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Na semana passada Nasralah, emergindo fugazmente do esconderijo onde está condenado a viver o resto da sua vida, garantiu aos seus apoiantes que o “desaparecimento de Israel é um facto estabelecido”.A retórica inflamada de Nasralah, cópia fiel dos estribilhos repetidos por Amadinejad, denuncia a fúria do Hezbolah.Fúria pela incapacidade de derrubar o Governo de Siniora, objectivo que julgou ser fácil de conseguir, já lá vai mais de um ano, e fúria pela execução do notório terrorista Imad Mughniyeh.O boicote à eleição de um novo Presidente, está a fazer passar para a opinião pública libanesa e árabe, a ideia de um Hezbolah completamente enfeudado ao shiismo iraniano, varrendo a imagem cuidadosamente cultivada ao longo de anos, de um movimento de “resistência patriótica” contra os pérfidos “sionistas”O caso Mughniyeh, tornou clara a subordinação do Hezbolah aos interesses iranianos. Durante muitos anos, o Hezbolah negou vigorosamente quaisquer ligações ao terrorista, ideia que fez o seu caminho na imprensa árabe, mas a fúria com que assumiu as dores de corno da sua morte, limpou a névoa da propaganda e os média árabes têm sido férteis, nos últimos dias, nas revelações sobre as íntimas ligações entre Mughniyeh, o Hezbolah e o Irão. Por exemplo, o treino de terroristas iraquianios do Exército Mahdi, e o apoio a grupos shiitas em vários países árabes, actividades coordenadas pelo feliz falecido, com meios humanos e materiais da Força “Quds”, da Guarda Revolucionária Iraniana.A recente retórica de Nasrallah, tem de ser vista como tentativa de galvanizar uma população que não está muito virada para voltar a servir de escudo humano e que, segundo a France Press, não se coibe de dizer que está farta de guerras e quer viver em paz e tratar da sua vida.Nasralah precisa de sair do buraco e voltar a aparecer como o “resistente- que-defende-o-Líbano-da-agressão-sionista”.Tendo-se rearmado, uma nova escalada guerreira com Israel, seria uma bela oportunidade, e a tentação deve ser grande.E não será especialmente difícil, bastando lançar 3 ou 4 vólleys de Katiuschas sobre o Norte de Israel. O problema é que ele sabe que desta vez Israel terá forçosamente de ir até ao fim e não se deterá enquanto não tiver reduzido o Hezbolah a entulho, por grande que seja o clamor da indignação muçulmana e dos sectores anti-semitas de todo o mundo, incluindo o Dr Miguel Portas que, ao que se sabe, continua apaixonado por Nasralah.
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Na semana passada Nasralah, emergindo fugazmente do esconderijo onde está condenado a viver o resto da sua vida, garantiu aos seus apoiantes que o “desaparecimento de Israel é um facto estabelecido”.A retórica inflamada de Nasralah, cópia fiel dos estribilhos repetidos por Amadinejad, denuncia a fúria do Hezbolah.Fúria pela incapacidade de derrubar o Governo de Siniora, objectivo que julgou ser fácil de conseguir, já lá vai mais de um ano, e fúria pela execução do notório terrorista Imad Mughniyeh.O boicote à eleição de um novo Presidente, está a fazer passar para a opinião pública libanesa e árabe, a ideia de um Hezbolah completamente enfeudado ao shiismo iraniano, varrendo a imagem cuidadosamente cultivada ao longo de anos, de um movimento de “resistência patriótica” contra os pérfidos “sionistas”O caso Mughniyeh, tornou clara a subordinação do Hezbolah aos interesses iranianos. Durante muitos anos, o Hezbolah negou vigorosamente quaisquer ligações ao terrorista, ideia que fez o seu caminho na imprensa árabe, mas a fúria com que assumiu as dores de corno da sua morte, limpou a névoa da propaganda e os média árabes têm sido férteis, nos últimos dias, nas revelações sobre as íntimas ligações entre Mughniyeh, o Hezbolah e o Irão. Por exemplo, o treino de terroristas iraquianios do Exército Mahdi, e o apoio a grupos shiitas em vários países árabes, actividades coordenadas pelo feliz falecido, com meios humanos e materiais da Força “Quds”, da Guarda Revolucionária Iraniana.A recente retórica de Nasrallah, tem de ser vista como tentativa de galvanizar uma população que não está muito virada para voltar a servir de escudo humano e que, segundo a France Press, não se coibe de dizer que está farta de guerras e quer viver em paz e tratar da sua vida.Nasralah precisa de sair do buraco e voltar a aparecer como o “resistente- que-defende-o-Líbano-da-agressão-sionista”.Tendo-se rearmado, uma nova escalada guerreira com Israel, seria uma bela oportunidade, e a tentação deve ser grande.E não será especialmente difícil, bastando lançar 3 ou 4 vólleys de Katiuschas sobre o Norte de Israel. O problema é que ele sabe que desta vez Israel terá forçosamente de ir até ao fim e não se deterá enquanto não tiver reduzido o Hezbolah a entulho, por grande que seja o clamor da indignação muçulmana e dos sectores anti-semitas de todo o mundo, incluindo o Dr Miguel Portas que, ao que se sabe, continua apaixonado por Nasralah.