Sacanas e Sentimentais: Memórias XIX

30-06-2011
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Ium mosquito doido pousa na vidraçao cais alonga-se ao correr do riscorumo de olhares contemplando chuvasa água da nascente aperta-me a gargantaIItrazes hoje um semblante de palavrasimensa descoberta que se espalha tristesobre a sombra da tardea paisagem habita-se de encostasde outros impossíveis campos rompe a florestae escala oculta a imperfeita génese dos contornosmágicos das cinzas das estrelas coalhadas de espantopor agora nas manhãs enregeladas suponho o ritualestandarte onde se agarra o ventodos corpos nos traços das ofertascanto o nome dos lugares de todo o procurara harmonia inteira o que se pode sorrirentre os cortados de montes e paisagenssem rios e sem diferençasao revés da cera em que a tarde se esbateem passo apontado ao outro ladoo silêncio aquece o rubor estridente dos camposIIIna vidraça doido dança o doido do mosquitoLisboa, Fevereiro de 1984


Ium mosquito doido pousa na vidraçao cais alonga-se ao correr do riscorumo de olhares contemplando chuvasa água da nascente aperta-me a gargantaIItrazes hoje um semblante de palavrasimensa descoberta que se espalha tristesobre a sombra da tardea paisagem habita-se de encostasde outros impossíveis campos rompe a florestae escala oculta a imperfeita génese dos contornosmágicos das cinzas das estrelas coalhadas de espantopor agora nas manhãs enregeladas suponho o ritualestandarte onde se agarra o ventodos corpos nos traços das ofertascanto o nome dos lugares de todo o procurara harmonia inteira o que se pode sorrirentre os cortados de montes e paisagenssem rios e sem diferençasao revés da cera em que a tarde se esbateem passo apontado ao outro ladoo silêncio aquece o rubor estridente dos camposIIIna vidraça doido dança o doido do mosquitoLisboa, Fevereiro de 1984

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