Octávio V. Gonçalves: Agarrem-me, senão demito-me!

22-01-2012
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“A indignação é tanta que cheguei a impedir colegas de apresentar a demissão”
Esta declaração do presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Adalmiro Fonseca, a propósito da revolta dos diretores com as suas avaliações de desempenho, carrega a marca da distração oportunista, do anacronismo e de uma deleitosa ironia.
É lamentável que os senhores diretores não tenham divisado, antes, a subjetividade e a arbitrariedade da avaliação parida pelo socratismo (e legitimada pelo passoscoelhismo), qualquer que seja o sistema, a versão e a aplicação, reagindo tardiamente e apenas quando a FARSA não lhes correu a jeito. Porque, se as classificações fossem generosas, o modelo e os critérios já seriam bestiais.
Talvez, os senhores diretores ainda venham a poder contar com a solidariedade e o apoio dos seus professores, como estes puderam contar com a adesão e a mobilização deles próprios (salvo raras exceções) à contestação que a classe moveu contra a FARSA da avaliação do desempenho.
Estão à espera de quê para se demitirem?...
Vai uma aposta em como nem um se demite?!... É só bluff, ou não tivessem já dado mostras de estarem, que nem lapas, agarrados aos lugares e preocupados apenas com os seus interesses umbiguistas.

“A indignação é tanta que cheguei a impedir colegas de apresentar a demissão”
Esta declaração do presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Adalmiro Fonseca, a propósito da revolta dos diretores com as suas avaliações de desempenho, carrega a marca da distração oportunista, do anacronismo e de uma deleitosa ironia.
É lamentável que os senhores diretores não tenham divisado, antes, a subjetividade e a arbitrariedade da avaliação parida pelo socratismo (e legitimada pelo passoscoelhismo), qualquer que seja o sistema, a versão e a aplicação, reagindo tardiamente e apenas quando a FARSA não lhes correu a jeito. Porque, se as classificações fossem generosas, o modelo e os critérios já seriam bestiais.
Talvez, os senhores diretores ainda venham a poder contar com a solidariedade e o apoio dos seus professores, como estes puderam contar com a adesão e a mobilização deles próprios (salvo raras exceções) à contestação que a classe moveu contra a FARSA da avaliação do desempenho.
Estão à espera de quê para se demitirem?...
Vai uma aposta em como nem um se demite?!... É só bluff, ou não tivessem já dado mostras de estarem, que nem lapas, agarrados aos lugares e preocupados apenas com os seus interesses umbiguistas.

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