A «Slam Poetry» sai à rua

20-07-2011
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Um dos dois torneios de poesia performada em palco – conhecido universalmente como «slam poetry» - nascidos em Lisboa na sequência do Festival Silêncio!, o "Poetry Slam Lisboa" experimenta, esta quarta-feira, um novo formato: o ar livre.

Do ambiente escuro dos bares o evento sai para a rua, para um jardim público iluminado, nesta caso o da Estrela. Além da habitual competição entre poetas amadores - que segue um modelo nascido em Chicago nos anos 1980 -, a organização promete a presença de Ricardo Moreira, um «agente provocador» em circulação a abordar os transeuntes, do «slammer» italiano Sérgio Garau e da música do finlandês Jari Marjamäki a temperar poemas ditos por quem quiser levar um no bolso, da sua autoria ou de outros autores, para partilhar com os presentes.

A deslocação para um espaço público marca o fim do primeiro ano lectivo deste evento iniciado em Lisboa em Setembro de 2010. Ana Reis, co-organizadora das sessões quinzenais da "Poetry Slam Lisboa" com o italiano Mick Mengucci, afirma que esta novidade é fruto da identificação das sessões que organiza com a programação do café do Jardim da Estrela.

Além das afinidades culturais, Reis considera que o Verão é propício a uma paragem num local a céu aberto, acrescentando que este «espaço dá outra força à voz» e que esta decisão combina com o espírito de itinerância do evento. A ideia é «não associar a iniciativa a um espaço fixo, mas ir ao encontro das pessoas noutros espaços, não estando à espera que as pessoas venham ter connosco».

Outra particularidade deste torneio de palavras é a possibilidade de quem tem poemas para «partilhar e performar» poder inscrever-se «in loco» até ao início da competição – marcado para as 21h30. O evento é antecedido e seguido por sessões de «open mic» (microfone aberto), para as quais não é necessária inscrição prévia. Antes, nos intervalos e depois da competição, a música tecno minimal é uma garantia do universo musical de Jari Marjamäki, um produtor finlandês radicado em Lisboa desde os anos 1990.

O balanço deste evento, que encerra hoje um ciclo e regressa ao formato inicial em Setembro é «positivo», nas palavras de Ana Reis. A organizadora da "Poetry Slam Lisboa" conclui que "de há um ano para cá, tem havido cada vez melhores participações, além de haver um maior conhecimento do que é o 'poetry slam'". Ana Reis aponta que, no último trimestre, têm aparecido novas caras nos palcos destas sessões, tendo-se registado ainda um alargamento a vários estilos poéticos, do «estilo livre» à palavra dita.

Para a sessão de hoje estão inscritos, até ver, os «slammers» Paola D'Agostino, Sérgio Coutinho, Milton Ferreira, Bruno Dias, Yaw Tembe, entre outros.

As regras do jogo

A «slam poetry» é um jogo e, como tal, tem os seus ditames. Nos dois torneios lisboetas, os participantes têm até três minutos para performar poemas, exclusivamente da sua autoria.

É obrigatória a entrega de três textos no acto da inscrição, sendo proibido o recurso a qualquer meio audiovisual ou instrumento musical durante a performance. No que toca à indumentária, o «slammer» - o nome atribuido ao poeta nesta modalidade - deve apresentar-se em palco tal como costuma andar na rua.

Outra das regras que orienta estes concursos é o facto de qualquer membro da plateia, sem qualquer avaliação prévia, poder vir a ser um dos cinco elementos do júri, podendo oferecer-se para tal no início da sessão (em algumas ocasiões, há jurados convidados).

As notas a atribuir pelo júri variam entre 0 a 10, sendo que a mais baixa e a mais alta não contam para a média.

Quem não aprecia obstruções na poesia, como as acima referidas, poderá participar no "open mic" (microfone aberto), uma modalidade que dispensa inscrição prévia que acontece após o apuramento do vencedor da sessão de «slam poetry».

Um dos dois torneios de poesia performada em palco – conhecido universalmente como «slam poetry» - nascidos em Lisboa na sequência do Festival Silêncio!, o "Poetry Slam Lisboa" experimenta, esta quarta-feira, um novo formato: o ar livre.

Do ambiente escuro dos bares o evento sai para a rua, para um jardim público iluminado, nesta caso o da Estrela. Além da habitual competição entre poetas amadores - que segue um modelo nascido em Chicago nos anos 1980 -, a organização promete a presença de Ricardo Moreira, um «agente provocador» em circulação a abordar os transeuntes, do «slammer» italiano Sérgio Garau e da música do finlandês Jari Marjamäki a temperar poemas ditos por quem quiser levar um no bolso, da sua autoria ou de outros autores, para partilhar com os presentes.

A deslocação para um espaço público marca o fim do primeiro ano lectivo deste evento iniciado em Lisboa em Setembro de 2010. Ana Reis, co-organizadora das sessões quinzenais da "Poetry Slam Lisboa" com o italiano Mick Mengucci, afirma que esta novidade é fruto da identificação das sessões que organiza com a programação do café do Jardim da Estrela.

Além das afinidades culturais, Reis considera que o Verão é propício a uma paragem num local a céu aberto, acrescentando que este «espaço dá outra força à voz» e que esta decisão combina com o espírito de itinerância do evento. A ideia é «não associar a iniciativa a um espaço fixo, mas ir ao encontro das pessoas noutros espaços, não estando à espera que as pessoas venham ter connosco».

Outra particularidade deste torneio de palavras é a possibilidade de quem tem poemas para «partilhar e performar» poder inscrever-se «in loco» até ao início da competição – marcado para as 21h30. O evento é antecedido e seguido por sessões de «open mic» (microfone aberto), para as quais não é necessária inscrição prévia. Antes, nos intervalos e depois da competição, a música tecno minimal é uma garantia do universo musical de Jari Marjamäki, um produtor finlandês radicado em Lisboa desde os anos 1990.

O balanço deste evento, que encerra hoje um ciclo e regressa ao formato inicial em Setembro é «positivo», nas palavras de Ana Reis. A organizadora da "Poetry Slam Lisboa" conclui que "de há um ano para cá, tem havido cada vez melhores participações, além de haver um maior conhecimento do que é o 'poetry slam'". Ana Reis aponta que, no último trimestre, têm aparecido novas caras nos palcos destas sessões, tendo-se registado ainda um alargamento a vários estilos poéticos, do «estilo livre» à palavra dita.

Para a sessão de hoje estão inscritos, até ver, os «slammers» Paola D'Agostino, Sérgio Coutinho, Milton Ferreira, Bruno Dias, Yaw Tembe, entre outros.

As regras do jogo

A «slam poetry» é um jogo e, como tal, tem os seus ditames. Nos dois torneios lisboetas, os participantes têm até três minutos para performar poemas, exclusivamente da sua autoria.

É obrigatória a entrega de três textos no acto da inscrição, sendo proibido o recurso a qualquer meio audiovisual ou instrumento musical durante a performance. No que toca à indumentária, o «slammer» - o nome atribuido ao poeta nesta modalidade - deve apresentar-se em palco tal como costuma andar na rua.

Outra das regras que orienta estes concursos é o facto de qualquer membro da plateia, sem qualquer avaliação prévia, poder vir a ser um dos cinco elementos do júri, podendo oferecer-se para tal no início da sessão (em algumas ocasiões, há jurados convidados).

As notas a atribuir pelo júri variam entre 0 a 10, sendo que a mais baixa e a mais alta não contam para a média.

Quem não aprecia obstruções na poesia, como as acima referidas, poderá participar no "open mic" (microfone aberto), uma modalidade que dispensa inscrição prévia que acontece após o apuramento do vencedor da sessão de «slam poetry».

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