Octávio V. Gonçalves: A verdade não veio de Mota

24-01-2012
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Definitivamente, Mota Amaral fez tudo o que estava ao seu alcance para obstruir o acesso à verdade por parte da Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso PT/TVI. Não foi, pois, por Mota Amaral que os portugueses puderam ficar a conhecer a verdade nua e crua relativa ao (mau) carácter do primeiro-ministro que lhes saiu na rifa. Com a sua decisão de proibir a utilização do material contido nas escutas, Mota Amaral desprestigiou e esvaziou a eficácia das Comissões de Inquérito, assim reduzidas a meros rituais retóricos, além de que prestou um péssimo serviço à transparência, à verdade e à dignidade que deve presidir ao desempenho de funções políticas.
Mota Amaral deve uma explicação cabal ao país e bem pode começar por responder às questões que Santana Castilho colocou na sua crónica do jornal Público:
- o que levou Mota Amaral a pedir as escutas, sabendo que não podiam ser utilizadas?
- o que mudou entre o momento do pedido e o momento da proibição das mesmas?
- a proibição deveu-se ao facto de as escutas conterem informações "avassaladoras" para quadros do PS e que desacreditariam o depoimento escrito de Sócrates?
Vale a pena ler o texto (em baixo) de um reputado académico para se constatar o carácter incompreensível da decisão de Mota Amaral.
Tendo em conta o nervosismo evidenciado por Mota Amaral na forma como conduziu a Comissão de Inquérito e decidiu a proibição da utilização das escutas, é caso para perguntarmos: o que tanto inquieta ou inquietou Mota Amaral?
E não lhe adianta vir, agora, com manobras de diversão, alimentando o debate demagógico à volta da redução do número de deputados, algo que fere a maior representatividade e prejudica os pequenos partidos.
O Inquérito Parlamentar ao caso PT-TVI


Definitivamente, Mota Amaral fez tudo o que estava ao seu alcance para obstruir o acesso à verdade por parte da Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso PT/TVI. Não foi, pois, por Mota Amaral que os portugueses puderam ficar a conhecer a verdade nua e crua relativa ao (mau) carácter do primeiro-ministro que lhes saiu na rifa. Com a sua decisão de proibir a utilização do material contido nas escutas, Mota Amaral desprestigiou e esvaziou a eficácia das Comissões de Inquérito, assim reduzidas a meros rituais retóricos, além de que prestou um péssimo serviço à transparência, à verdade e à dignidade que deve presidir ao desempenho de funções políticas.
Mota Amaral deve uma explicação cabal ao país e bem pode começar por responder às questões que Santana Castilho colocou na sua crónica do jornal Público:
- o que levou Mota Amaral a pedir as escutas, sabendo que não podiam ser utilizadas?
- o que mudou entre o momento do pedido e o momento da proibição das mesmas?
- a proibição deveu-se ao facto de as escutas conterem informações "avassaladoras" para quadros do PS e que desacreditariam o depoimento escrito de Sócrates?
Vale a pena ler o texto (em baixo) de um reputado académico para se constatar o carácter incompreensível da decisão de Mota Amaral.
Tendo em conta o nervosismo evidenciado por Mota Amaral na forma como conduziu a Comissão de Inquérito e decidiu a proibição da utilização das escutas, é caso para perguntarmos: o que tanto inquieta ou inquietou Mota Amaral?
E não lhe adianta vir, agora, com manobras de diversão, alimentando o debate demagógico à volta da redução do número de deputados, algo que fere a maior representatividade e prejudica os pequenos partidos.
O Inquérito Parlamentar ao caso PT-TVI

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