Octávio V. Gonçalves: Esta gente não produz nada de jeito

27-01-2012
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O parecer da Sociedade Portuguesa de Matemática [SPM] sobre o Projecto de Metas de Aprendizagem de Matemática para o Ensino Básico é absolutamente demolidor da proposta do Ministério da Educação [ME], pondo a descoberto a inconsistência, o carácter vago/impreciso e a escassa proficiência de parte substantiva das metas definidas.
Comprova-se, uma vez mais, a orientação socrática do ME para funcionar em circuito fechado e num estilo impositivo, desprezando as metodologias participativas de envolvimento dos professores e dos especialistas, como no caso vertente a SPM, na definição das medidas educativas, assim como ignorando a relevância de estudos e documentos de referência ou, mesmo, as melhores práticas e experiências internacionais.
De igual forma, uma conclusão se impõe: com esta gente, as escolas não se conseguem libertar de uma orientação tipicamente identificada com o eduquês, a qual tende a desvalorizar a dimensão cognitiva das aprendizagens e a diluir o rigor e a exigência em generalidades e superficialidades imprecisas.
Um parecer de leitura obrigatória, cuja concretização fica à espera de novos actores políticos que cortem radicalmente com o estilo e a substância da educação socrática.


O parecer da Sociedade Portuguesa de Matemática [SPM] sobre o Projecto de Metas de Aprendizagem de Matemática para o Ensino Básico é absolutamente demolidor da proposta do Ministério da Educação [ME], pondo a descoberto a inconsistência, o carácter vago/impreciso e a escassa proficiência de parte substantiva das metas definidas.
Comprova-se, uma vez mais, a orientação socrática do ME para funcionar em circuito fechado e num estilo impositivo, desprezando as metodologias participativas de envolvimento dos professores e dos especialistas, como no caso vertente a SPM, na definição das medidas educativas, assim como ignorando a relevância de estudos e documentos de referência ou, mesmo, as melhores práticas e experiências internacionais.
De igual forma, uma conclusão se impõe: com esta gente, as escolas não se conseguem libertar de uma orientação tipicamente identificada com o eduquês, a qual tende a desvalorizar a dimensão cognitiva das aprendizagens e a diluir o rigor e a exigência em generalidades e superficialidades imprecisas.
Um parecer de leitura obrigatória, cuja concretização fica à espera de novos actores políticos que cortem radicalmente com o estilo e a substância da educação socrática.

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