Maioria dos "cérebros" que fugiram tinha emprego em Portugal

18-09-2015
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E a aposta parece que tem estado a correr bem para a grande maioria dos que decidiram ir embora. Tanto assim é que 95% dos homens e 90% das mulheres estão empregados nos países para onde emigraram, denotando uma boa integração no mercado de trabalho para onde emigraram”, lê-se no resumo deste estudo. E não só estão empregados como uma maior fatia está empregada em trabalhos compatíveis com a formação académica: 75% contra os 54% que diziam estar a desempenhar funções para as quais estudaram, em Portugal.

Aliados à realização profissional surgem ainda salários mais altos. Mais de 70% dos inquiridos recebiam, em Portugal, menos de 1.000 euros por mês. E, segundo este estudo, mais de metade recebem mais de 2.000 euros, sendo que 26,6% dos emigrantes qualificados recebem mesmo acima de 3.000 euros. Frise-se, porém, que foi para o Reino Unido que grande parte deles emigrou e que lá o custo de vida também é muito superior.

A integração está a correr tão bem que a maioria dos inquiridos projeta-se numa situação de emigrante para “toda a vida” no atual país de residência ou noutro país europeu. E só razões profissionais e económicas os fariam voltar ao país de origem.

“Fuga de cérebros” custa 8,8 mil milhões aos cofres públicos

Este grupo de investigadores dedicou ainda uma parte do estudo ao cálculo do custo da “fuga de cérebros” para os cofres portugueses. E tendo em conta as estimativas de custos público e privado com a formação superior dos estudantes em Portugal, e o número de emigrantes com formação superior, os investigadores chegam à conclusão que o total despendido pelo país na formação dos quase 146 mil emigrantes portadores de formação superior – de acordo com o Census 2010/11 – rondou os 8,8 mil milhões de euros.

“Ou seja, o montante oferecido a custo zero aos países que receberam estes diplomados representa o que o Estado Português gastaria com o ensino superior público em dez anos“, lê-se num pequeno resumo do estudo.

O estudo foi coordenado por Rui Machado Gomes, da Universidade de Coimbra, envolveu centros de investigação das universidades de Coimbra, Lisboa e Porto e foi financiado pelo Fundos Feder/Compete e por fundos nacionais da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

E a aposta parece que tem estado a correr bem para a grande maioria dos que decidiram ir embora. Tanto assim é que 95% dos homens e 90% das mulheres estão empregados nos países para onde emigraram, denotando uma boa integração no mercado de trabalho para onde emigraram”, lê-se no resumo deste estudo. E não só estão empregados como uma maior fatia está empregada em trabalhos compatíveis com a formação académica: 75% contra os 54% que diziam estar a desempenhar funções para as quais estudaram, em Portugal.

Aliados à realização profissional surgem ainda salários mais altos. Mais de 70% dos inquiridos recebiam, em Portugal, menos de 1.000 euros por mês. E, segundo este estudo, mais de metade recebem mais de 2.000 euros, sendo que 26,6% dos emigrantes qualificados recebem mesmo acima de 3.000 euros. Frise-se, porém, que foi para o Reino Unido que grande parte deles emigrou e que lá o custo de vida também é muito superior.

A integração está a correr tão bem que a maioria dos inquiridos projeta-se numa situação de emigrante para “toda a vida” no atual país de residência ou noutro país europeu. E só razões profissionais e económicas os fariam voltar ao país de origem.

“Fuga de cérebros” custa 8,8 mil milhões aos cofres públicos

Este grupo de investigadores dedicou ainda uma parte do estudo ao cálculo do custo da “fuga de cérebros” para os cofres portugueses. E tendo em conta as estimativas de custos público e privado com a formação superior dos estudantes em Portugal, e o número de emigrantes com formação superior, os investigadores chegam à conclusão que o total despendido pelo país na formação dos quase 146 mil emigrantes portadores de formação superior – de acordo com o Census 2010/11 – rondou os 8,8 mil milhões de euros.

“Ou seja, o montante oferecido a custo zero aos países que receberam estes diplomados representa o que o Estado Português gastaria com o ensino superior público em dez anos“, lê-se num pequeno resumo do estudo.

O estudo foi coordenado por Rui Machado Gomes, da Universidade de Coimbra, envolveu centros de investigação das universidades de Coimbra, Lisboa e Porto e foi financiado pelo Fundos Feder/Compete e por fundos nacionais da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

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