Costa acusa o Governo de “insensibilidade social”. Foi “implacável com todos”

01-10-2015
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Em Loures, o secretário-geral do PS disse que PSD e CDS-PP são radicais no seu “próprio campo político”. Na Amadora, garantiu que os socialistas têm “espírito de família”

O secretário-geral do PS, António Costa, acusou hoje PSD e CDS-PP de serem radicais no seu “próprio campo político” e de, enquanto Governo, terem sido “implacáveis” com todos.

“É essencial que quem vença [as eleições] não sejam os radicais do seu próprio campo político, mas aqueles que, no conjunto da sociedade portuguesa, têm capacidade de promover o diálogo”, declarou Costa num almoço-comício em Loures.

O PS, sublinhou o seu secretário-geral, é um partido capaz de criar “pontes de convergência com o conjunto da sociedade” - entre, por exemplo, centrais sindicais, associações patronais, professores, associações de estudantes - rumo a uma mudança que devolva “esperança no futuro de Portugal”.

O líder socialista lamentou o “absoluto desprezo e insensibilidade social” do executivo que, diz, foi “implacável com todos” exceto com “aqueles que vivem e trabalham da especulação financeira”.

Costa voltou a falar na não venda do Novo Banco para acusar o Governo de “total falta de pudor” por pretender justificar “este fracasso como um sucesso”.

“Isso revela o que é marcante num agente político: a forma como respeita ou não os seus cidadãos”, insistiu o líder socialista, que recordou que o PS não terá de alterar o seu programa mesmo sem a venda do ativo.

E justificou-se: “Nós nunca embarcámos nas fantasias e nas ilusões. E quando desenhámos o programa assumimos logo que o défice deste ano não ia ser a miragem que o Governo prometia”.

“À primeira qualquer um cai, mas à segunda só cai quem quer”, prosseguiu, reiterando confiança na vitória do PS e na derrota da coligação PSD/CDS-PP.

António Costa, que foi vereador na autarquia de Loures, traçou ainda elogios a Basílio Horta, que falou antes de si, dando-o como exemplo de pessoas ligadas a outras famílias políticas ou ideológicas mas que encontraram no PS o partido da convergência.

Rui Duarte Silva

PS tem “espírito de família”

Já na Amadora, perante centenas de idosos, Costa criticou a lógica de “cada um por si” do Governo e defendeu a conceção solidária de “família” na governação do país.

O líder socialista falava numa iniciativa denominada “Encontro de gerações”, num “comício sénior” socialista em que também procurou salientar que a responsabilidade pela devolução dos 13.º e 14.º meses nas pensões foi do Tribunal Constitucional e não do executivo PSD/CDS.

“O PS entende que cada um não deve viver por si e entregue à sua própria conta. Temos espírito de família - e ter espírito de família é saber que cada geração pode contar com a outra, em que nos momentos difíceis os filhos ajudam os pais, ou os pais ajudam os filhos, os netos ajudam os avós ou o contrário. Uma família é assim: Estamos cá todos para nos ajudarmos uns aos outros”, declarou o líder socialista perante centenas de idosos.

Na sua intervenção, António Costa defendeu os valores da estabilidade e da tranquilidade em relação ao futuro, servindo-se de novo do exemplo da família: “Uma família só existe com filhos que têm futuro e só merece existir se defender a dignidade dos pais e mães a quem tudo devemos”.

Depois, o líder socialista avisou que iria trocar a “política por miúdos”, para procurar explicar o que está em causa nas eleições legislativas.

“A coligação de direita está muito preocupada com a estabilidade, porque, para eles, estabilidade é saber quanto tempo continuam nos cargos que estão a exercer. Mas a estabilidade mais importante é a estabilidade na vida de cada família, de cada empresa, a tranquilidade e a segurança com que cada um de vós tem de acordar sem estar com medo de ligar a rádio e ouvir que vai ver um novo corte nas pensões, um novo aumento nas taxas moderadoras, ou um novo aumento de impostos”, disse, recebendo muitas palmas.

Em Loures, o secretário-geral do PS disse que PSD e CDS-PP são radicais no seu “próprio campo político”. Na Amadora, garantiu que os socialistas têm “espírito de família”

O secretário-geral do PS, António Costa, acusou hoje PSD e CDS-PP de serem radicais no seu “próprio campo político” e de, enquanto Governo, terem sido “implacáveis” com todos.

“É essencial que quem vença [as eleições] não sejam os radicais do seu próprio campo político, mas aqueles que, no conjunto da sociedade portuguesa, têm capacidade de promover o diálogo”, declarou Costa num almoço-comício em Loures.

O PS, sublinhou o seu secretário-geral, é um partido capaz de criar “pontes de convergência com o conjunto da sociedade” - entre, por exemplo, centrais sindicais, associações patronais, professores, associações de estudantes - rumo a uma mudança que devolva “esperança no futuro de Portugal”.

O líder socialista lamentou o “absoluto desprezo e insensibilidade social” do executivo que, diz, foi “implacável com todos” exceto com “aqueles que vivem e trabalham da especulação financeira”.

Costa voltou a falar na não venda do Novo Banco para acusar o Governo de “total falta de pudor” por pretender justificar “este fracasso como um sucesso”.

“Isso revela o que é marcante num agente político: a forma como respeita ou não os seus cidadãos”, insistiu o líder socialista, que recordou que o PS não terá de alterar o seu programa mesmo sem a venda do ativo.

E justificou-se: “Nós nunca embarcámos nas fantasias e nas ilusões. E quando desenhámos o programa assumimos logo que o défice deste ano não ia ser a miragem que o Governo prometia”.

“À primeira qualquer um cai, mas à segunda só cai quem quer”, prosseguiu, reiterando confiança na vitória do PS e na derrota da coligação PSD/CDS-PP.

António Costa, que foi vereador na autarquia de Loures, traçou ainda elogios a Basílio Horta, que falou antes de si, dando-o como exemplo de pessoas ligadas a outras famílias políticas ou ideológicas mas que encontraram no PS o partido da convergência.

Rui Duarte Silva

PS tem “espírito de família”

Já na Amadora, perante centenas de idosos, Costa criticou a lógica de “cada um por si” do Governo e defendeu a conceção solidária de “família” na governação do país.

O líder socialista falava numa iniciativa denominada “Encontro de gerações”, num “comício sénior” socialista em que também procurou salientar que a responsabilidade pela devolução dos 13.º e 14.º meses nas pensões foi do Tribunal Constitucional e não do executivo PSD/CDS.

“O PS entende que cada um não deve viver por si e entregue à sua própria conta. Temos espírito de família - e ter espírito de família é saber que cada geração pode contar com a outra, em que nos momentos difíceis os filhos ajudam os pais, ou os pais ajudam os filhos, os netos ajudam os avós ou o contrário. Uma família é assim: Estamos cá todos para nos ajudarmos uns aos outros”, declarou o líder socialista perante centenas de idosos.

Na sua intervenção, António Costa defendeu os valores da estabilidade e da tranquilidade em relação ao futuro, servindo-se de novo do exemplo da família: “Uma família só existe com filhos que têm futuro e só merece existir se defender a dignidade dos pais e mães a quem tudo devemos”.

Depois, o líder socialista avisou que iria trocar a “política por miúdos”, para procurar explicar o que está em causa nas eleições legislativas.

“A coligação de direita está muito preocupada com a estabilidade, porque, para eles, estabilidade é saber quanto tempo continuam nos cargos que estão a exercer. Mas a estabilidade mais importante é a estabilidade na vida de cada família, de cada empresa, a tranquilidade e a segurança com que cada um de vós tem de acordar sem estar com medo de ligar a rádio e ouvir que vai ver um novo corte nas pensões, um novo aumento nas taxas moderadoras, ou um novo aumento de impostos”, disse, recebendo muitas palmas.

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