Octávio V. Gonçalves: Às pinguinhas

22-01-2012
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A forma como o Ministério da Educação e Ciência está a lidar com o programa Novas Oportunidades e, especificamente, com o fecho às pinguinhas dos centros Novas Oportunidades, é bem o reflexo do tipo de atuação hesitante, avulsa e meramente retocadora que tem caraterizado esta equipa ministerial, além de que está absolutamente ao arrepio da perceção e da avaliação (certeiras) que Passos Coelho tinha das Novas Oportunidades, aquando da campanha eleitoral.
Face à expectativa de que o PSD se oporia à filosofia de "certificação" que dominou a orientação socrática do programa, privilegiando, diferentemente, uma filosofia de efetiva "qualificação", o que deveria redundar numa suspensão e reorientação globais do programa (e até renomeação, conferindo-lhe uma marca de credibilidade, que a designação "Novas Oportunidades" perdeu em definitivo), eis que esta equipa ministerial fecha uns centros e mantém outros, criando diferenciações territoriais no direito à formação, em que vazios formativos do tipo "Nenhumas Oportunidades" coexistem com a manutenção de certificações à maneira das "Velhas Oportunidades" da certificação socrática.
Volvidos mais de seis meses de governação, alegar que o programa Novas Oportunidades está "em avaliação" (Passos Coelho pronunciou-se acerca do mesmo sem o conhecer?!...) é um oportuno estratagema para ganhar tempo e disfarçar o desconhecimento e a impreparação desta equipa ministerial, a qual dá mostras de um espírito reformador travado e mitigado pela insegurança que advém da ausência de um programa estudado, predefinido e convicto.
O habitual!...

A forma como o Ministério da Educação e Ciência está a lidar com o programa Novas Oportunidades e, especificamente, com o fecho às pinguinhas dos centros Novas Oportunidades, é bem o reflexo do tipo de atuação hesitante, avulsa e meramente retocadora que tem caraterizado esta equipa ministerial, além de que está absolutamente ao arrepio da perceção e da avaliação (certeiras) que Passos Coelho tinha das Novas Oportunidades, aquando da campanha eleitoral.
Face à expectativa de que o PSD se oporia à filosofia de "certificação" que dominou a orientação socrática do programa, privilegiando, diferentemente, uma filosofia de efetiva "qualificação", o que deveria redundar numa suspensão e reorientação globais do programa (e até renomeação, conferindo-lhe uma marca de credibilidade, que a designação "Novas Oportunidades" perdeu em definitivo), eis que esta equipa ministerial fecha uns centros e mantém outros, criando diferenciações territoriais no direito à formação, em que vazios formativos do tipo "Nenhumas Oportunidades" coexistem com a manutenção de certificações à maneira das "Velhas Oportunidades" da certificação socrática.
Volvidos mais de seis meses de governação, alegar que o programa Novas Oportunidades está "em avaliação" (Passos Coelho pronunciou-se acerca do mesmo sem o conhecer?!...) é um oportuno estratagema para ganhar tempo e disfarçar o desconhecimento e a impreparação desta equipa ministerial, a qual dá mostras de um espírito reformador travado e mitigado pela insegurança que advém da ausência de um programa estudado, predefinido e convicto.
O habitual!...

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