Comunistas denunciam despedimento de motorista da Carris por não usar gravata

27-09-2011
marcar artigo

Numa pergunta dirigida ao ministro da Economia e Emprego, Álvaro Santos Pereira, a bancada do PCP refere-se ao caso de um motorista da Carris que não pode prestar declarações à comunicação social e que foi alvo de um processo disciplinar, estando já em fase final para despedimento por não usar gravata, apesar de a administração reconhecer que há razões médicas para isso e de até já ter proposto a "requalificação" do trabalhador para outras funções.

Na pergunta, o PCP diz saber de mais outros dois casos de dirigentes sindicais punidos com uma suspensão sem vencimento, também por não usarem gravata.

"É certo que os Administradores da Carris usam gravata. Mas se demonstram não possuir outras qualidades para administrar uma empresa pública, não considera o Governo este tipo de atitudes, que envergonham o país e a democracia, razão para despedir, não os trabalhadores, mas os engravatados administradores que as cometem?", lê-se na pergunta assinada por Bruno Dias.

Sem querer retirar seriedade à questão, o deputado diz não estar a chamar o ministro a intervir "num problema de gravatas". "O que está em causa é a actuação de uma administração. É um processo de arbitrariedade e de injustiça", justifica Bruno Dias, lembrando que o regulamento interno de fardamento de uma empresa "não pode ser imposto unilateralmente". E, segundo o deputado, a administração da Carris "não tem mostrado disponibilidade" para o discutir.

Manuel Leal, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Urbanos de Portugal (STRUP), da CGTP, confirma que na Carris "estão a ser instaurados processos disciplinares a vários trabalhadores por não usarem gravata". O dirigente não afasta a possibilidade de os processos estarem relacionados com a actividade sindical de alguns dos visados.

O PÚBLICO contactou a administração da empresa, através de correio electrónico, por forma a perceber os motivos por trás dos processos. Até ao fecho desta edição, não havia qualquer resposta.

De acordo com o dirigente sindical, a administração argumenta com o regulamento de fardamento para a instauração do processo. Mas Manuel Leal critica a Carris por ter avançado "sem atender a situações particulares", como é o caso do trabalhador, que tem justificação médica para dispensar a gravata.

Segundo o sindicalista, o visado trabalha na empresa desde 2002, "nunca teve problemas na sua função e até tem prémios de condução defensiva".

Numa pergunta dirigida ao ministro da Economia e Emprego, Álvaro Santos Pereira, a bancada do PCP refere-se ao caso de um motorista da Carris que não pode prestar declarações à comunicação social e que foi alvo de um processo disciplinar, estando já em fase final para despedimento por não usar gravata, apesar de a administração reconhecer que há razões médicas para isso e de até já ter proposto a "requalificação" do trabalhador para outras funções.

Na pergunta, o PCP diz saber de mais outros dois casos de dirigentes sindicais punidos com uma suspensão sem vencimento, também por não usarem gravata.

"É certo que os Administradores da Carris usam gravata. Mas se demonstram não possuir outras qualidades para administrar uma empresa pública, não considera o Governo este tipo de atitudes, que envergonham o país e a democracia, razão para despedir, não os trabalhadores, mas os engravatados administradores que as cometem?", lê-se na pergunta assinada por Bruno Dias.

Sem querer retirar seriedade à questão, o deputado diz não estar a chamar o ministro a intervir "num problema de gravatas". "O que está em causa é a actuação de uma administração. É um processo de arbitrariedade e de injustiça", justifica Bruno Dias, lembrando que o regulamento interno de fardamento de uma empresa "não pode ser imposto unilateralmente". E, segundo o deputado, a administração da Carris "não tem mostrado disponibilidade" para o discutir.

Manuel Leal, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Urbanos de Portugal (STRUP), da CGTP, confirma que na Carris "estão a ser instaurados processos disciplinares a vários trabalhadores por não usarem gravata". O dirigente não afasta a possibilidade de os processos estarem relacionados com a actividade sindical de alguns dos visados.

O PÚBLICO contactou a administração da empresa, através de correio electrónico, por forma a perceber os motivos por trás dos processos. Até ao fecho desta edição, não havia qualquer resposta.

De acordo com o dirigente sindical, a administração argumenta com o regulamento de fardamento para a instauração do processo. Mas Manuel Leal critica a Carris por ter avançado "sem atender a situações particulares", como é o caso do trabalhador, que tem justificação médica para dispensar a gravata.

Segundo o sindicalista, o visado trabalha na empresa desde 2002, "nunca teve problemas na sua função e até tem prémios de condução defensiva".

marcar artigo