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Andei o dia todo nisto. Escrevo, não escrevo… Questões de culinário no Aventar? É delicado, pá, disso para comigo mesmo. Um, que se saiba, é vegetariano. Outro adora carne, eu sou um belo garfo e topo a tudo. É por isso que estava no dilema de abordar uma receita que há muitos anos nos acompanha: as marmotas de rabo na boca. Decidi faze-lo, sabendo dos riscos de me levarem a mal. As receitas são o que são, cada um pode faze-las à sua maneira e gosto, com ou mais picante, com mais ou menos molho.
Apesar dos meus dotes culinários até serem engraçados, resolvi documentar-me num dos belos manuais existentes na nossa praça: o jornal Público (link não disponível).
Vamos começar: arregacem as mangas, coloquem o avental (a diferença, se não tiverem reparado, entre avental e aventar está apenas numa letra). Em cima da banca de trabalho deve estar já uma bela de uma VCI, ainda fresca apesar de já existir há muitos anos. Vamos amanha-la com a ajuda de uns fantásticos pórticos, com intervenção aqui e ali. Tenha em atenção que devem ter umas câmaras fotográficas que disparam quando alguém passa a mais de 90 quilómetros por hora.
Com a farinha de culinária preparada para enviar as multas dos aceleras, vamos tratar de colocar as nossa marmota / VCI a jeito, com os temperos necessários.
A Câmara do Porto não tem sal suficiente para enviar a farinha e garante que não tem de o fazer. É a Estradas de Portugal, dizem. Esta alega que as ervas aromática cabem ao Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (por via da marmota / VCI ter sido integrada na concessão Douro Litoral). Este assegura que o sal das infracções cabe às forças de segurança (PSP e GNR). Por seu lado, estas remetem os temperos todos para a Câmara do Porto. Neste ponto, a marmota / VCI está pronta para ir ao lume.
Fácil, não é?
Bom apetite.
Já agora, regue a refeição com o seguinte néctar (proveniente da mesma fonte): “Apenas 30 por cento do valor das coimas aplicadas pela Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (antiga Direcção-Geral de Viação) revertiam a favor da CMP, constituindo uma receita substancialmente inferior aos 500 mil euros por ela gastos na instalação dos radares, acrescidos do custo, não especificado, de gestão do sistema.”
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Andei o dia todo nisto. Escrevo, não escrevo… Questões de culinário no Aventar? É delicado, pá, disso para comigo mesmo. Um, que se saiba, é vegetariano. Outro adora carne, eu sou um belo garfo e topo a tudo. É por isso que estava no dilema de abordar uma receita que há muitos anos nos acompanha: as marmotas de rabo na boca. Decidi faze-lo, sabendo dos riscos de me levarem a mal. As receitas são o que são, cada um pode faze-las à sua maneira e gosto, com ou mais picante, com mais ou menos molho.
Apesar dos meus dotes culinários até serem engraçados, resolvi documentar-me num dos belos manuais existentes na nossa praça: o jornal Público (link não disponível).
Vamos começar: arregacem as mangas, coloquem o avental (a diferença, se não tiverem reparado, entre avental e aventar está apenas numa letra). Em cima da banca de trabalho deve estar já uma bela de uma VCI, ainda fresca apesar de já existir há muitos anos. Vamos amanha-la com a ajuda de uns fantásticos pórticos, com intervenção aqui e ali. Tenha em atenção que devem ter umas câmaras fotográficas que disparam quando alguém passa a mais de 90 quilómetros por hora.
Com a farinha de culinária preparada para enviar as multas dos aceleras, vamos tratar de colocar as nossa marmota / VCI a jeito, com os temperos necessários.
A Câmara do Porto não tem sal suficiente para enviar a farinha e garante que não tem de o fazer. É a Estradas de Portugal, dizem. Esta alega que as ervas aromática cabem ao Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (por via da marmota / VCI ter sido integrada na concessão Douro Litoral). Este assegura que o sal das infracções cabe às forças de segurança (PSP e GNR). Por seu lado, estas remetem os temperos todos para a Câmara do Porto. Neste ponto, a marmota / VCI está pronta para ir ao lume.
Fácil, não é?
Bom apetite.
Já agora, regue a refeição com o seguinte néctar (proveniente da mesma fonte): “Apenas 30 por cento do valor das coimas aplicadas pela Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (antiga Direcção-Geral de Viação) revertiam a favor da CMP, constituindo uma receita substancialmente inferior aos 500 mil euros por ela gastos na instalação dos radares, acrescidos do custo, não especificado, de gestão do sistema.”