as fugas manhosas aos impostos ou a corrupção.
É o momento certo para nos fazermos ouvir com um retumbante JÁ BASTA!...

Imagem "fanada" ao meu amigo Luís Costa

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