Com o terminar do 2º período do presente ano lectivo, espera-se dos participantes do Concurso Cidades Criativas que dêem por concluídas as 2 primeiras fases do mesmo: o diagnóstico e a elaboração de um quadro de objectivos/estratégias para a cidade, sobre a qual os projectos estão a ser desenvolvidos.
Para o diagnóstico da nossa cidade, para “descobrirmos” quais os pontos a focar neste trabalho, o que seria verdadeiramente importante “pegar” para que pudéssemos mudar alguma coisa, fomos à procura da opinião mais importante, ou seja da daqueles que todos os dias “fazem” Quarteira. Para isso elaborámos um inquérito por questionário dirigido a uma amostra de 50 habitantes, em idade activa. Esta iniciativa teve resultados muito positivos uma vez que ficámos a saber, de modo geral, que a população de Quarteira não está muito satisfeita com os serviços públicos disponíveis nem com a oferta de infra-estruturas destinadas à ocupação de tempos livres. Aliás, uma das maiores “queixas” foi a falta de espaços desportivos e culturais. A segurança foi também um dos aspectos negativos da nossa cidade a ser mais salientado.
Uma das conclusões mais interessantes e extremamente evidente foi o facto da imagem da cidade estar de tal forma “denegrida” que, apesar de muitos dos inquiridos nunca terem vivenciado nenhuma das situações problemáticas que lhes foram apresentadas, optaram pela escolha de resposta mais negativa pela simples razão de que o que têm interiorizado é a opinião geral desfavorável que se tem formado sobre a nossa cidade. A título de exemplo, refira-se o nível da tremenda insegurança que é tão apontada a Quarteira, mas que, comparativamente, fica muito aquém do verificado noutras cidades. Isto foi algo que nos deixou a pensar e nos deu uma pista para aquilo que poderíamos vir a desenvolver.
Outro dos pontos em que nos baseámos para o diagnóstico foi uma entrevista feita ao presidente da junta de freguesia da nossa cidade, o Sr. José Mendes. Achámos também oportuno reunirmo-nos com o Sr. Bruno Inácio, representante do Gabinete de Comunicação, Relações Públicas e Eventos da Câmara Municipal de Loulé, responsável pelo Boletim Municipal da Juventude - “LC JOVEM” e agora também nosso interlocutor para o CCC. Desta conversa resultaram várias ideias entre as quais a decisão do objectivo final do nosso projecto. Assim, reunindo todos estes passos chegámos a uma conclusão e à definição de uma estratégia para a concretização deste objectivo.
Como tal o nosso grupo Kuartalive, com base no trabalho desenvolvido até à data, decidiu que este trabalho iria ter como objectivo o mudar da imagem que a população residente e as pessoas que nos visitam têm de Quarteira pois esta, pensamos nós, não corresponde totalmente à realidade quarteirense. Como ouvimos alguém dizer “Quarteira tem servido para dar como mau exemplo às outras cidades”. Claro que “onde há fumo, há fogo”, já dizia o ditado, e desde há muitos anos que Quarteira não é uma cidade modelo, apesar de termos melhorado consideravelmente e ter sido feito um enorme esforço, por parte das entidades responsáveis, por exemplo ao nível da limpeza dos espaços públicos.
Muitas destas situações melhoraram contudo a reputação negativa da cidade manteve-se, e modificá-la ainda deverá demorar uns anos pois trata-se não apenas de mudar a cidade, claro está, mas sobretudo as mentes quarteirenses. Típico do povo português é o constante contestar e queixar-se, e os residentes da nossa cidade também não são diferentes, o que, por um lado, é saudável mas, por outro, mostra uma resistência ao olhar para a cidade com outros olhos, ao ver o que Quarteira tem de bom, ao gostar da sua cidade e tentar fazer com que os outros, pela sua importância turística, também elejam Quarteira local onde gostam de passar férias.
Pegando no nosso lema: “Mudar as mentes mais preguiçosas”, este será, então, o nosso objectivo. Queremos mudar não propriamente a cidade mas as mentes que negam aquilo que ela realmente é – um local aprazível para viver -, acabar com os preconceitos e mostrar que temos de começar a gostar de nós, pois as coisas estão a mudar e há que louvar esse esforço.
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Com o terminar do 2º período do presente ano lectivo, espera-se dos participantes do Concurso Cidades Criativas que dêem por concluídas as 2 primeiras fases do mesmo: o diagnóstico e a elaboração de um quadro de objectivos/estratégias para a cidade, sobre a qual os projectos estão a ser desenvolvidos.
Para o diagnóstico da nossa cidade, para “descobrirmos” quais os pontos a focar neste trabalho, o que seria verdadeiramente importante “pegar” para que pudéssemos mudar alguma coisa, fomos à procura da opinião mais importante, ou seja da daqueles que todos os dias “fazem” Quarteira. Para isso elaborámos um inquérito por questionário dirigido a uma amostra de 50 habitantes, em idade activa. Esta iniciativa teve resultados muito positivos uma vez que ficámos a saber, de modo geral, que a população de Quarteira não está muito satisfeita com os serviços públicos disponíveis nem com a oferta de infra-estruturas destinadas à ocupação de tempos livres. Aliás, uma das maiores “queixas” foi a falta de espaços desportivos e culturais. A segurança foi também um dos aspectos negativos da nossa cidade a ser mais salientado.
Uma das conclusões mais interessantes e extremamente evidente foi o facto da imagem da cidade estar de tal forma “denegrida” que, apesar de muitos dos inquiridos nunca terem vivenciado nenhuma das situações problemáticas que lhes foram apresentadas, optaram pela escolha de resposta mais negativa pela simples razão de que o que têm interiorizado é a opinião geral desfavorável que se tem formado sobre a nossa cidade. A título de exemplo, refira-se o nível da tremenda insegurança que é tão apontada a Quarteira, mas que, comparativamente, fica muito aquém do verificado noutras cidades. Isto foi algo que nos deixou a pensar e nos deu uma pista para aquilo que poderíamos vir a desenvolver.
Outro dos pontos em que nos baseámos para o diagnóstico foi uma entrevista feita ao presidente da junta de freguesia da nossa cidade, o Sr. José Mendes. Achámos também oportuno reunirmo-nos com o Sr. Bruno Inácio, representante do Gabinete de Comunicação, Relações Públicas e Eventos da Câmara Municipal de Loulé, responsável pelo Boletim Municipal da Juventude - “LC JOVEM” e agora também nosso interlocutor para o CCC. Desta conversa resultaram várias ideias entre as quais a decisão do objectivo final do nosso projecto. Assim, reunindo todos estes passos chegámos a uma conclusão e à definição de uma estratégia para a concretização deste objectivo.
Como tal o nosso grupo Kuartalive, com base no trabalho desenvolvido até à data, decidiu que este trabalho iria ter como objectivo o mudar da imagem que a população residente e as pessoas que nos visitam têm de Quarteira pois esta, pensamos nós, não corresponde totalmente à realidade quarteirense. Como ouvimos alguém dizer “Quarteira tem servido para dar como mau exemplo às outras cidades”. Claro que “onde há fumo, há fogo”, já dizia o ditado, e desde há muitos anos que Quarteira não é uma cidade modelo, apesar de termos melhorado consideravelmente e ter sido feito um enorme esforço, por parte das entidades responsáveis, por exemplo ao nível da limpeza dos espaços públicos.
Muitas destas situações melhoraram contudo a reputação negativa da cidade manteve-se, e modificá-la ainda deverá demorar uns anos pois trata-se não apenas de mudar a cidade, claro está, mas sobretudo as mentes quarteirenses. Típico do povo português é o constante contestar e queixar-se, e os residentes da nossa cidade também não são diferentes, o que, por um lado, é saudável mas, por outro, mostra uma resistência ao olhar para a cidade com outros olhos, ao ver o que Quarteira tem de bom, ao gostar da sua cidade e tentar fazer com que os outros, pela sua importância turística, também elejam Quarteira local onde gostam de passar férias.
Pegando no nosso lema: “Mudar as mentes mais preguiçosas”, este será, então, o nosso objectivo. Queremos mudar não propriamente a cidade mas as mentes que negam aquilo que ela realmente é – um local aprazível para viver -, acabar com os preconceitos e mostrar que temos de começar a gostar de nós, pois as coisas estão a mudar e há que louvar esse esforço.