Octávio V. Gonçalves: Cobaia para psicólogos

24-01-2012
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Henrique Raposo, cronista do Expresso, avança aqui com a proposta de a nação poder doar Sócrates às faculdades de psicologia, proporcionando-lhes uma mente susceptível de ser extensamente investigada e, por consequência, uma oportunidade para se vir a escrever um tratado psicológico recheado de processos, efeitos, guiões, scripts, sintomatologias e respectivos enquadramentos conceptuais e teóricos.
Mesmo na ausência da formalização dessa doação, já, por diversas vezes, procedi, neste blogue, a várias análises da mente e da conduta socrática à luz da psicologia social e da psicologia cultural (clínica), de que a propensão para incorrer no erro fundamental de atribuição (auto-atribuição para o sucesso e atribuição externa para o fracasso), para se ajustar a perfis de personalidade autoritária e para ensaiar fugas à realidade constituem as tendências mais marcantes, pelo que a sugestão do cronista é-me simpática e é muito provável que, brevemente, surjam as primeiras psico-histórias de uma mente que personifica paradigmaticamente muito do (dis)funcionamento e das reacções antecipadas por inúmeras das teorias da psicologia.


Henrique Raposo, cronista do Expresso, avança aqui com a proposta de a nação poder doar Sócrates às faculdades de psicologia, proporcionando-lhes uma mente susceptível de ser extensamente investigada e, por consequência, uma oportunidade para se vir a escrever um tratado psicológico recheado de processos, efeitos, guiões, scripts, sintomatologias e respectivos enquadramentos conceptuais e teóricos.
Mesmo na ausência da formalização dessa doação, já, por diversas vezes, procedi, neste blogue, a várias análises da mente e da conduta socrática à luz da psicologia social e da psicologia cultural (clínica), de que a propensão para incorrer no erro fundamental de atribuição (auto-atribuição para o sucesso e atribuição externa para o fracasso), para se ajustar a perfis de personalidade autoritária e para ensaiar fugas à realidade constituem as tendências mais marcantes, pelo que a sugestão do cronista é-me simpática e é muito provável que, brevemente, surjam as primeiras psico-histórias de uma mente que personifica paradigmaticamente muito do (dis)funcionamento e das reacções antecipadas por inúmeras das teorias da psicologia.

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