"Vendido" o Parlamento português. Pelo menos é o que diz o cartaz

23-06-2015
marcar artigo

Tem acesso livre a todos os artigos do Observador por ser nosso assinante.

Durante cerca de meia hora foi pendurada na varanda do Parlamento português um cartaz onde se podia ler “Vendido“. Os autores são membros do grupo “Eu não me vendo” – ligado ao movimento “Agir” – e a ação serviu para “aguçar o apetite” das que ainda estão para vir, garantiu Joana Amaral Dias ao Observador. A Assembleia da República já abriu um inquérito para investigar como é que foi colocada a faixa, refere o Público.

“A ação foi planeada, e a placa foi impressa numa gráfica”, afirmou Joana Amaral Dias, a líder do movimento político “Agir”. “Os ativistas entraram normalmente no Parlamento” já que segunda-feira é habitualmente um dia de pouco movimento em São Bento. Os seguranças nada fizeram e a placa foi ostentada na varanda “durante mais de meia hora, até eventualmente alguém ter dado por ela”, contou Joana Amaral Dias.

Veja o vídeo da ação colocado no site do grupo:

No site do “Eu não me vendo” pode ler-se: “O governo vendeu tudo o que podia, por tuta e meia. Prepara-se para entregar a Carris e o Metro, depois de vender a TAP por 10 milhões de euros. Uma companhia com mais de 60 aviões, alguns dos quais valem mais que 200 milhões de euros, cada um.”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Segundo a política e psicóloga, “a Assembleia da República tornou-se numa central de negócios” e este tipo de ações visa protestar contra o facto de “nas privatizações, os vendedores e os compradores estarem sentados no mesmo lado, numa promiscuidade que apodrece a democracia”.

Na publicação do site lê-se ainda, em tom de explicação pela ação desta manhã:

“Tão grave quanto as negociatas, com escritórios amigos, para entregar todos os setores estratégicos da economia, o executivo de Passos Coelho entregou a soberania nacional aos pés da chanceler alemã Merkel. O parlamento português deixou de ter autoridade sobre o Orçamento do Estado. O BCE decide a política monetária. Berlim decide o nosso Orçamento. A nossa soberania foi vendida, os nossos serviços públicos destruídos, a nossa economia serve para salvar bancos. As reformas são cortadas, os pensionistas roubados, mas as PPPs e swaps são sagradas.”

“Gente que não se vende tem de Agir!”, lê-se no final da publicação do grupo “Eu não me vendo”.

* Texto editado por Filomena Martins

Tem acesso livre a todos os artigos do Observador por ser nosso assinante.

Durante cerca de meia hora foi pendurada na varanda do Parlamento português um cartaz onde se podia ler “Vendido“. Os autores são membros do grupo “Eu não me vendo” – ligado ao movimento “Agir” – e a ação serviu para “aguçar o apetite” das que ainda estão para vir, garantiu Joana Amaral Dias ao Observador. A Assembleia da República já abriu um inquérito para investigar como é que foi colocada a faixa, refere o Público.

“A ação foi planeada, e a placa foi impressa numa gráfica”, afirmou Joana Amaral Dias, a líder do movimento político “Agir”. “Os ativistas entraram normalmente no Parlamento” já que segunda-feira é habitualmente um dia de pouco movimento em São Bento. Os seguranças nada fizeram e a placa foi ostentada na varanda “durante mais de meia hora, até eventualmente alguém ter dado por ela”, contou Joana Amaral Dias.

Veja o vídeo da ação colocado no site do grupo:

No site do “Eu não me vendo” pode ler-se: “O governo vendeu tudo o que podia, por tuta e meia. Prepara-se para entregar a Carris e o Metro, depois de vender a TAP por 10 milhões de euros. Uma companhia com mais de 60 aviões, alguns dos quais valem mais que 200 milhões de euros, cada um.”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Segundo a política e psicóloga, “a Assembleia da República tornou-se numa central de negócios” e este tipo de ações visa protestar contra o facto de “nas privatizações, os vendedores e os compradores estarem sentados no mesmo lado, numa promiscuidade que apodrece a democracia”.

Na publicação do site lê-se ainda, em tom de explicação pela ação desta manhã:

“Tão grave quanto as negociatas, com escritórios amigos, para entregar todos os setores estratégicos da economia, o executivo de Passos Coelho entregou a soberania nacional aos pés da chanceler alemã Merkel. O parlamento português deixou de ter autoridade sobre o Orçamento do Estado. O BCE decide a política monetária. Berlim decide o nosso Orçamento. A nossa soberania foi vendida, os nossos serviços públicos destruídos, a nossa economia serve para salvar bancos. As reformas são cortadas, os pensionistas roubados, mas as PPPs e swaps são sagradas.”

“Gente que não se vende tem de Agir!”, lê-se no final da publicação do grupo “Eu não me vendo”.

* Texto editado por Filomena Martins

marcar artigo