Bravo Nico

14-08-2015
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Conferência Parlamentar Sobre Ciência: 4º PAINEL – A Ciência em Portugal: A dimensão internacional

O quarto e último painel da Conferência Parlamentar Sobre Ciência contou com o contributo de Rui Reis (Director do Grupo 3B’s da Universidade do Minho), Pedro Russo (Responsável da UNESCO pelo Ano Internacional da Astronomia) e Ricardo Serrão Santos (Director do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores). Depois dos painéis, foi a vez dos deputados Bravo Nico e António José Seguro concluírem a Conferência.

«O que nos falta ainda é a capacidade de liderar projectos, em vez de só participar. É preciso trazer as coisas para cá

e exportar o que fazemos». A receita é de Rui Reis, director do Grupo 3B’s da Universidade do Minho, com laboratório nas Caldas das Taipas. «O governo português põe mais dinheiro nos programas europeus do que é capaz de ir buscar, porque não temos grupos competitivos que o possam trazer», complementa.

Rui Reis chamou ainda a atenção para a necessidade de se clarificar a legislação sobre células estaminais. «Que seja claro o que se pode ou não fazer com células estaminais embrionárias», advogou.

Depois de Pedro Russo apresentar algumas das actividades do Ano Internacional da Astronomia e de expor a “época de ouro” vivida pela astronomia (em pouco mais de uma década passamos de oito para mais de três centenas de planetas conhecidos), foi a vez de Ricardo Serrão Santos apresentar o seu trabalho. «Neste momento Portugal faz parte do clube com capacidade de investigação em oceano profundo», realçou. Contudo, «falta uma estrutura forte que permita observar o impacto das políticas administrativas e financeiras que permita liderar projectos europeus», lamenta.

A concluir a sessão, o deputado Bravo Nico, deputado relator para a Ciência, reconheceu ser absolutamente necessário pensar-se na «possibilidade de criar uma carreira profissional de gestores de ciência», ter consciência que há uma «volatilidade laboral dos bolseiros no início de carreira» e achar que ninguém hoje tem «conhecimento total do que é o mapa da rede científica em Portugal». «Se há sector que pode dar um impulso grande para o país, é este. Se nós falharmos, o país falhará», vaticinou.

António José Seguro, Presidente da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, defendeu também que «a ciência é uma prioridade para a Comissão e deve ocupar um lugar cada vez mais importante no trabalho parlamentar». «Ainda trabalhamos em condomínios semi-fechados em áreas que deviam trabalhar em rede», apontou, antes de terminar o seu discurso com uma garantia: «não queremos fazer um relatório burocrático, mas que o mesmo seja um contributo vital para todos os que fazem ciência e se preocupam com a ciência em Portugal».

Publicado por Sílvio Mendes

Conferência Parlamentar Sobre Ciência: 4º PAINEL – A Ciência em Portugal: A dimensão internacional

O quarto e último painel da Conferência Parlamentar Sobre Ciência contou com o contributo de Rui Reis (Director do Grupo 3B’s da Universidade do Minho), Pedro Russo (Responsável da UNESCO pelo Ano Internacional da Astronomia) e Ricardo Serrão Santos (Director do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores). Depois dos painéis, foi a vez dos deputados Bravo Nico e António José Seguro concluírem a Conferência.

«O que nos falta ainda é a capacidade de liderar projectos, em vez de só participar. É preciso trazer as coisas para cá

e exportar o que fazemos». A receita é de Rui Reis, director do Grupo 3B’s da Universidade do Minho, com laboratório nas Caldas das Taipas. «O governo português põe mais dinheiro nos programas europeus do que é capaz de ir buscar, porque não temos grupos competitivos que o possam trazer», complementa.

Rui Reis chamou ainda a atenção para a necessidade de se clarificar a legislação sobre células estaminais. «Que seja claro o que se pode ou não fazer com células estaminais embrionárias», advogou.

Depois de Pedro Russo apresentar algumas das actividades do Ano Internacional da Astronomia e de expor a “época de ouro” vivida pela astronomia (em pouco mais de uma década passamos de oito para mais de três centenas de planetas conhecidos), foi a vez de Ricardo Serrão Santos apresentar o seu trabalho. «Neste momento Portugal faz parte do clube com capacidade de investigação em oceano profundo», realçou. Contudo, «falta uma estrutura forte que permita observar o impacto das políticas administrativas e financeiras que permita liderar projectos europeus», lamenta.

A concluir a sessão, o deputado Bravo Nico, deputado relator para a Ciência, reconheceu ser absolutamente necessário pensar-se na «possibilidade de criar uma carreira profissional de gestores de ciência», ter consciência que há uma «volatilidade laboral dos bolseiros no início de carreira» e achar que ninguém hoje tem «conhecimento total do que é o mapa da rede científica em Portugal». «Se há sector que pode dar um impulso grande para o país, é este. Se nós falharmos, o país falhará», vaticinou.

António José Seguro, Presidente da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, defendeu também que «a ciência é uma prioridade para a Comissão e deve ocupar um lugar cada vez mais importante no trabalho parlamentar». «Ainda trabalhamos em condomínios semi-fechados em áreas que deviam trabalhar em rede», apontou, antes de terminar o seu discurso com uma garantia: «não queremos fazer um relatório burocrático, mas que o mesmo seja um contributo vital para todos os que fazem ciência e se preocupam com a ciência em Portugal».

Publicado por Sílvio Mendes

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