Octávio V. Gonçalves: Dia 14 de Agosto: síntese das notícias (ou da ausência delas) sobre Educação

22-01-2012
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VARANDA PARA O MARA partir deste postigo, com vista para o mar de S. Félix da Marinha, procuro fazer um apanhado, com as respectivas hiperligações, das notícias diárias sobre Educação, publicadas nos jornais e transmitidas nas rádios e televisões. Aqui fica uma síntese, em alguns casos telegraficamente comentada, dos temas que hoje foram notícia em matéria educativa:1- Escolas públicas de Música e de Dança vão poder recrutar professores (Público, 14/08/2009): As escolas do ensino artístico especializado vão poder recrutar professores através de concursos internos e externos, assim como integrar nos quadros os docentes que desempenham funções na escola durante dez anos consecutivos. As regras estão definidas em portaria que aguarda publicação no Diário da República, informa o Ministério da Educação.Comentário: esta é daquelas medidas que, tendo em conta a especificidade das funções e a escassez de profissionais qualificados, o tipo de recrutamento, desde que suportado em critérios de exigência minímos que não seja gerador de ultrapassagens indevidas ou de injustiças, não "aquenta nem arrefenta". Parece-me, embora o desconhecimento desta área me possa estar a trair uma melhor opinião.2- Pais em protesto contra lei da Educação Sexual (SOL, 14/08/2009): Um grupo de encarregados de educação de todo o país realiza hoje uma acção de protesto em Lisboa contra a nova Lei da Educação Sexual, exigindo o fim da sua obrigatoriedade e conseguinte restituição da liberdade de educação das famílias.Comentário: numa questão sensível como esta, em que está em causa um imprescindível equilíbrio entre a responsabilidade das famílias e a função formativa das escolas, aconselhava o bom senso que houvesse uma ampla discussão prévia, um espírito de abertura para acolher diferentes aportes e sensibilidades, o não sacrificar um tema sério a um timing e a uma intencionalidade eleitoralista de sedução à esquerda, conhecer estudos e avaliar experiências implementadas em outros países e, sobretudo, cuidar antes da preparação das condições no terreno para uma efectiva e eficaz educação sexual. Mas, o que possa vir a acontecer no terreno não tem relevância nenhuma para este ME e, como tal, produziu-se mais uma lei a martelo, trapalhona, inconsistente, impositiva e que dificilmente funcionará, com resultados satisfatórios, no terreno.


VARANDA PARA O MARA partir deste postigo, com vista para o mar de S. Félix da Marinha, procuro fazer um apanhado, com as respectivas hiperligações, das notícias diárias sobre Educação, publicadas nos jornais e transmitidas nas rádios e televisões. Aqui fica uma síntese, em alguns casos telegraficamente comentada, dos temas que hoje foram notícia em matéria educativa:1- Escolas públicas de Música e de Dança vão poder recrutar professores (Público, 14/08/2009): As escolas do ensino artístico especializado vão poder recrutar professores através de concursos internos e externos, assim como integrar nos quadros os docentes que desempenham funções na escola durante dez anos consecutivos. As regras estão definidas em portaria que aguarda publicação no Diário da República, informa o Ministério da Educação.Comentário: esta é daquelas medidas que, tendo em conta a especificidade das funções e a escassez de profissionais qualificados, o tipo de recrutamento, desde que suportado em critérios de exigência minímos que não seja gerador de ultrapassagens indevidas ou de injustiças, não "aquenta nem arrefenta". Parece-me, embora o desconhecimento desta área me possa estar a trair uma melhor opinião.2- Pais em protesto contra lei da Educação Sexual (SOL, 14/08/2009): Um grupo de encarregados de educação de todo o país realiza hoje uma acção de protesto em Lisboa contra a nova Lei da Educação Sexual, exigindo o fim da sua obrigatoriedade e conseguinte restituição da liberdade de educação das famílias.Comentário: numa questão sensível como esta, em que está em causa um imprescindível equilíbrio entre a responsabilidade das famílias e a função formativa das escolas, aconselhava o bom senso que houvesse uma ampla discussão prévia, um espírito de abertura para acolher diferentes aportes e sensibilidades, o não sacrificar um tema sério a um timing e a uma intencionalidade eleitoralista de sedução à esquerda, conhecer estudos e avaliar experiências implementadas em outros países e, sobretudo, cuidar antes da preparação das condições no terreno para uma efectiva e eficaz educação sexual. Mas, o que possa vir a acontecer no terreno não tem relevância nenhuma para este ME e, como tal, produziu-se mais uma lei a martelo, trapalhona, inconsistente, impositiva e que dificilmente funcionará, com resultados satisfatórios, no terreno.

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