Octávio V. Gonçalves: Um PSD a duas vozes em matéria de Educação?

27-01-2012
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Estarei, amanhã, em Lisboa, na apresentação do livro de Santana Castilho, tanto por razões de amizade e reconhecimento ao autor, como pela relevância que atribuo ao diagnóstico, às ideias e às medidas incorporadas no livro e que, do meu ponto de vista, traduzem um novo e prometedor paradigma para a Educação, particularmente se o PSD tivesse a inteligência para se vincular ao desenvolvido, articulado e consistente conjunto de medidas para uma governação que o livro integra (mas de que o programa do PSD, inusitada e inexplicavelmente, se afasta em três ou quatro questões essenciais).
Comprometi-me a não escrever mais nada sobre o programa do PSD, até ao esclarecimento das questões cruciais atrás identificadas, mas não posso deixar de chamar a atenção para as seguintes entrevistas de Santana Castilho (e para o seu livro) e de José Manuel Canavarro, sobretudo pelo descrédito que advirá de um PSD bicéfalo e pelo efeito de afugentamento dos professores que certas concepções de José Manuel Canavarro (vertidas incoerentemente no programa do PSD) acarretam:
- entrevista de Santana Castilho ao Educare;
- entrevista de José Manuel Canavarro ao blogue "Alho politicamente incorrecto".
Cada professor que descubra as diferenças.
Sem me ocupar, para já, de uma análise detalhada, saliento nas declarações de José Manuel Canavarro algumas ideias programáticas que repugnam aos professores, como a municipalização/partidarização crescente das escolas, a abertura para uma sobrevalorização do Conselho Geral (até com responsabilidades de avaliação), os mega-agrupamentos ou a ideia peregrina da avaliação externa poder estar afecta às Universidades ou às Escolas Superiores de Educação, entre outras.
Num momento em que o PSD começa a recuperar nas sondagens (a sondagem da Marktest de amanhã contraria os últimos resultados que davam uma vantagem de 1% ao PS, agora revertida para uma desvantagem de quase 6%), por força do esvaziamento progressivo do discurso e da estratégia socrática, é fundamental que o presidente do PSD possa clarificar os caminhos do PSD em matéria de Educação.
Levo, por conseguinte, muitas dúvidas, questões e expectativas para a sessão de amanhã.

Estarei, amanhã, em Lisboa, na apresentação do livro de Santana Castilho, tanto por razões de amizade e reconhecimento ao autor, como pela relevância que atribuo ao diagnóstico, às ideias e às medidas incorporadas no livro e que, do meu ponto de vista, traduzem um novo e prometedor paradigma para a Educação, particularmente se o PSD tivesse a inteligência para se vincular ao desenvolvido, articulado e consistente conjunto de medidas para uma governação que o livro integra (mas de que o programa do PSD, inusitada e inexplicavelmente, se afasta em três ou quatro questões essenciais).
Comprometi-me a não escrever mais nada sobre o programa do PSD, até ao esclarecimento das questões cruciais atrás identificadas, mas não posso deixar de chamar a atenção para as seguintes entrevistas de Santana Castilho (e para o seu livro) e de José Manuel Canavarro, sobretudo pelo descrédito que advirá de um PSD bicéfalo e pelo efeito de afugentamento dos professores que certas concepções de José Manuel Canavarro (vertidas incoerentemente no programa do PSD) acarretam:
- entrevista de Santana Castilho ao Educare;
- entrevista de José Manuel Canavarro ao blogue "Alho politicamente incorrecto".
Cada professor que descubra as diferenças.
Sem me ocupar, para já, de uma análise detalhada, saliento nas declarações de José Manuel Canavarro algumas ideias programáticas que repugnam aos professores, como a municipalização/partidarização crescente das escolas, a abertura para uma sobrevalorização do Conselho Geral (até com responsabilidades de avaliação), os mega-agrupamentos ou a ideia peregrina da avaliação externa poder estar afecta às Universidades ou às Escolas Superiores de Educação, entre outras.
Num momento em que o PSD começa a recuperar nas sondagens (a sondagem da Marktest de amanhã contraria os últimos resultados que davam uma vantagem de 1% ao PS, agora revertida para uma desvantagem de quase 6%), por força do esvaziamento progressivo do discurso e da estratégia socrática, é fundamental que o presidente do PSD possa clarificar os caminhos do PSD em matéria de Educação.
Levo, por conseguinte, muitas dúvidas, questões e expectativas para a sessão de amanhã.

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