Bar Velho Online: As substituições

30-06-2011
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É triste e vergonhoso que muitos confundam democracia com a possibilidade de fazerem o que bem querem, pouco se importando se afectam a confiança de quem confia neles ou não. Assim acontece com o PCP recentemente.É muito bonito apresentar uma lista que concorre à Assembleia da República e que apresenta dezenas de notáveis distribuídos por todos os distritos eleitorais de forma a atrair o eleitorado a votar nessas pessoas notabilizadas quer pela sua intervenção política, quer por qualquer outro feito. Odete Santos é só um exemplo. Bernardino Soares é outro, sendo que este se prepara para no futuro ser o Secretário-Geral do PCP.De repente decidem fazer trocas que acham que são legais apenas porque a lei abre essa possibilidade. Esquecem-se da eterna discussão e comparação entre Direito e Moral. O que está sobre o quê? Por acaso o Direito não está subordinado à moral? A confiança dos eleitores que votam nas caras e nas pessoas notáveis que vêem integradas nas listas, não deve ser mantida? Eu sentir-me-ia ofendido e a minha confiança num partido que fizesse isto estaria, desde logo, violada, porque pouco respeito demonstraram por quem votou nos nomes. O que é certo é que, por mais que digam que se vota num partido, ainda existem muitos que vão atrás de pessoas e nomes e o que estão a fazer é desconsiderar a confiança política que muitos depositaram no partido apenas pelos nomes e caras que apareciam naquelas folhas com mais imagens do que conteúdo. Será que ainda existirá alguém que tenha votado PCP por causa dos discursos que o partido insere nos programas eleitorais? O discurso é o mesmo há 30 anos: o trabalhador, luta contra o Governo, e pouco mais. Naturalmente que têm que chamar à atenção de outra forma.Ainda sobre esta questão, não posso deixar de me manter solidário com a deputada Luísa Mesquita, representando ela o "outro lado da questão". Por um lado temos a confiança dos eleitores e por outro temos a confiança de quem é eleito, que por vezes abdica de muita coisa para se entregar aos projectos. Uma pessoa que é deputada há 13 anos, como é Luísa Mesquita, não pode de repente receber um telefonema a dizer "cara amiga, daqui a 15 dias retira-se, ok? Obrigado pela compreensão". Não se tratam assim pessoas. Mas já se trataram... em plena ditadura comunista.


É triste e vergonhoso que muitos confundam democracia com a possibilidade de fazerem o que bem querem, pouco se importando se afectam a confiança de quem confia neles ou não. Assim acontece com o PCP recentemente.É muito bonito apresentar uma lista que concorre à Assembleia da República e que apresenta dezenas de notáveis distribuídos por todos os distritos eleitorais de forma a atrair o eleitorado a votar nessas pessoas notabilizadas quer pela sua intervenção política, quer por qualquer outro feito. Odete Santos é só um exemplo. Bernardino Soares é outro, sendo que este se prepara para no futuro ser o Secretário-Geral do PCP.De repente decidem fazer trocas que acham que são legais apenas porque a lei abre essa possibilidade. Esquecem-se da eterna discussão e comparação entre Direito e Moral. O que está sobre o quê? Por acaso o Direito não está subordinado à moral? A confiança dos eleitores que votam nas caras e nas pessoas notáveis que vêem integradas nas listas, não deve ser mantida? Eu sentir-me-ia ofendido e a minha confiança num partido que fizesse isto estaria, desde logo, violada, porque pouco respeito demonstraram por quem votou nos nomes. O que é certo é que, por mais que digam que se vota num partido, ainda existem muitos que vão atrás de pessoas e nomes e o que estão a fazer é desconsiderar a confiança política que muitos depositaram no partido apenas pelos nomes e caras que apareciam naquelas folhas com mais imagens do que conteúdo. Será que ainda existirá alguém que tenha votado PCP por causa dos discursos que o partido insere nos programas eleitorais? O discurso é o mesmo há 30 anos: o trabalhador, luta contra o Governo, e pouco mais. Naturalmente que têm que chamar à atenção de outra forma.Ainda sobre esta questão, não posso deixar de me manter solidário com a deputada Luísa Mesquita, representando ela o "outro lado da questão". Por um lado temos a confiança dos eleitores e por outro temos a confiança de quem é eleito, que por vezes abdica de muita coisa para se entregar aos projectos. Uma pessoa que é deputada há 13 anos, como é Luísa Mesquita, não pode de repente receber um telefonema a dizer "cara amiga, daqui a 15 dias retira-se, ok? Obrigado pela compreensão". Não se tratam assim pessoas. Mas já se trataram... em plena ditadura comunista.

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